quarta-feira, 16 de março de 2011

Telemarketing

Ele: Boa tarde, estou a ligar-lhe da parte do Millennium bcp, é oportuno falar agora com a senhora?
Eu: Faça o favor de dizer.
Ele: Por motivos de segurança, para lhe enviarmos o cartão Prestige Security, pode confirmar a sua data de nascimento?
Eu: Mas eu não quero o cartão Prestige Security. A minha conta não é Prestige e não preciso de um cartão Prestige.
Ele: A sua conta não ser Prestige não impede que tenha um cartão Prestige. Pode confirmar a sua data de nascimento?
Eu: Mas eu não quero o cartão Prestige.
Ele: O cartão Prestige Security é um cartão de crédito com numerosas vantagens, seguros, descontos em lojas e hotéis, e pode ser utilizado como cartão de débito.
Eu: Obrigada, mas não estou interessada.
Ele: Mas nós já lho enviámos. Não recebeu?
Eu: Não.
Ele: E o código PIN, recebeu?
Eu: Não.
Ele: O que podemos fazer é enviar-lhe novamente o código.
Eu: Mas eu não quero o código nem o cartão.
Ele: O cartão Prestige Security está à sua disposição. Para qualquer dúvida, queira contactar os nossos serviços ou o Millennium bcp online.

Estou mesmo a vê-los mandarem-me um cartão que não pedi, não quero e não usarei, e a tentarem debitar-me a respectiva anuidade, que é (fui agora ver) oitenta e tal euros.
Não sei se roubar é uma arte que se aprende ou uma doença contagiosa.

14 comentários:

  1. Eu não sei mas fico a aguardar a resposta. : )

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  2. Tb n te sei responder, mas sei que a coação é crime, que a privacidade é um direito e que as vendas agressívas são passíveis de denúncia. Bjos

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  3. Desculpe, Gi, este comentário era para outro blogue! : )

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  4. O Telemarketing é um incómodo! Fazem perguntas e mais perguntas às quais hoje em dia não devemos responder. E eles sabem disso. Por vezes lamento a posição em que se encontram ao terem que ouvir respostas abruptas, rudes, quando afinal este é o seu trabalho a tempo parcial.

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  5. Mas que eles têm jeito, lá isso têm! :) LOL

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  6. Sei que me apetecia dizer um palavrão!!!!!!!!

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  7. Catarina, podia ser para outro blogue mas também se adaptava a este :-)
    Eu também tenho uma certa pena destas pessoas porque é o trabalho que conseguiram e o discurso que têm de fazer (não me parece questão de jeito, Moura), mas normalmente bem me apetece, como ao mfc, dizer algum palavrão.

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  8. Isa, como é essa história da denúncia?

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  9. Eu, por causa das coisas (e dos oitenta euros), mandava já hoje uma carta registada a declarar que não quero cartão nenhum e me recuso a pagar toda e qualquer despesa.
    Que o diabo tece-as...

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  10. É capaz de ser boa ideia, Helena.

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  11. É uma arte, Gi. O roubo perpetrado por via de uma conversa «esquizofrenante» é uma arte que requer aturada aprendizagem para um ser humano. Desde logo, é preciso ensiná-lo a deixar de pensar por ele. Dir-me-á que, por estes dias, a coisa parece estar mais facilitada… ;-D

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  12. Luísa, pensar por nós está tão difícil, com a manipulação constante da informação a que estamos sujeitos :-(

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  13. Essa conversa é Kafkiana. Por acaso penso que está nitidamente para além das regras do legal enviar qualquer tipo de produto sem que este seja solicitado mesmo que fosse gratuito. Se esta conversa pretendesse com o fornecimento de um dado obter uma aceitação implicita então ainda pior porque nesse caso configura burla - está a ser induzida a dar uma coisa quando na prática se pretende outra. Quer por um caso quer pela simples possibilidade do outro este caso é altamente discutível do ponto de vista ético.

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  14. E a verdade, Fernando, é que é possível que eu tenha dado a informação que ele pedia (não me lembro), embora já tenha chegado à idade de não dizer a minha idade ;-)

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