sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Adeus Mr. Spock

Soube através do Facebook que o actor Leonard Nimoy morreu hoje, sexta-feira 27 de Fevereiro.

Nimoy foi o Mr. Spock da série de televisão Star Trek, de que gostei imenso. Não se tratava apenas de efeitos especiais, nem de andar aos tiros contra civilizações estranhas. Havia ideias, às vezes muito bem apresentadas.

Havia frases que ficaram gravadas (Beam us up, Scotty).

Havia, claro, uma equipa de "solistas" muito simpática, desde o capitão Kirk ao médico, ao engenheiro escocês e ao extraordinário vulcano cujas orelhas se tornaram paradigmáticas.

E a nave espacial Enterprise, sempre pronta a redefinir os limites do Universo, e a ir aonde nenhum homem tinha ido antes.
Não é lindo, este conceito?

Imagem Wikipedia

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Sporting é um grande amor

Passo por uma enfermaria e de repente tenho mesmo de entrar:

(Faro, Fevereiro 2015)

Estou a pensar neste rapaz enquanto o Sporting joga contra o Wolfsburg.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Maria Stuarda no Liceu

Esta visita a Barcelona, que estava planeada havia meses, teve de ser encurtada e reduzida ao mínimo. O mínimo incluiu, contudo, uma ida ao Liceu ver a última récita da ópera Maria Stuarda, na qual brilhava Joyce DiDonato.

Não gostei da encenação de Patrice Caurier e Moshe Leiser (uma co-produção de vários teatros europeus), que não trazia nenhum dado novo à interpretação teatral e cujos cenários e figurinos tanto situavam a acção em meados do século XX como simultaneamente a remetiam para o período histórico correcto. Assim, as rainhas tinham vestidos com corpetes e anquinhas mas os restantes personagens não as acompanhavam; a prisão fazia lembrar as dos filmes americanos e até havia uma câmara de execução com janelas para os observadores, mas em vez de cadeira eléctrica tivemos um cepo e um machado... Adiante.

A esta distância já não me lembro de pormenores, mas sei que todo o elenco cantou muito bem. Elisabetta foi interpretada pela mezzosoprano Silvia Tro Santafé, Roberto pelo tenor Javier Camarena, Talbot pelo baixo Michele Pertusi e Cecil pelo barítono Vito Priante. Maria, claro, é entregue à diva, e hoje em dia a Joyce conquistou esse estatuto, que na minha opinião, já se sabe, corresponde à sua qualidade. Se todas as vozes eram muito agradáveis, a dela destacava-se pela firmeza, pela técnica e pela emoção.

A orquestra, dirigida por Maurizio Benini, esteve muito bem. Sem reparos quanto ao coro. Os lugares que tive foram bastante longe do palco, centrais mas altos: o som chega mas não envolve, que o teatro é grande, embora a acústica seja muito boa.

(Barcelona, Janeiro 2015)


Desta vez não esperei para falar com a Joyce.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O pecado de Juncker

"Pecámos contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia, em Portugal e também na Irlanda", disse Jean Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia.

Pergunta: porque disse ele isto agora?

Respostas possíveis:
1. estava bêbado
2. pediu uma audiência ao Papa Francisco e está à espera de resposta
3. este Verão quer fazer férias na Grécia
4. outra

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A subir, a subir!

Irrita-me ouvir os jornalistas das várias televisões continuarem a falar dos problemas angolanos e russos ligados à baixa do preço do petróleo quando já há pelo menos duas semanas que este não pára de subir.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ainda a propósito de Arte Nova

Foi finalmente este ano que entrei no Temple de la Sagrada Familia em Barcelona, e fiquei encantada:

(Barcelona, Janeiro 2015)

Comprei bilhetes online e fui relativamente cedo, fugindo assim às filas.
Dizem que deve ficar pronto em 2026. Espero que sim, vai valer a pena.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A propósito de Arte Nova

aqui comentei como me surpreendeu o bairro Art Déco de Miami, quando o esperava semelhante às grandes avenidas de Lisboa.
Lembrei-me disso agora ao ler este post no blogue O Livro de Areia. A Arte Nova finlandesa tem pouco a ver com a que vi em Nancy, considerada a capital francesa desse estilo:




Particularmente conhecido é o Café Excelsior:


O museu da Escola de Nancy e a colecção Daum no museu de Belas-Artes, que não cheguei a visitar, devem ser uma perdição para quem gosta de peças deste estilo.

Nancy não é, contudo, apenas (!) Arte Nova. Sem me debruçar muito sobre a arquitectura medieval, de que também tem uns espécimes, a praça Stanislas, do século XVIII, é extraordinária:



(Nancy, Novembro 2014)


Ali bem pertinho fica a Rue des Maréchaux, que não comunga desta monumentalidade, mas é conhecida como a rue gourmande vá-se lá saber porquê ;-)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Memórias da Grande Guerra


O ano passado marcou o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, conhecida como a Grande Guerra até ao advento da Segunda.
O meu passeio de Novembro levou-me à região de Verdun e às memórias dessa guerra. Ali se estende este cemitério onde jazem quinze mil militares franceses:



aos pés do Ossuário erguido para albergar mais cento e trinta mil combatentes não identificados, tanto franceses como alemães:


(Douaumont, Novembro 2014)

Quinze mil, cento e trinta mil... Alguns dos muitos milhões de rapazes e homens que se alistaram a partir do Verão de 1914, cheios de ilusões e vontade de vencer. Em Reims, diante da catedral envolta em nevoeiro, encontrei uma exposição fotográfica extraordinária chamada Merci! 100 photos pour un Centenaire.




Com estas fotos de seres humanos que deram as suas vidas na maior carnificina da história, o curador da exposição, Jean Claude Narcy, pretende evitar que morram uma segunda vez pelo esquecimento.

A reconciliação oficial entre a França e a Alemanha teve lugar na Catedral de Reims (considerada cidade mártir da Grande Guerra)


Será sido isso que inspirou este anjo, uma das figuras do portal norte da fachada principal, a sorrir assim?

(Reims, Novembro 2014)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sound-bytes

Contou-me um colega que viveu no Lobito esta história ali passada:

Depois de uma festa institucional em que participaram as "forças vivas" locais, encontram-se dois africanos negros à conversa.

- Então tu foste na festa di branco?
- Eu fui sim.
- E como foi?
- Foi bonita, teve muita gente, comida, bebida.
- Teve música?
- Sim, música também.
- E discurso, teve?
- Teve discurso também.
- E o que é que ele disse?
- Ah, falou só, disse nada.