terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Al-Zika

Há duas pragas que, na minha opinião, deviam ser exterminadas sem mais discussão: os terroristas (muçulmanos ou outros) e os mosquitos. Não têm qualquer mais-valia evolutiva e só nos atormentam.

Direcção temporal

(Albufeira, Janeiro 2016)


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O Google armado em polvo

Diz o Google que vai ser mais complicado seguir blogues na sua plataforma (Blogger) se não tiver uma conta Google.
Isto dito assim é um bocado irritante; na realidade já se tinha tornado praticamente impossível fazer comentários se não se tivesse uma conta Google. Fica aqui o aviso à navegação.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

E vão dois

Depois de David Bowie também se foi o actor Alan Rickman, com a mesma idade e a mesma causa de morte. Semana nefasta esta.


Os jornais ligam Rickman ao filme Die Hard e aos da série Harry Potter. O primeiro já vi há tanto tempo que não me lembro do vilão, mas sei perfeitamente que a primeira vez que notei a existência de Rickman foi em Sense and Sensibility, e achei-o bastante sexy embora um bocado zombie... Fazia o admirador da personagem de Kate Winslet, que mal dava por ele.
Lembro-me também dele como chefe do partido nacionalista irlandês em Michael Collins e como o adúltero professor em Love Actually.

Imagem de We ♥ it

Em nenhum dos casos era o protagonista, mas ainda assim era uma presença. No IMDb encontrei uma citação sua que o define como actor:

I approach every part I'm asked to do and decide to do from exactly the same angle: who is this person, what does he want, how does he attempt to get it, and what happens to him when he doesn't get it, or if he does?

Parece-me bem.

Doçura ou travessura

Notícia do Público:

Açúcar no café? Saúde quer reduzir quantidade dos pacotes para metade
Alexandra Campos
14/01/2016 - 07:16

Esta é a primeira proposta de um lote de medidas idealizadas pela Direcção-Geral da Saúde para reduzir o consumo de açúcar em Portugal. Embalagens individuais vão passar de oito para quatro gramas de açúcar.
(...) e tornar obrigatório que estes pacotes apenas sejam disponibilizados aos clientes se o pedirem expressamente.
(...)


Ora que medida tão inteligente. Só serve para tornar os pacotes de açúcar mais caros para os comerciantes (o dobro do papel para a mesma quantidade de açúcar). As pessoas que usavam um pacote simplesmente pedirão dois, duh.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ascensão e morte de David Bowie

David Bowie foi um dos ídolos da minha juventude. Primeiro pela imagem: loiro, esguio, andrógino, exótico, decadente. Depois pelas canções, mistura de riffs de rock pesado com teclados dissonantes, saxofone jazzy e na voz as melodias pop envolvendo poemas. Sempre me fascinou o outro lado, negro, insano, dionisíaco, que nunca toquei por na realidade o saber muito menos belo do que o seu espectáculo. Bowie esteve à beira de se perder na cocaína, salvou-se e mudou.

Era o homem das mudanças, desde Ziggy Stardust a Aladdin Sane, à trilogia de Berlim, mas sempre com uma angústia subjacente; no entanto tinha imenso humor e foi, acredito, feliz. Também fez teatro e cinema: vi The Man who fell to Earth num cinema que já não existe e adorei Mr. Christmas Mr. Lawrence.

Tive na parede do meu quarto um enorme poster a preto e branco, com ele vestido de calças largas de pregas e suspensórios.

Em meados dos anos 80, perdi o interesse, talvez com a morte definitiva do Major Tom. Fui vê-lo mais tarde a Alvalade no seu primeiro concerto em Portugal, que não me entusiasmou. Contudo, ainda consigo ouvi-lo com algum prazer.

Não sei se e que parte da sua música ou dos seus poemas será recordada pela posteridade. Mas no dia da sua morte, três dias depois de completar 69 anos e publicar o seu último álbum, celebro-o como um dos grandes performers da sua época.