domingo, 30 de dezembro de 2007

A dança das cadeiras

A propósito da trapalhada entre o BCP, a CGD, o Banco de Portugal e o desgoverno que temos, o blog Do Portugal Profundo propõe que os clientes e accionistas do BCP que não se revejam na lista Carlos Santos Ferreira para a nova administração (e na maneira como toda a situação está a ser conduzida, digo eu) escrevam ao banco uma carta manifestando a intenção de cancelar as suas contas.

Parece-me uma boa ideia. Como diz o autor do blog, manifestem-se ou resignem-se.

Onde está o Sr. Sousa?

Notícia do Público:

Devido à instabilidade naquele país
Governo aconselha portugueses a evitarem viajar para o Quénia

30.12.2007 - 09h16 Lusa
A Secretaria de Estado das Comunidades aconselhou os portugueses que pretendam deslocar-se ao Quénia nos próximos dias a não o fazer como medida de precaução devido à situação de instabilidade que se vive no país.

Os turistas portugueses que neste momento se encontram no Quénia devem contactar, em caso de necessidade, o gabinete de emergência do Ministério dos Negócios Estrangeiros através do telefone 707 202 000.


Segundo o blog
Claro, afinal, o PM não foi de férias. O Sol, no entanto, diz que se encontra em mini-férias.

Whatever. A propósito, terá o Sr. Sousa declarado às Finanças o presente no valor de 4000 € que recebeu dos membros do seu desgoverno?

Palhaços somos nós?

Notícia do Público:

Vitalino Canas elogia escolha de Faria de Oliveira
CGD: PS diz que PSD falhou na tentativa de interferir na nomeação do novo presidente

29.12.2007 - 19h23 Lusa, PUBLICO.PT
O PS elogiou hoje a escolha de Faria de Oliveira para a presidência da Caixa Geral de Depósito (CGD), sublinhando que a pressão exercida pelo PSD para que fosse nomeado um dirigente da sua área política não foi tida em conta pelo ministro das Finanças.

Segundo o mesmo
Público, Faria de Oliveira é militante do PSD desde 1974, ocupou diversos cargos na cúpula do partido, e foi ministro do Comércio e do Turismo dos XI e XII governos, chefiados por Cavaco Silva.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ler Epicuro

Acabei finalmente de ler Epicure: Lettres, Maximes, Sentences, tradução francesa e introdução de Jean-François Ballaudé. É compacto e difícil de ler, se calhar porque Ballaudé escolhe as palavras mais obscuras em vez das mais correntes... ao contrário do que propunha César, que foi fortemente influenciado pelo epicurismo.

Esta é actualmente a minha filosofia/ doutrina preferida. Qual budismo, qual cristianismo "pobre" - Epicuro tem como o objectivo declarado conduzir-nos à felicidade através do conhecimento.

A felicidade, diz ele, é conseguida quando nos libertamos das dores do corpo e dos terrores da mente. Isso só é possível se virmos claramente a natureza, através da evidência dos sentidos e do raciocínio correcto, afastando-nos dos mitos e das opiniões vazias.

A fórmula para a felicidade, que se confunde com a serenidade, é dada pelo tetrapharmakos: não há que ter medo dos deuses; não há que ter preocupação com a morte; o bem é fácil de atingir; o mal é fácil de suportar.

Só discordo dele na parte de o mal ser fácil de suportar: Epicuro diz que as dores crónicas não são muito intensas e as dores intensas são de curta duração. É possível, mas teria de confirmar isso com quem já foi torturado.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Desbaptizar

Em Itália, onde as estatísticas reclamam que 97% da população é católica, há legislação que permite ao indivíduo abandonar oficialmente a Igreja e renunciar aos ritos praticados anteriormente.

Esta apostasia activa é interessante, segundo os seus promotores, a
Unione degli Atei e degli Agnostici razionalisti (UAAR), porque o apóstata se desliga efectiva e afectivamente do grupo e renega o poder deste sobre ele (incluindo o de o ofender e, suponho, o de o excomungar). Segundo a UAAR, na Alemanha e na Áustria os católicos pagam um dízimo para a Igreja: se assim for (não confirmei), aí também faz sentido desbaptizar-se para deixar de pagar esta espécie de taxa na qual o indivíduo não se revê.

De resto, e já que segundo o direito canónico reclamar-se ateu ou agnóstico será o mesmo que abandonar a Igreja Católica ainda que ela disso não tenha conhecimento, as contas serão fechadas, calculo, no Juízo Final. Até lá, no entanto, faz-se parte do censo, donde o interesse em apostasiar também é o de clarificar as estatísticas.

Em Portugal desconheço iniciativas do género.

As meninas 3%

Notícia do Expresso:

3:52 Quinta-feira, 27 de Dez de 2007
Nova Iorque, 27 Dez (Lusa) - O patriarca dos Hiltons, Barron, anunciou na quarta-feira que doará 97 por cento da sua fortuna de 1,6 mil milhões de euros à caridade e não às suas netas, Paris e Nicky.
O anúncio foi feito pelo próprio Barron Hilton, ex-administrador-delegado da cadeia hoteleira Hilton, em e-mail à revista Fortune.
O avô de Paris e Nicky Hilton tenciona deixar o dinheiro à fundação Conrad N. Hilton, que tem o nome do seu pai e que realiza mais de 50 por cento das suas obras de caridade fora dos Estados Unidos.


Paris e Nicky vão assim herdar 3% da fortuna do avô, ou seja 48 milhões de dólares, o que dá a cada uma aproximadamente 16,5 milhões de euros.
Dá para ser excêntrica todos os dias.