terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bairro Alto

O Estado dá-me cabo da cabeça e da bolsa e o estado das ruas de Lisboa deu-me cabo dos pés. O Bairro Alto ao sábado de manhã é... diferente, com as funcionárias da Câmara a varrer os milhares de copos de plástico que o pessoal da noite bebeu na sexta-feira e atirou para o chão (a rua na foto tem poucos bares).


Grande parte daqueles prédios não tem obras há décadas, e provavelmente senhorios e inquilinos reagiram de maneira diferente à nova lei do arrendamento de que se falou no princípio do ano.


Princípio? Ainda mal passou uma semana e já se fala em mais austeridade e desvios orçamentais...

(Lisboa, Janeiro 2012)

14 comentários:

  1. Tem toda a razão, os copos no chão no Bairro Alto, para além da imagem de porcaria e descuido, recordam-nos que ainda temos um caminho longo a percorrer. Ainda não percebemos que os espaços públicos também são a nossa casa!

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  2. O facto é que há quem ache que o BA deve ser assim, que assim é que tem encanto e está bem (só falta dizer que assim é que cheira bem..)

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  3. Nem posso imaginar andar de saltos altos naquela calçada!

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  4. Paulo, ?

    FanaticoUm, talvez sejam assim as casas de certas pessoas...

    JQ, calculo...

    Catarina, ali só mesmo rasos. Caso contrário, é aterrar num sítio e não sair de lá.

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  5. Lembrei-me do fado de Carlos do Carmo, à falta de melhor comentário.

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  6. Paulo, não conheço, vou procurar.

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  7. Afinal conhecia, está aqui, mas sempre julguei que a letra fosse Bairro Alto aos seus amores tão *dedicado*...

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  8. No fundo é uma marcha e reza assim:

    Bairro Alto aos seus amores tão dedicado
    Quis um dia dar nas vistas
    E saiu com os trovadores mais o fado
    Pr'a fazer suas conquistas

    ou assim:

    Bairro Alto com seus amores tão delicados
    Certa noite deu nas vistas
    E saiu com os trovadores mais o fado
    Pr’a fazer suas conquistas

    Parece que os fadistas foram alterando a letra original.

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  9. Interessante. A versão dedicado faz mais sentido se considerarmos a rima, não achas? Mas amores delicados é uma expressão engraçada, faz-me pensar em veludos e cambraias, luvas de pelica, sombrinhas de renda, bengalas, vénias e beija-mão.

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  10. Pela rima terá de ser dedicado. Mas a versão dos amores delicados, bastante popular e suponho que nunca cantada por Carlos do Carmo, tem outra graça.

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  11. Estes tipos do Governo são incorrigíveis!
    Não têm mesmo imaginação...
    Sempre a falarem no mesmo e a sacarem aquem já não tem direito para a broa!
    Mas, no estertor, os moribundos não fazem barulho.
    São nacionalistas... não incomodam!

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  12. Mfc, eu receio que tenham demasiada imaginação: as coisas que inventam! Até tremo.

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  13. Um triste cartão de visita...pena, o bairro alto, tem os seus encantos

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