segunda-feira, 29 de março de 2010

Ruas de Sevilha

A visita guiada à Catedral foi adiada em troca de um calcorrear das estreitas ruas a aprender as grandes casas senhoriais, os conventos onde ainda hoje se cumpre a clausura, e os templos reclamados para a cristandade e que antes eram mesquitas ou sinagogas.

Há, como é hábito nas cidades com história milenar, materiais reutilizados, alguns sem explicação que não o capricho do decorador, outros acompanhados de lendas, como a antiga estátua romana transformada no hombre de piedra castigado por ofender o santíssimo recusando ajoelhar à passagem da procissão.

(Sevilha, Março 2010)


Há, também, lugares feios, estragados e descaracterizados, como a alameda de Hercules, onde ainda assim se vai para gozar o primeiro dia de sol enquanto um copo de tinto con blanca acompanha um paté de cabrales ou um de cabracho, que só nos nomes se assemelham.

3 comentários:

  1. Queremos esses patés explicados com minúcia.
    Foste ao Palacio de Lebrija?

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  2. Com minúcia não sei, Paulo, mas os cabrales são queijos azuis do norte de Espanha, enquanto o cabracho é um peixe rosado, que julgo chamar-se em português rascaço.

    Não fui ao Palácio de Lebrija, mas já percebi que foram aí parar muitas coisas encontradas em Itálica, por isso há-de ser numa próxima visita.

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  3. Imagina que estás a entrar numa villa verdadeira. É quase essa a sensação.

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