Herculaneum, circa 40 BCE. At the villa Pisonis the Epicurean School of Philodemus of Gadara is an informal gathering place for those who enjoy discussing philosophy, literature, general politics, the nature of things and how to live better.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Páginas Amarelas
terça-feira, 29 de março de 2011
Tommy
segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Limpeza de Primavera
(Hoje, no meu jardim)
Mais contente não podia ficar. Claro que o desbaste passou a ter outro cuidado, que já se sabe como o meu coração é mole no que toca à bicharada, ainda que longe das pessoas que se dedicam a pôr na via pública comida para os pombos, os gatos e, como observei na manhã de sexta-feira, as gaivotas.(Albufeira, Março 2011)
Ainda a propósito, ao arrancar hera num canto encontrei uma espécie de viveiro de caracóis. Preparava-me já para o genocídio quando me lembrei do vídeo que descobri ontem no Facebook do Vítor Rua, e digam-me lá como se pode trucidar tais animaizinhos depois de os ver nestas atitudes...sexta-feira, 25 de março de 2011
As estradas e a História
Era assim: afastavam-se os obstáculos, cavava-se, alisava-se a terra, dispunha-se uma camada de pedras e areia como fundação, por cima gravilha e finalmente as lajes do pavimento. Em corte, uma curva ligeira para que a chuva, a lama, as águas de lavagem, drenassem para as valas laterais. Nas cidades, acrescentavam-se passagens de peões.
Desde a famosa Via Sacra no coração de Roma à Via Appia que ligava a Cidade à Campânia ou às mais remotas estradas provinciais, este método de construção criou estruturas que duraram em muitos casos mais de dois mil anos.
Hoje há novas tecnologias, e durante mais de um ano as vi serem utilizadas, enquanto a entrada/saída principal de Albufeira esteve em remodelação, contribuindo para as minhas dores nas costas... mas parece que também em Albufeira há quem faça de outra maneira, como se estes milénios não existissem, e o resultado da ignorância histórica está à vista.
(Albufeira, Março 2011)
quinta-feira, 24 de março de 2011
Numa de Professor Marcelo
O sr. José Sousa queria pois demitir-se? Queria. Está cansado? Jamais. Quer recandidatar-se e vencer com uma votação superior à actual. Se possível, superior à do PR.
E como planeia ele obter tal votação? Fácil: chamando o FMI.
Vamos lá ver: este país não tem solução. Não temos dinheiro, não vamos ter dinheiro, e daqui para a frente, a continuarmos esta estratégia, vamos viver muito pior. Para mudarmos de estratégia tínhamos de mudar de perspectiva. Não são os políticos que temos que têm capacidade para isso. Nem os economistas, que alinham todos pela mesma cartilha mas falam como se tivessem individualmente descoberto a pólvora - agora.
E quanto a nós, leigos, podemos protestar e esbracejar o que quisermos, mas também não fazemos ideia de como sair daqui. Não é com certeza com as propostas do BE ou do PCP, embora às vezes me apeteça acreditar que eles têm razão. Mas também às vezes me apetece acreditar que há vida depois da morte e vou reencontrar o meu pai e os meus cães.
Anyway, voltando ao assunto: o sr. Sousa vai chamar o FMI porque não tem outra hipótese - não porque o FMI tenha soluções - mas vai poder clamar que é contra vontade, que a culpa é da oposição, que tudo o que acontecer de horrível - e vai acontecer - é da responsabilidade dessa oposição irresponsável.
E pode ser que ganhe outra vez as eleições.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Elizabeth Taylor
Desde as suas paixões incontroláveis às suas amizades fiéis, dos excessos de álcool ao activismo contra a SIDA, das jóias aos problemas de saúde, foi sempre maior do que ela própria.
Entre os seus filmes lembro particularmente Suddenly, last Summer, Butterfield 8, Who's afraid of Virginia Woolf e Cleopatra. Parafraseando Pascal: se a rainha do Egipto tivesse aquele nariz e aqueles olhos ninguém lhe teria resistido.
Imagem © Twentieth Century Fox, retirada daqui
segunda-feira, 21 de março de 2011
Lucia di Lammermoor
Depois de ler os posts do Paulo, do FanáticoUm, do Joaquim, do Alberto ou da Io, não me resta muito que comentar. Ainda assim, aqui ficam algumas impressões:
Esta nunca foi obra que me interessasse muito, mas a verdade é que uma boa encenação com bons cantores/actores pode dar uma dimensão extra a estes personagens enredados numa história tipo romeu-e-julieta sobre fundo de rivalidade política entre clãs escoceses.
Ora como cantora/actriz Natalie Dessay é estupenda, e foi nesta produção de Mary Zimmerman que chamou tanto a atenção há uns três ou quatro anos. Dizem-me que a voz não é a que era, que falha nos agudos (falhou audivelmente no 1º acto, antes do dueto com Edgardo), mas é expressiva, empenhada e agradável. A ovação após a cena da loucura, tanto no Met como na Gulbenkian, foi longa e merecida.
Joseph Calleja é um gato maltês de trinta e poucos anos que já tinha visto referido como um dos três ou quatro melhores tenores líricos da actualidade, o que me aguçara a curiosidade. Tem realmente uma belíssima voz e uma belíssima presença no palco e encantou toda a gente com quem falei.
O barítono Ludovic Tézier deixou-me ambivalente: gostei da voz mas achei-o fraco do ponto de vista cénico. A ira que deveria inflamar o personagem não se sente, o que é pena, porque a concepção que o próprio Tézier faz de um Enrico doente é interessante. Ainda por cima as câmaras revelam o olhar sempre a fugir, suponho que para o maestro, o que é desconcertante.
Nada a apontar ao restante elenco excepto o tenor Philip Webb (Normanno) que pareceu fraquinho, embora a amplificação possa trair os cantores tanto como afirmá-los.
A orquestra não deixa de me maravilhar quando penso no calendário que tem que cumprir, já que numa qualquer mesma semana o Met põe em cena diversas óperas e ainda ensaia mais uma ou duas.
domingo, 20 de março de 2011
Informação e ignorância
CARLOS E PARKER_BOWLES
Primavera começa em Portugal
O Príncipe de Gales e a Duquesa da Cornualha começam a 28, em Lisboa, o 'tour de primavera', que terá continuidade em Espanha e Marrocos.(...)
Confesso que me irrita que os jornalistas (não só os do Expresso, também outros como os do Diário de Notícias ou de revistas cor-de-rosa) continuem a tratar a duquesa pelo apelido do ex-marido mesmo depois do segundo casamento. Mas como esperar outra coisa de quem confunde campos de golfe com automóveis?
quarta-feira, 16 de março de 2011
Telemarketing
Eu: Faça o favor de dizer.
Ele: Por motivos de segurança, para lhe enviarmos o cartão Prestige Security, pode confirmar a sua data de nascimento?
Eu: Mas eu não quero o cartão Prestige Security. A minha conta não é Prestige e não preciso de um cartão Prestige.
Ele: A sua conta não ser Prestige não impede que tenha um cartão Prestige. Pode confirmar a sua data de nascimento?
Eu: Mas eu não quero o cartão Prestige.
Ele: O cartão Prestige Security é um cartão de crédito com numerosas vantagens, seguros, descontos em lojas e hotéis, e pode ser utilizado como cartão de débito.
Eu: Obrigada, mas não estou interessada.
Ele: Mas nós já lho enviámos. Não recebeu?
Eu: Não.
Ele: E o código PIN, recebeu?
Eu: Não.
Ele: O que podemos fazer é enviar-lhe novamente o código.
Eu: Mas eu não quero o código nem o cartão.
Ele: O cartão Prestige Security está à sua disposição. Para qualquer dúvida, queira contactar os nossos serviços ou o Millennium bcp online.
Estou mesmo a vê-los mandarem-me um cartão que não pedi, não quero e não usarei, e a tentarem debitar-me a respectiva anuidade, que é (fui agora ver) oitenta e tal euros.
Não sei se roubar é uma arte que se aprende ou uma doença contagiosa.
terça-feira, 15 de março de 2011
Nos Idos de Março
Ora esses idos são como as calendas gregas: nunca existiram.
As Calendas eram o primeiro dia de cada mês no calendário romano; os gregos não lhe chamavam assim e tinham um calendário diferente: daí falar-se nas Calendas gregas quando se quer propôr um dia que nunca há-de chegar.
Os Idos também faziam parte do calendário romano: idealmente correspondiam à lua cheia, e calhavam nos dias 15 dos meses mais compridos de Março, Maio, Quintilis e Outubro e nos dias 13 dos outros meses. A expressão idos de um ano, ou uma década, não faz por isso sentido.
Os Idos mais famosos foram os de Março de 44 aC, quando Júlio César foi assassinado por duas dúzias de conspiradores que incluíam inimigos, pseudo-amigos e adversários perdoados por ele, movidos por objectivos e queixas particulares mas todos apresentando-se como libertadores do jugo do "tirano", de cujos actos exigiram a anulação - contudo bastou que Marco António lhes lembrasse suavemente que as suas posições se deviam ao mesmo "tirano" para que mudassem de ideias.
Imagem do Center for Online Judaic Studies
segunda-feira, 14 de março de 2011
Geração à rasca
Por mim, imagino que saberão desenrascar-se.
Beethoven e o silêncio
Maurizio Pollini em entrevista a Ivan Hewett, BBC Music Magazine, Fevereiro 2011.
E este outro maravilhoso insight, na mesma entrevista:
Beethoven loved empty spaces.
Tem toda a razão. Quando pensamos na surdez de Beethoven esquecemo-nos que o problema dele não era o silêncio mas sim a deformação dos sons e o zumbido constante. O silêncio puro devia parecer-lhe divino, daí talvez as pausas que fazem tão integralmente parte da sua música.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Razões para um cruzeiro
Começando pelo fim: sem se conhecer um bocadinho as ilhas corre-se o risco de ficar numa que não mereça uma semana de visita.
Quanto aos saltos de ilha em ilha: neste caso, é muito mais confortável ser caracol que pardal.
(Castries, St. Lucia, Março 2011)
E mais: têm-se outras perspectivas:
(Bridgetown, Barbados, Março 2011)
evita-se a roubalheira que há nas ilhas (vinte dólares para alugar duas cadeiras de praia e um guarda-sol, e um euro igual a um dólar):
(Coki Beach, St. Thomas, Fevereiro 2011)
ao fim do dia, depois de um duche e antes do jantar, já a caminho do porto seguinte, descansa-se na varanda do camarote com um copo, um livro e o pôr-do-sol.
(Antigua, Março 2011)
Um cisne caribenho
(San Juan, Puerto Rico, Fevereiro 2011)
Não vale a pena visitar o chamado Museu Pablo Casals - é preciso lata para lhe chamar museu e cobrar entrada - mas fica aqui uma homenagem ao violoncelista catalão.
Trópicos
(Soufrière, St. Lucia, Março 2011)
quinta-feira, 10 de março de 2011
Bling-bling*
É uma ilha mais cosmopolita que as outras, com simpáticas residências coloniais nos subúrbios e prédios modernos no centro comercial. Nas praias pode-se fazer snorkel e ter encontros com tartarugas, raias ou peixes-voadores.
(Bridgetown, Barbados, Março 2011)
Tudo nesta área do Novo Mundo é pequeno e em cores de rebuçados. Lembro-me que quando cheguei a Miami, há quase catorze anos, fiquei decepcionadíssima com o bairro Art Déco, que esperava semelhante às avenidas de Lisboa.
Hoje, Lisboa perdeu muitos dos seus belíssimos e imponentes prédios, enquanto Miami Beach tem vindo a ser restaurada e está uma graça, cheia de hoteis, restaurantes e lojas, embora a crise também lá tenha chegado e já não haja Jaguares descapotáveis percorrendo Ocean Drive uns atrás dos outros. Mas vi um Maybach pela primeira vez na vida.
(Miami Beach, Fevereiro 2011)
*Bling (or bling-bling) is a slang term popularized in hip hop culture, referring to flashy, ostentatious or elaborate jewelry and ornamented accessories... (in Wikipedia)
Brincando às casinhas
(San Juan, Puerto Rico, Março 2011)
(San Juan, Puerto Rico, Fevereiro 2011)
Quanto às ilhas mais pequenas, normalmente as povoações principais resumem-se a duas ruas paralelas com lojas para os turistas que lá são despejados dos navios, e o restante é de madeira meio em ruínas, graças aos furacões de Verão.O sol no Inverno
(Philipsburg, St. Marteen, Fevereiro 2011)
Desengane-se desde já quem procurar um bocadinho de cultura: não há igrejas, não há monumentos, não há museus que valham a deslocação. Há praias: praias de areia branquíssima e água cor de turquesa, igual às que se vêem nas fotografias, a uma temperatura que só nos melhores dias do Algarve entrevemos.(Antigua, Março 2011)
Por isso, é alongar a vista e começar a fazer planos, que tais cruzeiros nem sequer são caros - uma vez atravessado o Atlântico.(Barbados, Março 2011)
terça-feira, 8 de março de 2011
Na berma das estradas
Sejam o que forem, acho lindas, leves como véus de noiva mas resistentes à chuva e aos ventos deste fim de Inverno.
(Albufeira, Fevereiro 2011)