Mas afinal que triste terra é esta
Que me atraiu com juras de Verão?
Com este tempo a tímida giesta
Lamenta já o ter florido em vão.
Devia a natureza estar em festa!
Cores e aromas num fulgor pagão,
Em cada arbusto, uma flor mais lesta,
Dormindo só a rosa do Japão.
Não quero o frio e o vento por vizinhos.
Que brilhe o sol sobre o azul sem fim!
Cruzem o céu asas de passarinhos,
Cantem rosas e goivos no jardim.
E sem pudor, na berma dos caminhos,
Pintem papoilas assombros de carmim.
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