Há dois filmes em cartaz que vale a pena ver: ambos têm como protagonistas pessoas que só raramente o são, num dos casos um doente tetraplégico e no outro velhotes reformados e com pouco dinheiro. Ambos falam de amizade, de adaptação a circunstâncias excepcionais, ambos usam a receita conhecida do choque cultural inicial que depois é factor de crescimento e libertação, e ambos nos fazem sair do cinema bem-dispostos.
O primeiro chama-se Amigos Improváveis, em francês Intouchables, e trata da amizade que se cria e cresce entre um tetraplégico cheio de dinheiro e bom gosto e o seu novo prestador de cuidados, um senegalês dos bairros periféricos, recentemente saído da prisão. Passa-se em Paris e consegue pôr a sala toda a rir sendo requintadíssimo. A Ana Vidal já o tinha recomendado, e eu subscrevo - antes que saia dos cinemas.
O segundo é O Exótico Hotel Marigold, no original inglês The Best Exotic Marigold Hotel. Tem um grande elenco de velhos e jovens actores, foi realizado pelo autor de Shakespeare in Love, passa-se na Índia e a Índia é assim mesmo: colorida, quente, alegre, suja e degradada e ainda me está atravessada como um feitiço... Toca numa coisa importante nos dias de hoje, a velhice e o futuro de quem já tem pouco futuro, e deixa a esperança de que pode haver uma perspectiva diferente e talvez ela nos salve.
O primeiro chama-se Amigos Improváveis, em francês Intouchables, e trata da amizade que se cria e cresce entre um tetraplégico cheio de dinheiro e bom gosto e o seu novo prestador de cuidados, um senegalês dos bairros periféricos, recentemente saído da prisão. Passa-se em Paris e consegue pôr a sala toda a rir sendo requintadíssimo. A Ana Vidal já o tinha recomendado, e eu subscrevo - antes que saia dos cinemas.
O segundo é O Exótico Hotel Marigold, no original inglês The Best Exotic Marigold Hotel. Tem um grande elenco de velhos e jovens actores, foi realizado pelo autor de Shakespeare in Love, passa-se na Índia e a Índia é assim mesmo: colorida, quente, alegre, suja e degradada e ainda me está atravessada como um feitiço... Toca numa coisa importante nos dias de hoje, a velhice e o futuro de quem já tem pouco futuro, e deixa a esperança de que pode haver uma perspectiva diferente e talvez ela nos salve.