Herculaneum, circa 40 BCE. At the villa Pisonis the Epicurean School of Philodemus of Gadara is an informal gathering place for those who enjoy discussing philosophy, literature, general politics, the nature of things and how to live better.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Gela, degela e passa
Notícia do Público:
Degelo
Caudal de rio na Gronelândia destrói ponte
26.07.2012 - 15:17 Por Nicolau Ferreira
Em apenas quatro dias, a superfície de gelo que cobre a maioria da Gronelândia começou a derreter quase na totalidade, um fenómeno nunca antes observado.(...)
Assustador, não?
Todavia, se tivermos a paciência de ler o resto do artigo, podemos ficar mais tranquilos: em resumo, houve uns dias de grande calor na Gronelândia e a camada superficial de praticamente toda a área gelada da ilha começou a derreter. O que esperavam que acontecesse?
E quanto a ser um fenómeno nunca antes observado, o facto é que tais observações por satélite só começaram há trinta anos... e que o estudo das camadas de gelo permite dizer que tais degelos acontecem periodicamente.
Nada como ir directamente à boca do lobo.
Degelo
Caudal de rio na Gronelândia destrói ponte
26.07.2012 - 15:17 Por Nicolau Ferreira
Em apenas quatro dias, a superfície de gelo que cobre a maioria da Gronelândia começou a derreter quase na totalidade, um fenómeno nunca antes observado.(...)
Assustador, não?
Todavia, se tivermos a paciência de ler o resto do artigo, podemos ficar mais tranquilos: em resumo, houve uns dias de grande calor na Gronelândia e a camada superficial de praticamente toda a área gelada da ilha começou a derreter. O que esperavam que acontecesse?
E quanto a ser um fenómeno nunca antes observado, o facto é que tais observações por satélite só começaram há trinta anos... e que o estudo das camadas de gelo permite dizer que tais degelos acontecem periodicamente.
Nada como ir directamente à boca do lobo.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Maus fígados
Quando acabo de limpar a área da piscina e as gaivotas resolvem esvaziar a tripa en passant, juro que me apetece pegar numa caçadeira e desatar aos tiros para o céu.
Sorte têm elas por eu ser pacífica.
Sorte têm elas por eu ser pacífica.
terça-feira, 24 de julho de 2012
A cidade dos mortos
Quem visita o Cemitério dos Prazeres em Lisboa depressa se familiariza com o talhão dos artistas, com o jazigo do marquês de Valle Flor
ou o do Monteiro dos Milhões, senhor da Quinta da Regaleira
Mas há sempre outras preciosidades a descobrir, como este túmulo construído por um tal Ricardo José d'Aguiar orgulhoso do seu mister como qualquer almirante ou deputado (clicar na foto para aumentar):
ou este outro, que aguçou logo a minha curiosidade. Alguém sabe quem está ali enterrado?
ou o do Monteiro dos Milhões, senhor da Quinta da Regaleira
Mas há sempre outras preciosidades a descobrir, como este túmulo construído por um tal Ricardo José d'Aguiar orgulhoso do seu mister como qualquer almirante ou deputado (clicar na foto para aumentar):
ou este outro, que aguçou logo a minha curiosidade. Alguém sabe quem está ali enterrado?
(Lisboa, Julho 2012)
domingo, 22 de julho de 2012
Tall ships
A presença dos grandes veleiros no Tejo atraiu meio mundo à doca junto da estação de Santa Apolónia. Já não apanhava engarrafamentos assim há algum tempo.
Havia longas filas para visitar a Sagres e o Creoula; outros navios recebiam apenas convidados. Eu limitei-me a admirá-los de fora.
Havia longas filas para visitar a Sagres e o Creoula; outros navios recebiam apenas convidados. Eu limitei-me a admirá-los de fora.
(Lisboa, Julho 2012)
Não assiti ao desfile de partida mas a minha mãe esteve em Belém a fazer a reportagem:Imagem de L.M.
sábado, 21 de julho de 2012
Cinza sobre a cidade
Ontem de manhã, a caminho de Faro, avistava-se uma nuvem negra que se estendia até ao mar. Na cidade, os carros estavam cobertos por uma fina camada de cinza.
À hora do almoço o vento tinha mudado e estava-se outra vez no Verão, com apenas uma coluna de fumo branco na serra a desmentir a normalidade aparente.
À hora do almoço o vento tinha mudado e estava-se outra vez no Verão, com apenas uma coluna de fumo branco na serra a desmentir a normalidade aparente.
(Algarve, Agosto 2012)
quarta-feira, 18 de julho de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
Jogos de treino
Alguém me conseguirá explicar convincentemente qual o gozo que dá a equipas de futebol da Primeira Liga fazer jogos de preparação em que ganham 11-0 contra o Atlético do Cacém, formação do principal escalão da Associação de Futebol de Lisboa, ou mesmo ir ao Luxemburgo bater nos amadores do Hamm?
E o que ganham esses pequenos clubes em ser enxovalhados pelos grandes? Euros, ao menos?
E o que ganham esses pequenos clubes em ser enxovalhados pelos grandes? Euros, ao menos?
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Assim de repente
Olhando para o plano de estudos da licenciatura em Ciências Políticas e Relações Internacionais da Universidade Lusófona, alguém acha normal que quem não obteve equivalência à cadeira de Introdução ao Pensamento Contemporâneo (1º ano) a pudesse obter à de Etologia e Antroposociobiologia (2º ano)?
quarta-feira, 11 de julho de 2012
O Inverno do Leão
Quando estive em Bordéus lembrei-me muito do filme The Lion in Winter, que conta as desavenças familiares por causa da sucessão ao trono de Inglaterra, ambicionada pelos três filhos de Henrique II: Ricardo Coração de Leão, Geoffrey e João Sem Terra. A rainha, peça fundamental desse xadrez sem tabuleiro, era Leonor da Aquitânia, uma mulher extraordinária com uma vida extraordinária, casada em primeiras núpcias com o rei de França, divorciada e re-casada com Henrique de Anjou, que viria a ser rei de Inglaterra. No filme era representada por Katharine Hepburn, uma das minhas actrizes favoritas, e o rei era Peter O'Toole.
Pois Peter O'Toole, aos oitenta anos, depois de mais de cinquenta de actividade, em que foi nomeado oito vezes para os Óscares mas só ganhou o prémio de carreira, perdida há muito a beleza estonteante de Lawrence of Arabia, cujos olhos nem pelos de Mel Gibson foram superados, decidiu reformar-se agora. Segundo disse, sai porque já não tem vontade de fazer filmes nem teatro.
Eu fiquei cheia de inveja porque, no mundo actual, em que se corta tudo o que conforta quem trabalha (os médicos estão hoje em greve!) e em que no entanto a idade da reforma se afasta por imposição de uns quantos que não obedecem à sua própria regra, gostaria que só aos oitenta anos me passasse a vontade de trabalhar, mas não me parece que aconteça.
Pois Peter O'Toole, aos oitenta anos, depois de mais de cinquenta de actividade, em que foi nomeado oito vezes para os Óscares mas só ganhou o prémio de carreira, perdida há muito a beleza estonteante de Lawrence of Arabia, cujos olhos nem pelos de Mel Gibson foram superados, decidiu reformar-se agora. Segundo disse, sai porque já não tem vontade de fazer filmes nem teatro.
Foto daqui
Eu fiquei cheia de inveja porque, no mundo actual, em que se corta tudo o que conforta quem trabalha (os médicos estão hoje em greve!) e em que no entanto a idade da reforma se afasta por imposição de uns quantos que não obedecem à sua própria regra, gostaria que só aos oitenta anos me passasse a vontade de trabalhar, mas não me parece que aconteça.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Da cópia
Se não me engano foi ontem que ouvi na Antena2 o primeiro andamento do Concerto para Trompete em Mi bemol de Haydn, tocado por Wynton Marsalis, e percebi que conhecia aquilo de qualquer outro lado.
Oiça-se então logo no princípio, ao minuto 0:37, este tema que é aqui tocado pelas cordas e é repetido mais adiante várias vezes, inclusivamente pelo solista (por exemplo em 1:40):
e agora oiça-se esta ária da ópera Fidelio de Beethoven, onde o mesmo se encontra a partir do minuto 6:10:
A Ana Vidal, no seu post de hoje, propõe que estas coisas se passem quando a mente não reconhece o déjà vu (déjà entendu, no caso) e "acredita" estar a criar uma nova sequência musical, quando, afinal, está apenas a reproduzir uma que tem gravada na memória. Uma boa hipótese, claro, embora para os grandes compositores de antigamente se possa também imaginar, como já tem sido dito neste blogue, que tenham ouvido um tema, gostado e resolvido utilizá-lo, sem grandes problemas quanto à respectiva atribuição.
Nesses séculos, suponho, a questão dos direitos de autor não se devia pôr da mesma maneira.
Oiça-se então logo no princípio, ao minuto 0:37, este tema que é aqui tocado pelas cordas e é repetido mais adiante várias vezes, inclusivamente pelo solista (por exemplo em 1:40):
e agora oiça-se esta ária da ópera Fidelio de Beethoven, onde o mesmo se encontra a partir do minuto 6:10:
A Ana Vidal, no seu post de hoje, propõe que estas coisas se passem quando a mente não reconhece o déjà vu (déjà entendu, no caso) e "acredita" estar a criar uma nova sequência musical, quando, afinal, está apenas a reproduzir uma que tem gravada na memória. Uma boa hipótese, claro, embora para os grandes compositores de antigamente se possa também imaginar, como já tem sido dito neste blogue, que tenham ouvido um tema, gostado e resolvido utilizá-lo, sem grandes problemas quanto à respectiva atribuição.
Nesses séculos, suponho, a questão dos direitos de autor não se devia pôr da mesma maneira.
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