quarta-feira, 28 de maio de 2014

Barcelona modernista Parte III: a Sagrada Família

Continua em construção o Temple expiatori de la Sagrada Família. Continua com filas para entrar. Eu continuo com a esperança de entrar antes do fim das obras ;-)

(Barcelona, Março 2014)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Barcelona modernista Parte II: o Palau

Ah, o Palau de la Música Catalana! Outra obra de Lluis Domènech, encomendada para ser a sede do Orfeó Catalá. Não conhecia. Por fora, parece apenas um edifício muito decorado, numa rua estreita que não permite observá-lo como deve ser, aumentado com uma parte moderna mais simples mas bem integrada.


Mas por dentro!

(Barcelona, Março 2014)


A visita guiada leva-nos aos vários espaços, com a explicação sobre a história do edifício e da colectividade, e vale mesmo a pena. Só faltou ouvir ali um concerto. Se pudesse, comprava já bilhetes para a próxima temporada.

domingo, 25 de maio de 2014

Barcelona modernista:

Grande parte das cidades espanholas tem um centro histórico antigo, medieval, a não perder, e o resto não interessa nada. Mas Barcelona tem as avenidas do século XIX e os edifícios modernistas que enchem os olhos de maravilha.

La Pedrera estava coberta de andaimes, mas estava livre o quarteirão que corresponde aos números 35 a 43 do Passeig de Gràcia e que é um verdadeiro mostruário de arquitectura da época, com os desenhos de Domènech (Casa Lleó i Morera ):


Puig (Casa Amatller ):


e Gaudì (Casa Battló ):


Um bocadinho mais a norte, um arquitecto mais moderno fez esta brincadeira:

(Barcelona, Março 2014)

Ópera em Barcelona

Consegui bilhetes para o Gran Teatre del Liceu, para a última récita da Tosca com o elenco A, isto é, com Sondra Radvanovsky no principal papel.

(Barcelona, Março 2014)

O Joaquim, no blogue Im Fernem Land, fez uma crítica que praticamente subscrevo a este espectáculo. Tenho de confessar que já não me lembro de pormenores que na altura teria podido comentar, mas em resumo, foi assim: a encenação de Paco Azorín é clássica mas sem graça, com umas coisas incompreensíveis aqui e ali, como, por exemplo, pôr a prisão no escritório de Scarpia, e aí os prisioneiros assistirem, sem se manifestarem, a todo o segundo acto. Ainda no primeiro acto, a entrada atrasada de Tosca para a cena com Scarpia admito que não deva ser imputada ao encenador.
Da orquestra e do maestro Paolo Carignani não guardo memória, mas se não exaltaram não terão maltratado aquela música belíssima.

Gostei de ouvir ao vivo Sondra Radvanovsky: tem realmente uma excelente voz e uma boa prestação cénica. Não é nada bonita, mas ao longe isso não me incomoda. Foi sem dúvida quem valeu o preço dos bilhetes. O tenor Jorge de Léon achei fraquinho, o seu Cavaradossi não me maravilhou, embora fosse melhor ao vivo do que no clip do próprio teatro.
Quanto ao barítono Ambrogio Maestri, que fez Scarpia, não estando ao mesmo nível da Tosca tem voz e cantou bem, mas faltou-lhe o prazer da maldade que tem de existir na presença e na voz e, como notou um dos comentadores do IFL, feliz ou infelizmente temos sempre Gobbi como referência.

Barcelona no mercado

Não, não estou a falar do mercado da dívida nem de empresas de rating, mas sim do mercado de La Boquería, a meio da Rambla:


cheio de turistas a apreciarem os produtos muito bem expostos:


Lembro-me que foi dos primeiros mercados deste estilo que visitei, há anos.
Até tem bacalhau, para quem julgar que Portugal é que sabe:

(Barcelona, Março 2014)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Barcelona em catalão

Barcelona está, na minha opinião, encantadora, e pareceu-me mais catalá do que me lembrava. Ou seja, as pessoas falam e escrevem em catalão (a não ser connosco, turistas, com quem delicadamente interagem em castelhano).

Entretive-me a decifrar os escritos no Barri Gótic (clique na foto para aumentar):


e do simpático restaurante onde comi as melhores patatas bravas destas férias:

(Barcelona, Março 2014)

terça-feira, 20 de maio de 2014

Twitter

Andava eu a pensar que, para aquilo que tenho para dizer hoje em dia, mais me valia abrir uma conta no Twitter, quando descubro que até o Twitter tem um blogue.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Barcelona assombrada

Trouxe de Barcelona um romance já com alguns anos de Carlos Ruiz Zafón em relação ao qual tinha ouvido dizer maravilhas: La Sombra del Viento. Acabei de o ler há dois ou três dias, e eis em resumo a minha impressão: é um romance gótico anacrónico salvo à justa pelo humor.

Tem todos os ingredientes da tragédia macabra do século XIX na senda de Edgar Allan Poe ou, mais apropriadamente, de Ponson du Terrail: as casas em ruínas e as famílias decadentes, o tempo frio, negro e chuvoso, o homem sem rosto, as meninas de aspecto angelical, os amores impossíveis, as mortes crudelíssimas, e mesmo uma suspeita de fantasmagoria. Se no princípio a biblioteca labiríntica me apareceu como uma referência desajeitada a Borges, logo reforçada pela cegueira do primeiro objecto amoroso do protagonista, a partir de certa altura encontrei-me num mundo irmão do de Rocambole*, com a devida distância de uns milhares de quilómetros entre Paris e Barcelona e de mais de meio século de diferença temporal.

O autor, que vive em Los Angeles e escreve guiões para cinema, detalha itinerários precisos na sua cidade natal, mas o que acho particularmente conseguido é a criação da atmosfera sinistra. Há imensas mortes pelo caminho, e se não fossem as reflexões filosóficas do sem-abrigo resgatado e transformado em sidekick-com-anjo-da-guarda do herói, aquelas quinhentas e tal páginas deixariam qualquer um à beira do Prozac.


*de cujas aventuras li vários volumes quando ainda era adolescente.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Lampiões

A histeria era tanta que parecia que iam ganhar a Champions League.
Consolem-se, vá: para o ano jogam com os grandes.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Marmotas

Porque raio deram a um peixe o mesmo nome de um mamífero, se não para desestabilizar?

(Faro, Maio 2014)


Ainda não puseram os peixes a prever o tempo, vá lá.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A carta

Quando leio, ou ouço, repetidamente, que Seguro exige que a carta de intenções seja tornada pública, não consigo deixar de me lembrar desta história contada por Plutarco:

Quando no Senado se discutia a conduta a seguir no caso da conspiração de Catilina, César e Catão empenharam-se a defender as suas opiniões opostas e a atenção do Senado estava fixada nos dois homens. Uma pequena nota foi trazido de fora para César. Catão, que tentava lançar suspeitas sobre César, alegou que a carta tinha algo a ver com a conspiração, e exigiu-lhe que a lesse em voz alta. Em vez disso, César entregou-lhe a nota para que a lesse. Só que esta era uma carta pouco púdica da irmã do próprio Catão, Servília, a César, por quem ela estava apaixonada. Catão atirou-a a César, dizendo: "Toma, bêbado", e retomou o seu discurso.

Note-se que César sempre foi muito moderado no que tocava a copos.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cadê a globalização?

Nas eleições europeias devia ser possível votar em candidatos de outros países.

Os primeiros

Estes são os primeiros morangos colhidos na minha horta esta temporada.

(Albufeira, Maio 2014)


Há lá mais a amadurecer :-)