Um apontamento só de uma breve ida ao Funchal no princípio de Outubro. Encontrei, como noutras cidades portuguesas, uma mistura de progresso e degradação. Há prédios em ruínas e novos cafés com esplanadas apetitosas; lojas com ar decrépito vendem coisas a preços extravagantes; miúdos com excelente aspecto passam vestidos com uniformes de colégio; as obras do aterro pós-inundações já parecem perto do fim...
De um jantar na zona velha, outrora mal afamada e agora transformada numa concentração de restaurantes para turistas, não guardarei memória, mas sim das portas pintadas, de que já me tinham falado:
Novidades no Carvoeiro: esta casinha que pretende servir de abrigo aos gatos vadios, com uns comedouros à frente para as pessoas porem comida.
(Carvoeiro, Novembro 2014)
Bastante civilizado, e pela amostra junta parece que os gatos são capazes de aderir.
Desde sexta-feira há uma nova área de triagem na Urgência do hospital de Faro: este bonito contentor com uma divisória interior de vidro. Por uma porta, do lado embelezado com dois vasinhos de plantas, hão-de entrar as possíveis vítimas da doença de Ébola. Pela outra, se couberem, os profissionais de saúde vestidos de astronautas.
Tudo bem. Só não entendi ainda como é ventilada aquela coisa, e imagino que os doentes terão de lá ficar algum tempo, pelo menos à espera dos resultados de análises, não?