sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Subir ou descer, eis a questão

Notícia do Expresso:

Défice orçamental sobe a 8,3% no 1.º semestre
Valor provisório do défice orçamental apenas nos primeiros seis meses já denota um agravamento face ao anterior destaque realizado pelo INE, que apontava para um défice de 7,7%.
11:10 Sexta feira, 30 de setembro de 2011
O défice orçamental no primeiro semestre do ano atingiu os 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB), indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), superior aos 7,7% do primeiro trimestre do ano.
(...)

Notícia do Jornal de Negócios:

Défice público caiu no segundo trimestre do ano
30 Setembro 2011 | 11:20
Pedro Romano - promano@negocios.pt

O défice orçamental recuou no segundo trimestre relativamente aos primeiros três meses do ano. Segundo as contas do INE, as necessidades de financiamento da Administração Pública passaram de 9,3 para 8,8% do PIB.
(...)


Que grande confusão. A verdade é que ler o documento original do INE não ajuda nada, porque as contas são feitas trimestralmente para todo o ano anterior - ou seja, é preciso saber os valores de todos os relatórios trimestrais desde há mais de um ano para se perceber alguma coisa. E eu, confesso, não tenho paciência, que a minha vida não é isto.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A revolução cultural ataca de novo

Notícia do Público (via O País do Burro):

Ministério cancelou prémios de 500 euros a dias de entregá-los aos melhores alunos do país
28.09.2011 - 09:54 Por Graça Barbosa Ribeiro
O prémio de mérito no valor de 500 euros, que distingue os melhores alunos dos vários cursos do ensino secundário de cada uma das escolas do país, foi suspenso pelo actual Governo.
(...) "O valor pecuniário será afecto a projectos existentes na escola destinados a apoiar alunos ou famílias carenciadas, cabendo ao conselho pedagógico elencar as diversas necessidades". Ao aluno que deveria receber o dinheiro caberá seleccionar "aquela que deverá ser beneficiada", aponta o MEC, destacando que a alteração visa incentivar "a solidariedade".
(...)


É o escândalo do dia na blogosfera, e com toda a razão. O prémio monetário talvez não devesse ter sido instituído - quando eu era aluna do secundário os prémios eram livros, por exemplo - mas deveria, nesse caso, acabar a partir do próximo ano. Mas prometê-lo e, a dias de o dar, retirá-lo e mandar os premiados escolher a quem o reencaminhar, é maldade ou maoísmo.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Viajando no tempo

Notícia da TSF (via 31 da Armada):

PS saúda Livro Verde da Administração Local
Ontem às 20:05
Apesar de sublinhar que não tem um conhecimento formal do documento, o PS congratula-se com o sentido genérico do Livro Verde da Administração Local apresentado pelo Governo.
(...)
«Quase dez anos depois e seis ou sete líderes do PSD depois, sabe-se que o PSD parece corresponder ao desafio que o secretário-geral do PS [António José Seguro] lançou em plena campanha eleitoral e no penúltimo debate quinzenal na Assembleia da República, no sentido de o país ter uma nova lei eleitoral autárquica já durante as próximas eleições autárquicas» (...)


Já sabemos que o mundo muda muito em quinze dias, mas de certeza que desde que António José Seguro lançou esse desafio já passaram dez anos e seis ou sete líderes no PSD?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rondò

Ouvi hoje, na Antena2, este rondò de Beethoven:

composto na juventude sobre este tema de Mozart - o que curiosamente não vi referido em lado nenhum:

e quando andava à procura destas peças, encontrei mais esta:

cujo nome (Raiva sobre um tostão perdido) me pareceu muito apropriado para os tempos que vivemos.

Insistência

Vais a uma loja à procura, sei lá, de um par de sapatos, ou de um frigorífico, ou de um livro. Não há aquilo que procuras, o lojista diz-te que não consegue arranjar. O que fazes? Procuras outra loja.

Vais a um advogado e pedes-lhe que te represente; ele recusa. Procuras outro, não?

Vais ao médico e pedes que te trate. Ele diz que não, e explica-te as suas razões: não acha que precises, ou não se sente à vontade com esse tratamento, ou não tem o material apropriado, qualquer coisa. E tu?
Tu chateia-lo todos os dias (ou semanas, ou meses) na esperança de conseguires que mude de ideias.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Speedy neutrinos

Notícia do Expresso:

Descoberta: partículas mais rápidas que a luz?
É uma descoberta que a confirmar-se abrirá novas perspetivas científicas. Físicos franceses anunciaram ter medido partículas elementares da matéria a uma velocidade superior à da luz.
9:50 Sexta feira, 23 de setembro de 2011
Os neutrinos, partículas elementares da matéria, foram medidos a uma velocidade que ultrapassa ligeiramente a velocidade da luz, considerada até agora como um "limite intransponível", anunciaram hoje físicos de um centro de investigação francês.
(...)
As medições efetuadas (...) concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso, no centro de Itália, a 300,006 quilómetros por segundo (...)
"Tendo em conta o enorme impacto que tal resultado poderá ter na Física, são necessárias medições independentes para que o efeito observado possa ser refutado ou então formalmente estabelecido", sublinha o CNRS.(...)


É assim que a ciência funciona: submetendo-se a confirmação por outros investigadores. Mas se estes resultados se confirmarem, teremos muitos apreciadores de ficção científica - da boa, a de Isaac Asimov e Arthur C. Clarke - a acenarem com ar satisfeito, Nós bem dizíamos, e a sonhar com viagens espaciais ainda durante a sua vida.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Passaportes

Finalmente uma notícia séria e útil, no Observatório do Algarve:

Passaportes agora pedidos nas conservatórias
22-09-2011 9:00:00
(...)
Na sequência da extinção dos governos civis, a quem cabia a concessão do passaporte comum, o Governo procedeu à reorganização do processo de emissão do documento, transferindo essa competência para o diretor nacional do Serviço de Estrangeiro e Fronteiras (SEF) e alargando a rede de locais de acesso.
(...)
Os passaportes podem agora ser pedidos nos antigos balcões dos governos civis, em todas as Lojas do Cidadão, nos postos de atendimento do Cartão do Cidadão de Lisboa e nas conservatórias dos registos civis do continente.

Limpeza na Judiciária

Notícia do Público:

Mulher da limpeza assaltou a Polícia Judiciária
22.09.2011 - 16:54 Por José Bento Amaro
Assaltaram o edifício da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ). No edifício da Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, onde correm algumas das mais complexas investigações relativas a corrupção e outra criminalidade económica, foram furtados, pelo menos, um computador e diversos telemóveis. Na última sexta-feira foi efectuada a primeira detenção - uma empregada de limpeza.
(...)
Os furtos em instalações policiais (neste caso da PJ) não são invulgares. No ano passado um toxicodependente escalou uma rede com mais de uma dezena de metros de altura e introduziu-se no edifício da Unidade Nacional Contra o Terrorismo, na Avenida José Malhoa. Depois de comer diversas peças de fruta que encontrou num dos gabinetes da direcção, acabou por percorrer outras salas, vindo a apoderar-se, entre outro material, de diversos computadores portáteis. Para sair do edifício atirou o equipamento informático por cima da rede vindo a danificar parte do mesmo. Ainda assim terá vendido algum do material.
(...)


Ainda assim, prefiro estes crimes burros aos crimes violentos que por aí pululam e me fazem interrogar sobre se este ainda é o meu país.

O sexo das lulas

Outra notícia do Expresso:

Estudo: o que não sabia sobre o sexo das lulas
Ao que tudo indica, no que diz respeito ao sexo entre lulas, o género não importa. Um estudo norte-americano sugere que os machos da espécie octopoteuthis deletron não conseguem distinguir as fêmeas dos outros machos.
Ana C. Oliveira (www.expresso.pt), com The Guardian
19:08 Quarta feira, 21 de setembro de 2011

(...)

Que alívio. É que eu, olhando para eles, também não os distingo.

Medidas? Quais medidas?

Notícia do Expresso:

Hotéis e restaurantes ameaçam tomar medidas se IVA aumentar para 23%
Os empresários da restauração e hotelaria "vão tomar medidas se o Governo aumentar o IVA no setor para a taxa máxima de 23%, revelou o presidente da associação AHRESP.
17:12 Quinta feira, 22 de setembro de 2011
(...)

Li o texto até ao fim e fiquei sem saber que medidas vão tomar. Não os estou a ver fazer greve, recusar alimentar os clientes, servir em pratos sujos, transformarem-se todos em self-services para poupar nos empregados. Só se for recusar passar recibos, mas isso não só não é legal como não é fácil.
Acordem, senhores da AHRESP: estão fritos, como toda a gente.

domingo, 18 de setembro de 2011

Cor-de-rosa

Quando acabam os registos das férias e as arrumações, quando se começa a pensar seriamente no trabalho e a ler os jornais online que trazem não só as más notícias expectáveis mas as parvoíces do costume, nada como pôr em uso estes óculos que tinha guardados:

(Albufeira, Setembro 2011)

Juro que o mundo fica mesmo a parecer mais bonito.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O que eu amo na Itália

Beleza para os meus olhos:

(Porto Santo Stefano, Setembro 2011)

Vida social para o meu cão (este amigo era russo, percebe-se pela trela):

(San Gimignano, Setembro 2011)

Aviso na janela das traseiras:

(Passignano sul Trasimeno, Setembro 2011)

Peixe fresco à venda na marina:

(Portoferraio, Setembro 2011)

Marinheiros de coração mole (do lado esquerdo, clicar para ampliar):

(ferry Moby Lines, Setembro 2011)

Trocamos, senhor Berlusconi?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A evolução da crise grega

A propósito de crise, acho irresistível este boneco da revista satírica alemã Titanic sobre a evolução da dívida pública grega, que a Helena Ferro Gouveia postou aqui.

A crise em Itália

Que também há, já sabíamos. Manifesta-se de várias formas, desde as clássicas

(Lucca, Setembro 2011)

até outras que só mesmo naquele país

(Roma, Setembro 2011)

Hehe vejam o detalhe:

Elba

Parece que Napoleão, quando, depois de governar meia Europa, lhe foi concedido pelo tratado de Fontainebleau o império sobre a ilha de Elba , na altura com treze mil e setecentos habitantes, provavelmente ainda mais porcos, feios e ignorantes que os portugueses da época, tratou de criar ali uma sociedade próspera e moderna. Teve menos de um ano para o fazer, no entanto, já que os rumores de que as potências dominantes não gostavam de o ter tão perto o empurraram para uma tentativa de recuperação da coroa francesa.

(San Martino, Setembro 2011)

A Elba vai-se hoje principalmente pelas praias, todas domesticadas e plantadas com guarda-sóis de várias cores e respectivas espreguiçadeiras e apinhadas de visitantes. Os carros sobram dos parque de estacionamento e ei-los bordeando as estradas costeiras. O mar, calmo e morno, justifica as enchentes. Ainda por cima é possível escolher o lado sul ou norte da ilha consoante sopre o maestrale ou o scirocco, os ventos dominantes, porque se está em qualquer lado em dez minutos.
Abençoada!

(Cavoli, Setembro 2011)

Para além das praias e respectiva confusão, há aldeias modestas penduradas nas encostas e a capital Portoferraio com a sua encantadora baía que tem uma marina activíssima - ao contrário das portuguesas, que são armazéns de barcos que nunca são usados, na de Portoferraio percebe-se que os iates saem de manhã e voltam à noite, como deve ser, para serem admirados pelo povo que passeia no lungomare depois do jantar.

(Portoferraio, Setembro 2011)

Já quanto a monumentos e assim, o Duomo é fraquinho e o museu arqueológico igualmente, e os móveis das casas onde viveu o imperador não são os originais. Mas há o festival internacional de música, ora pois.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Música em férias

Há férias que se fazem em busca de música, e outras em que a música nos aparece. Em Lucca, onde nasceram Boccherini e Puccini, o primeiro dá nome ao conservatório e o segundo a uma espécie de festival permanente em que jovens cantores se fazem ouvir na Chiesa di SS Giovanni e Riparata, que é assim, além de porta de entrada para a antiga cidade de César, igualmente ingresso para quem gosta de ópera.

Será que um dia estes jovens, amadurecidos vocal e dramaticamente, se tornarão grandes estrelas e eu me lembrarei de os ter ouvido, ainda um bocadinho inseguros das suas bonitas vozes, sobretudo ela, mas dispostos já a enfrentar os visitantes da cidade?

For the record: ela chama-se Ilaria Lanzino, e ele Roberto Lorenzi. O pianista Massimo Morelli chegou atrasado com a pasta das partituras, do que se foi redimindo ao longo do serão.

(Lucca, Setembro 2011)

Mas a maravilha musical desta viagem foi a presença de Martha Argerich (& Friends, claro) no 15º festival internacional de Elba e conseguir arranjar bilhetes para a ouvir. Confesso que diante desta oportunidade nem dei atenção ao programa, e só com os bilhetes arrematados vi que a primeira parte constaria de obras de dois compositores para mim desconhecidos, George Enescu e Juliusz Zarebski, enquanto a segunda seria preenchida por tangos e contaria com a presença do grande Nestor Marconi, uma das lendas vivas do bandonéon.

Os músicos chegaram ao mesmo tempo que eu e saíram dos carros levando na mão a roupa de cena - a senhora Argerich igualmente, o que me deixou muito bem impressionada, tal como tê-la visto no fim a conversar, a fumar (pois) e a dar autógrafos (não, não me atrevi a pedir nenhum). Quanto ao concerto - bem! Que delícia de execução, que alinhamento glorioso, que belos arranjos do pianista Eduardo Hubert, ele próprio autor de uma das peças tocadas.

(Portoferraio, Setembro 2011)

E agora, o que faço? Lugano no ano que vem?

Nota: encontrei aqui o terceiro andamento do quinteto de Zarebski, tocado por Argerich com outros amigos.

Lucca

Certas povoações, de tão bonitas, entregaram-se completamente ao turismo e perderam outros interesses. Quando arrancam os autocarros, as lojas de lembranças e artesanato fecham, os cafés também e, como já não há residentes, as ruas ficam desertas.
Há disso em Portugal como em Itália. Eu gosto das cidades com vida própria, à qual os turistas se acrescentam sem parecerem ser a razão da existência. Parafraseando Pompeu o Grande: as qualidades não estão nos lugares e nas casas, mas nos homens*.

Lucca é um exemplo, que visitei finalmente e pela primeira vez. Conhecia-a sobretudo por nela ter tido lugar, na primavera de 56 a.C, uma famosa reunião entre os homens mais poderosos da época, na qual César, Pompeu e Crasso negociaram apoios e definiram tarefas para os cinco anos seguintes. Da antiguidade clássica não sobra porém muito na Lucca de hoje: a forma e o nome da Piazza dell'Anfiteatro e algumas ruínas na cave da Chiesa di SS. Giovanni e Riparata.



Da cidade medieval há muito mais: as muralhas, a Torre Guinigi com o seu jardim a dezenas de metros de altura (antes que me perguntem: não, não subi), o labirinto das ruas pedonais onde andei de carro perdida e, por outro lado, possivelmente uma das igrejas mais feias de Itália, que no entanto possui um belíssimo quadro de Filippino Lippi.

E muito mais: o Duomo, o Teatro del Giglio, e a partir de ontem, se tudo tiver corrido bem, a casa natal restaurada de Puccini.

(Lucca, Setembro 2011)


*Appianus, As Guerras Civis, II,5.37

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Perugia

Conheci Perugia há muitos anos, na primeira viagem que fiz a Itália. Frequentei informalmente a Università per Stranieri, visitei a cidade e os arredores, fiz amizades qua ainda duram e outras que se perderam, vivi all'economia, subi muito e desci muito pouco, comi gelados na geladaria ao fundo do Corso Vanucci.


Voltei agora. A geladaria ainda lá está, assim como a Fontana Maggiore e os belíssimos palácios trecentistas. Desta vez as minhas pernas foram poupadas graças às escadas rolantes da Rocca Paolina.


A história de Perugia é muito anterior à Idade Média: também ela foi etrusca, depois conquistada pelos romanos, e teve um papel crucial nas disputas de poder entre Marco António e o futuro imperador Augusto: ali se refugiaram o irmão e a mulher de António à frente das suas tropas, e ali foram derrotados, sendo a cidade arrasada, e mais tarde reconstruída por Augusto.

Um outro detalhe engraçado: o pão perugino é insonso. É uma tradição antiga, desde que, em conflito com o Papa Paolo III, a cidade recusou pagar um imposto por este lançado sobre o sal.


(Perugia, Setembro 2011)

Uns dias em Itália

Setembro é um mês complicado para férias, porque o tempo na Europa é imprevisível enquanto na mourama se está bem, noutros continentes é época de furacões e tufões, no hemisfério sul ainda é inverno... Mas a Itália é sempre uma boa aposta. Adoro o país. Um dia quero reformar-me lá - se calhar já disse isto neste blogue.

Desta vez andei por terras de Etruscos, e comecei por Assis, cuja imponente basílica já conhecia e que foi abalada por um terramoto em 1997, estava eu por acaso também em Itália.

(Assisi, Setembro 2011)

Está muito bem restaurada, cheia de turistas e de frades, claro, mas com uns toques de paganismo.



Até porque, pelos vistos, a fé não é total.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Crenças

(...) quae volumus, et credimus libenter et, quae sentimus ipsi, reliquos sentire speramus

acreditamos mais facilmente naquilo que desejamos, e esperamos que os restantes sintam o que nós sentimos


C. I. Caesar, De bello Civili, II, 27

Hoc ubi uno auctore ad plures permanaverat, atque alius alii tradiderat, plures auctores eius rei videbantur.

Esta [opinião] quando um autor a passava a muitos, e cada um destes [a] transmitia a outros, parecia ter vários autores.


id, II, 29

A minha amiga S., como tanta gente sem formação científica, acredita em coisas como o poder da mente, a malignidade das micro-ondas e a eficácia da homeopatia e da imposição das mãos (que agora tem um nome mais interessante, reiki).

Outro dia fi-la ler um artigo na Revista da Ordem dos Médicos (número ainda não online), que explicava o que vêem os médicos de errado nas medicinas alternativas: a falta de base racional, a falta de controle de qualidade dos medicamentos, a ausência de validação das terapêuticas por ensaios controlados e repetíveis, e a subtracção de doentes a tratamentos médicos eficazes.

Ela leu e, devolvendo-me a revista, apenas comentou:

Muito bem, mas eu tenho outros dados.