(Albufeira, esta tarde)
Herculaneum, circa 40 BCE. At the villa Pisonis the Epicurean School of Philodemus of Gadara is an informal gathering place for those who enjoy discussing philosophy, literature, general politics, the nature of things and how to live better.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
Do tempo e da música
Era uma vez um hotel jovem, que para entreter os seus hóspedes contratou uma série de músicos.
Ainda não se falava de hoteis all-inclusive, nem havia animação a toda a hora, mas depois do jantar, no bar, em cada noite da semana havia uma actuação diferente, e nos jantares de Natal e fim-do-ano tocavam os entertainers mais apreciados.
Ao longo dos anos criaram-se relações de fidelidade: entre os hóspedes e o hotel, entre os músicos e o hotel, entre os hóspedes e os músicos.
O hotel renovou-se; os hóspedes e os músicos envelheceram. Mas continuaram fieis entre si.
Já lá vai muito tempo. Alguns dos músicos já só se ouvem com amplificação, outros passaram a tocar sentados. Deveriam talvez reformar-se, mas provavelmente, como independentes, pouco terão descontado para a Segurança Social, e pouco terão poupado. Vão tocando o que sempre tocaram.
E no entanto... No jantar de Natal alguém elogia a acordeonista, outra pessoa pede-lhe que toque um clássico, e ela toca uma coisa que ninguém sabe o que é, mas que a inspira, e improvisa, ornamenta. Os olhares dos hóspedes mostram um respeito renovado, os aplausos reconhecem que há mais para além do Malhão malhão e do Cheira bem cheira a Lisboa.
No fim da noite, a acordeonista pede uma cadeira, senta-se, toca. É aplaudida. Fecha os olhos, embalada pelo respeito e pelo apoio dos presentes. Há quem vá saindo, os empregados começam a levantar as mesas. O pequeno grupo junto da acordeonista fica. A acordeonista toca. É uma jam-session de uma música só a tocar o que lhe vai na alma.
Foi assim mesmo, como fica escrito.
Ainda não se falava de hoteis all-inclusive, nem havia animação a toda a hora, mas depois do jantar, no bar, em cada noite da semana havia uma actuação diferente, e nos jantares de Natal e fim-do-ano tocavam os entertainers mais apreciados.
Ao longo dos anos criaram-se relações de fidelidade: entre os hóspedes e o hotel, entre os músicos e o hotel, entre os hóspedes e os músicos.
O hotel renovou-se; os hóspedes e os músicos envelheceram. Mas continuaram fieis entre si.
Já lá vai muito tempo. Alguns dos músicos já só se ouvem com amplificação, outros passaram a tocar sentados. Deveriam talvez reformar-se, mas provavelmente, como independentes, pouco terão descontado para a Segurança Social, e pouco terão poupado. Vão tocando o que sempre tocaram.
E no entanto... No jantar de Natal alguém elogia a acordeonista, outra pessoa pede-lhe que toque um clássico, e ela toca uma coisa que ninguém sabe o que é, mas que a inspira, e improvisa, ornamenta. Os olhares dos hóspedes mostram um respeito renovado, os aplausos reconhecem que há mais para além do Malhão malhão e do Cheira bem cheira a Lisboa.
No fim da noite, a acordeonista pede uma cadeira, senta-se, toca. É aplaudida. Fecha os olhos, embalada pelo respeito e pelo apoio dos presentes. Há quem vá saindo, os empregados começam a levantar as mesas. O pequeno grupo junto da acordeonista fica. A acordeonista toca. É uma jam-session de uma música só a tocar o que lhe vai na alma.
Foi assim mesmo, como fica escrito.
Em três parágrafos
(...) o keynesianismo, nas actuais circunstâncias, é inoperante: o acréscimo da procura produzido pelo aumento da despesa pública não provoca uma oferta nacional equivalente,porque se converte na aquisição de bens estrangeiros.
Mais dinheiro colocado em circulação sairá para o exterior, sem efeitos positivos na expansão económica nacional, enquanto esta própria não se expandir.
Em economia aberta e sem capacidade competitiva do aparelho produtivo nacional - como nos encontramos hoje - «mais» keynesianismo significa mais importações, maiores défices externos e agravado endividamento.
Medina Carreira, Portugal que Futuro?, Carnaxide, 2009, pg. 38
Será muito difícil perceber isto?
Mais dinheiro colocado em circulação sairá para o exterior, sem efeitos positivos na expansão económica nacional, enquanto esta própria não se expandir.
Em economia aberta e sem capacidade competitiva do aparelho produtivo nacional - como nos encontramos hoje - «mais» keynesianismo significa mais importações, maiores défices externos e agravado endividamento.
Medina Carreira, Portugal que Futuro?, Carnaxide, 2009, pg. 38
Será muito difícil perceber isto?
sábado, 26 de dezembro de 2009
Feriados
Notícia do Diário de Notícias:
Empresários
Patrões querem menos feriados
por LUSA Hoje
O vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal defende que a redução de feriados poderia ter um impacto positivo no PIB. O 1.º de Dezembro deveria ser um dia útil, defende.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) defende a redução do número de feriados como forma de combater a crise e o desemprego, a começar pelo 1.º de Dezembro, que celebra a autonomia do País face a Espanha.
(...)
Os empresários já fizeram as contas e afirmam que Portugal tem mais dois feriados do que a média da União Europeia.
E, "em particular, [comparando] com os últimos países a entrar na União - aqueles com que concorremos mais directamente - temos claramente mais feriados e mais férias", indicou o responsável da AEP.
"Na nossa opinião, justificava--se que Portugal reduzisse o número de feriados e pudéssemos trabalhar mais horas. Teria impacto no Produto Interno Bruto" (PIB), defendeu.
(...)
Isto parece-me uma parvoíce pegada. Depois de perceber, há uns meses, que a produtividade tem muito mais a ver com o que se produz do que com o tempo que se leva a produzi-lo, não vejo como pôr os portugueses a trabalhar mais um dia por ano a fazer as mesmas coisas de fraco valor acrescentado poderá melhorar significativamente o nosso PIB ou fazer crescer mais rapidamente a nossa economia.
Para além disso, as pessoas não são máquinas: precisam de estímulos, de repouso e de rituais compartilhados, que é o que deviam ser os feriados, e são nalguns países onde a sociedade se compraz em alimentar a identidade própria e a auto-estima. Por isso mesmo, se quiserem discutir feriados, vamos ver o que eles significam e o que podem significar para os portugueses, mas por favor deixem o 1º de Dezembro sossegado, até porque para celebrar Portugal deveríamos fazê-lo positivamente, num dia em que recuperámos a independência e não naquele em que perdemos um grande poeta.
Empresários
Patrões querem menos feriados
por LUSA Hoje
O vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal defende que a redução de feriados poderia ter um impacto positivo no PIB. O 1.º de Dezembro deveria ser um dia útil, defende.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) defende a redução do número de feriados como forma de combater a crise e o desemprego, a começar pelo 1.º de Dezembro, que celebra a autonomia do País face a Espanha.
(...)
Os empresários já fizeram as contas e afirmam que Portugal tem mais dois feriados do que a média da União Europeia.
E, "em particular, [comparando] com os últimos países a entrar na União - aqueles com que concorremos mais directamente - temos claramente mais feriados e mais férias", indicou o responsável da AEP.
"Na nossa opinião, justificava--se que Portugal reduzisse o número de feriados e pudéssemos trabalhar mais horas. Teria impacto no Produto Interno Bruto" (PIB), defendeu.
(...)
Isto parece-me uma parvoíce pegada. Depois de perceber, há uns meses, que a produtividade tem muito mais a ver com o que se produz do que com o tempo que se leva a produzi-lo, não vejo como pôr os portugueses a trabalhar mais um dia por ano a fazer as mesmas coisas de fraco valor acrescentado poderá melhorar significativamente o nosso PIB ou fazer crescer mais rapidamente a nossa economia.
Para além disso, as pessoas não são máquinas: precisam de estímulos, de repouso e de rituais compartilhados, que é o que deviam ser os feriados, e são nalguns países onde a sociedade se compraz em alimentar a identidade própria e a auto-estima. Por isso mesmo, se quiserem discutir feriados, vamos ver o que eles significam e o que podem significar para os portugueses, mas por favor deixem o 1º de Dezembro sossegado, até porque para celebrar Portugal deveríamos fazê-lo positivamente, num dia em que recuperámos a independência e não naquele em que perdemos um grande poeta.
Presentes de Natal
O Jr recebeu dois presentes este Natal: uma camisola que fará o sacrifício de vestir nos dias mais frios, e um brinquedo que ele adora destruir à dentada e por isso só lhe é concedido em curtos períodos de recreio.
Se ele tivesse escolha, se calhar devolveria, trocaria ou re-ofereceria a camisola. Para nós, humanos, que raramente admitimos mas detestamos metade das surpresas que nos fazem, o Telegraph tem sugestões úteis sobre o destino a dar aos presentes não desejados.
(Albufeira, Dezembro 2009 e Janeiro 2007)
Se ele tivesse escolha, se calhar devolveria, trocaria ou re-ofereceria a camisola. Para nós, humanos, que raramente admitimos mas detestamos metade das surpresas que nos fazem, o Telegraph tem sugestões úteis sobre o destino a dar aos presentes não desejados.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Boas Festas
Soube pelo 31 da Armada que a TAP resolveu ontem fazer um evento natalício em pleno aeroporto de Alcoch... perdão, da Portela. Já tenho ficado feliz com outras surpresas deste género, porque me parece esta um bocadinho forçada?
Como prefiro outro género de música, aqui deixo antes este video que um amigo me mandou por email e me deixou de lágrimas nos olhos (apesar de algumas vozes femininas):
Como prefiro outro género de música, aqui deixo antes este video que um amigo me mandou por email e me deixou de lágrimas nos olhos (apesar de algumas vozes femininas):
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Bach na Gulbenkian
Gostei mesmo muito da Oratória de Natal (Weihnachtsoratorium, BWV 248, 2ª parte, as últimas três cantatas). A plateia estava quase esgotada quando comprei os bilhetes, mas afinal, em tempo de gripe, havia alguns lugares vagos muito melhores que o meu, para onde consegui mudar.
A música é muito bonita, muito contrapuntística, enganadoramente fácil de seguir; a orquestra e o coro estiveram muito bem (preferia que os coristas não balançassem tanto) sob a direcção de Michel Corboz, muito velhote mas muito seguro.
Gostei muito dos oboés e dos fagotes, do solo do primeiro-violino, do apoio do baixo-contínuo. Gostei da encenação, isto é, da movimentação dos cantores para locais diferentes no palco para separar as diferentes vozes e dar maior variedade ao espectáculo. Pareceu-me que o tenor Christophe Einhorn que substituiu John Mark Ainsley afastado por doença, estava com algumas dificuldades de respiração (tempo?) na primeira ária, mas já não na segunda. A soprano Nathalie Gaudefroy, que nas notas graves mal se ouvia, tem um registo agudo impecável. O barítono Rudolf Rosen tem uma bonita voz, a da mezzo-soprano Annette Markert é bastante escura, já a pender para contralto.
No fim, entre os aplausos, um Corboz visivelmente feliz beijou quase toda a gente em palco.
A música é muito bonita, muito contrapuntística, enganadoramente fácil de seguir; a orquestra e o coro estiveram muito bem (preferia que os coristas não balançassem tanto) sob a direcção de Michel Corboz, muito velhote mas muito seguro.
Gostei muito dos oboés e dos fagotes, do solo do primeiro-violino, do apoio do baixo-contínuo. Gostei da encenação, isto é, da movimentação dos cantores para locais diferentes no palco para separar as diferentes vozes e dar maior variedade ao espectáculo. Pareceu-me que o tenor Christophe Einhorn que substituiu John Mark Ainsley afastado por doença, estava com algumas dificuldades de respiração (tempo?) na primeira ária, mas já não na segunda. A soprano Nathalie Gaudefroy, que nas notas graves mal se ouvia, tem um registo agudo impecável. O barítono Rudolf Rosen tem uma bonita voz, a da mezzo-soprano Annette Markert é bastante escura, já a pender para contralto.
No fim, entre os aplausos, um Corboz visivelmente feliz beijou quase toda a gente em palco.
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Dar e retirar
Notícia do Público:
Juristas afirmam que isso não suscitará polémica
Código Civil vai ter um novo articulado para impedir adopção por casais homossexuais
18.12.2009 - 07:23 Por Sofia Rodrigues, Maria José Oliveira
A proposta de lei do Governo que legaliza o acesso ao casamento civil por pessoas do mesmo sexo prevê a inclusão no Código Civil de um novo artigo que determina a interdição à adopção. É isto mesmo que se depreende das palavras do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que ontem, ao final da tarde, na Assembleia da República, esclareceu que o diploma não permitirá "qualquer dúvida interpretativa". "Para cortar o mal pela raiz, haverá, na própria lei, um artigo expresso que definirá que o acesso ao casamento civil por pessoas do mesmo sexo não tem repercussões em matéria de adopção", afirmou. (...)
Por mim a polémica começa já. Para já não percebo (serei só eu?) o que o sinistro quis dizer. Mas o ponto principal é que não entendo como se pode partir do princípio que uma criança estará melhor numa instituição, ou num acolhimento precário, ou numa família disfuncional, do que adoptada por dois homens ou duas mulheres que se amem, que a amem e que construam com ela uma família harmoniosa.
Não é a minha guerra, mas é isto que sinto.
Juristas afirmam que isso não suscitará polémica
Código Civil vai ter um novo articulado para impedir adopção por casais homossexuais
18.12.2009 - 07:23 Por Sofia Rodrigues, Maria José Oliveira
A proposta de lei do Governo que legaliza o acesso ao casamento civil por pessoas do mesmo sexo prevê a inclusão no Código Civil de um novo artigo que determina a interdição à adopção. É isto mesmo que se depreende das palavras do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que ontem, ao final da tarde, na Assembleia da República, esclareceu que o diploma não permitirá "qualquer dúvida interpretativa". "Para cortar o mal pela raiz, haverá, na própria lei, um artigo expresso que definirá que o acesso ao casamento civil por pessoas do mesmo sexo não tem repercussões em matéria de adopção", afirmou. (...)
Por mim a polémica começa já. Para já não percebo (serei só eu?) o que o sinistro quis dizer. Mas o ponto principal é que não entendo como se pode partir do princípio que uma criança estará melhor numa instituição, ou num acolhimento precário, ou numa família disfuncional, do que adoptada por dois homens ou duas mulheres que se amem, que a amem e que construam com ela uma família harmoniosa.
Não é a minha guerra, mas é isto que sinto.
Princípio do fim das touradas?
Notícia de El País:
El Parlament da luz verde a debatir la ley de prohibición de las corridas de toros
La Cámara catalana inicia el proceso legislativo para eliminar los festejos taurinos dentro de tres o cuatro meses
JOAN FOGUET - Barcelona - 18/12/2009
La Iniciativa Legislativa Popular (ILP) para que se prohíban las corridas de toros en Cataluña sigue su curso.(...)
"Se preguntarán. ¿Por qué ahora?" ha inquirido Molà. Pues porque "las corridas de toros no encajan con la moral del siglo XXI", ha defendido la representante de la plataforma antitaurina.(...)
La portavoz ha recordado que en los últimos años se ha visto que muchas plazas en Cataluña se derruyen, y muchas están ahora en ruinas. No se pueden construir más. Desde 1999 se limita el acceso a plazas sólo a mayores de 14 años.(...)
El portavoz de Ciutadans, Albert Rivera, ha manifestado porque está en contra de la proposición claramente: "Es un debate sobre la libertad, no sobre los animales. ¿Por qué prohibir una tradición que se extinguirá sola?".(...)
Que a tradição se extinga sozinha é uma esperança - mas até em Albufeira há touradas, uma parvoíce completa numa terra sem touros nem toureiros. Nem sei quem vai lá assistir, nem em que estado está a praça de touros.
Que a Catalunha acabe com as touradas (mantendo possivelmente as largadas) é uma excelente iniciativa e uma excelente notícia para quem acha insuportável que se cause sofrimento aos animais para divertimento de alguns humanos.
Mesmo na antiguidade, que era menos sensível à dor dos outros, um dos jogos de inauguração do teatro de Pompeius em Roma, uma caçada em que participavam contra vontade trezentos elefantes, foi um fiasco, com o público a manifestar-se contra o sofrimento óbvio dos pobres bicharocos.
El Parlament da luz verde a debatir la ley de prohibición de las corridas de toros
La Cámara catalana inicia el proceso legislativo para eliminar los festejos taurinos dentro de tres o cuatro meses
JOAN FOGUET - Barcelona - 18/12/2009
La Iniciativa Legislativa Popular (ILP) para que se prohíban las corridas de toros en Cataluña sigue su curso.(...)
"Se preguntarán. ¿Por qué ahora?" ha inquirido Molà. Pues porque "las corridas de toros no encajan con la moral del siglo XXI", ha defendido la representante de la plataforma antitaurina.(...)
La portavoz ha recordado que en los últimos años se ha visto que muchas plazas en Cataluña se derruyen, y muchas están ahora en ruinas. No se pueden construir más. Desde 1999 se limita el acceso a plazas sólo a mayores de 14 años.(...)
El portavoz de Ciutadans, Albert Rivera, ha manifestado porque está en contra de la proposición claramente: "Es un debate sobre la libertad, no sobre los animales. ¿Por qué prohibir una tradición que se extinguirá sola?".(...)
Que a tradição se extinga sozinha é uma esperança - mas até em Albufeira há touradas, uma parvoíce completa numa terra sem touros nem toureiros. Nem sei quem vai lá assistir, nem em que estado está a praça de touros.
Que a Catalunha acabe com as touradas (mantendo possivelmente as largadas) é uma excelente iniciativa e uma excelente notícia para quem acha insuportável que se cause sofrimento aos animais para divertimento de alguns humanos.
Mesmo na antiguidade, que era menos sensível à dor dos outros, um dos jogos de inauguração do teatro de Pompeius em Roma, uma caçada em que participavam contra vontade trezentos elefantes, foi um fiasco, com o público a manifestar-se contra o sofrimento óbvio dos pobres bicharocos.
Devolver as vacinas
Notícia do i:
Espanha e Alemanha querem devolver vacinas contra a gripe A
por Agência Reuters , Publicado em 17 de Dezembro de 2009 | Actualizado há 14 horas
Espanha e Alemanha querem reduzir os pedidos de vacina contra a gripe A e mesmo devolver o excesso de doses aos fabricantes devido à fraca adesão da população às campanhas de sensibilização. De acordo com o diário “El Mundo”, a ministra espanhola da Saúde, Trinidad Jiménez já disse que o governo “está a negociar com os fabricantes da vacina a devolução dos excedentes” e ainda a avaliar que destino vai ser dado às vacinas que sobram.(...)
Já o Ministério da Saúde alemão confirmou que está a acordar com a britânica GlaxoSmithKline a redução de pedidos de vacinas contra a gripe A e, em Janeiro, vai começar a negociar com outros países interessados em receber vacinas em sobra. A Alemanha confirmou que quer vender mais de dois milhões de doses.(...)
As sobras parecem não ser muitas - dois milhões na Alemanha, que encomendou cinquenta milhões - mas admito que acho esta notícia divertida.
Espanha e Alemanha querem devolver vacinas contra a gripe A
por Agência Reuters , Publicado em 17 de Dezembro de 2009 | Actualizado há 14 horas
Espanha e Alemanha querem reduzir os pedidos de vacina contra a gripe A e mesmo devolver o excesso de doses aos fabricantes devido à fraca adesão da população às campanhas de sensibilização. De acordo com o diário “El Mundo”, a ministra espanhola da Saúde, Trinidad Jiménez já disse que o governo “está a negociar com os fabricantes da vacina a devolução dos excedentes” e ainda a avaliar que destino vai ser dado às vacinas que sobram.(...)
Já o Ministério da Saúde alemão confirmou que está a acordar com a britânica GlaxoSmithKline a redução de pedidos de vacinas contra a gripe A e, em Janeiro, vai começar a negociar com outros países interessados em receber vacinas em sobra. A Alemanha confirmou que quer vender mais de dois milhões de doses.(...)
As sobras parecem não ser muitas - dois milhões na Alemanha, que encomendou cinquenta milhões - mas admito que acho esta notícia divertida.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O polvo que queria ser caracol
Notícia da BBC (via roda livre):
Page last updated at 17:19 GMT, Monday, 14 December 2009
Octopus snatches coconut and runs
By Rebecca Morelle
Science reporter, BBC News
An octopus and its coconut-carrying antics have surprised scientists.
Underwater footage reveals that the creatures scoop up halved coconut shells before scampering away with them so they can later use them as shelters.
Writing in the journal Current Biology, the team says it is the first example of tool use in octopuses.
(...)
Nunca imaginei. Acho que os animais estão a ficar mais inteligentes e a usar o que para eles são novas tecnologias. Já vi não sei quantas vezes o vídeo incluído na notícia, com os polvos todos contentes com os seus abrigos.
Não sei é se serei capaz de voltar a comer polvo.
Page last updated at 17:19 GMT, Monday, 14 December 2009
Octopus snatches coconut and runs
By Rebecca Morelle
Science reporter, BBC News
An octopus and its coconut-carrying antics have surprised scientists.
Underwater footage reveals that the creatures scoop up halved coconut shells before scampering away with them so they can later use them as shelters.
Writing in the journal Current Biology, the team says it is the first example of tool use in octopuses.
(...)
Nunca imaginei. Acho que os animais estão a ficar mais inteligentes e a usar o que para eles são novas tecnologias. Já vi não sei quantas vezes o vídeo incluído na notícia, com os polvos todos contentes com os seus abrigos.
Não sei é se serei capaz de voltar a comer polvo.
Sismo? Que sismo?
Lá se foi o mito de que os animais pressentem os terramotos: o Jr não me acordou.
Já se fosse uma trovoada...
Já se fosse uma trovoada...
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Invejosos
Notícia do Diário Económico (via 31 da Armada):
Aviação
Red Bull Air Race vem mesmo para Lisboa
Económico com Lusa 16/12/09 16:30
O espectáculo aéreo Red Bull Air Race vai passar a ter lugar nos céus de Lisboa, após três anos de acrobacias sobre o Rio Douro.
(...)
Durante três anos consecutivos, a prova portuguesa do campeonato internacional realizou-se no Porto, sobre o rio Douro, entre o viaduto de Massarelos e a Ponte Luís I. Em Setembro cerca de 720 mil espectadores juntaram-se nas margens do rio para assistir àquela que é considerada a "Fórmula 1 dos Céus".
Já tinha sido anunciado e comentado. Por mim, que nunca vi, e que moro no extremo sul, parece-me mais entusiasmante ver os aviõezinhos da Ribeira ou de Gaia do que de Belém. Mas deve haver uns gajos com o rabo demasiado pesado para apanharem o comboio para o Porto. Ou o avião.
Imagem Freefever
Aviação
Red Bull Air Race vem mesmo para Lisboa
Económico com Lusa 16/12/09 16:30
O espectáculo aéreo Red Bull Air Race vai passar a ter lugar nos céus de Lisboa, após três anos de acrobacias sobre o Rio Douro.
(...)
Durante três anos consecutivos, a prova portuguesa do campeonato internacional realizou-se no Porto, sobre o rio Douro, entre o viaduto de Massarelos e a Ponte Luís I. Em Setembro cerca de 720 mil espectadores juntaram-se nas margens do rio para assistir àquela que é considerada a "Fórmula 1 dos Céus".
Já tinha sido anunciado e comentado. Por mim, que nunca vi, e que moro no extremo sul, parece-me mais entusiasmante ver os aviõezinhos da Ribeira ou de Gaia do que de Belém. Mas deve haver uns gajos com o rabo demasiado pesado para apanharem o comboio para o Porto. Ou o avião.
Imagem Freefever
Os médicos do futuro
Notícia do Público:
Saúde
Ministério revela que faltam entre 300 e 400 médicos de família e em 2013 poderá ser pior
16.12.2009 - 07:42 Por Alexandra Campos
Afinal, há ou não há falta de médicos em Portugal? A questão voltou ontem a colocar-se, a propósito da formalização de um novo curso de Medicina na Universidade de Aveiro. O Ministério da Saúde (MS) e o primeiro-ministro garantem peremptoriamente que sim, que há falta de clínicos. "Estamos a importar médicos. Temos de criar novas ofertas de cursos de Medicina para que o país disponha mais rapidamente dos médicos necessários", justificou ontem José Sócrates, na cerimónia de oficialização do curso.
(...)
Criticando a criação de mais um curso, o nono em Portugal, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) contrapõe que não existe um défice no número total de médicos em Portugal, mas sim problemas na distribuição por região e especialidade. E é isso mesmo que provoca na população "insatisfação" e "percepção da falta de médicos".
A ANEM cita, a propósito, os dados mais recentes publicados em Julho no Relatório Anual da OCDE que colocam Portugal acima da média, com 3,5 clínicos por mil habitantes.
(...)
"Dizer que se cria uma faculdade porque há falta de médicos não faz sentido", uma vez que os que vão começar a ser formados a partir de 2011 - altura em que arranca o curso de Aveiro - apenas serão médicos depois de 2020, retorque o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, para quem Portugal vai começar a formar médicos "para o desemprego".
(...)
Se o problema fosse de falta de médicos, bastaria aumentar cuidadosamente o número de vagas nos cursos clássicos de Medicina. Mas o que se pretende é implantar este novo curso, certamente igual àquele que começou este ano na Universidade do Algarve, e que foi comprado a uma empresa do Reino Unido (se bem me lembro), que o patenteou e o vendeu para meia dúzia de Universidades no país, no Canadá e na Austrália.
É um curso de quatro anos, em que os alunos, pessoas entre os vinte e poucos e os trinta e poucos anos, já com uma licenciatura, acompanharão clínicos gerais e médicos hospitalares e tentarão aprender na prática, com os casos que forem aparecendo e consoante a disponibilidade e capacidade dos ditos médicos para ensinar.
Terão também aulas com manequins, onde suponho que praticarão injecções e técnicas de reanimação, e com actores que fingirão ser doentes (!). O resto, a anatomia, a bioquímica, a microbiologia - as chamadas ciências básicas - imagino que lerão nos tratados.
Pode ser que resulte. Espero que sim, porque daqui a uns anos, quando eu for velha e os médicos a quem hoje recorro estiverem reformados, é este pessoal que vai tratar de mim.
Saúde
Ministério revela que faltam entre 300 e 400 médicos de família e em 2013 poderá ser pior
16.12.2009 - 07:42 Por Alexandra Campos
Afinal, há ou não há falta de médicos em Portugal? A questão voltou ontem a colocar-se, a propósito da formalização de um novo curso de Medicina na Universidade de Aveiro. O Ministério da Saúde (MS) e o primeiro-ministro garantem peremptoriamente que sim, que há falta de clínicos. "Estamos a importar médicos. Temos de criar novas ofertas de cursos de Medicina para que o país disponha mais rapidamente dos médicos necessários", justificou ontem José Sócrates, na cerimónia de oficialização do curso.
(...)
Criticando a criação de mais um curso, o nono em Portugal, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) contrapõe que não existe um défice no número total de médicos em Portugal, mas sim problemas na distribuição por região e especialidade. E é isso mesmo que provoca na população "insatisfação" e "percepção da falta de médicos".
A ANEM cita, a propósito, os dados mais recentes publicados em Julho no Relatório Anual da OCDE que colocam Portugal acima da média, com 3,5 clínicos por mil habitantes.
(...)
"Dizer que se cria uma faculdade porque há falta de médicos não faz sentido", uma vez que os que vão começar a ser formados a partir de 2011 - altura em que arranca o curso de Aveiro - apenas serão médicos depois de 2020, retorque o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, para quem Portugal vai começar a formar médicos "para o desemprego".
(...)
Se o problema fosse de falta de médicos, bastaria aumentar cuidadosamente o número de vagas nos cursos clássicos de Medicina. Mas o que se pretende é implantar este novo curso, certamente igual àquele que começou este ano na Universidade do Algarve, e que foi comprado a uma empresa do Reino Unido (se bem me lembro), que o patenteou e o vendeu para meia dúzia de Universidades no país, no Canadá e na Austrália.
É um curso de quatro anos, em que os alunos, pessoas entre os vinte e poucos e os trinta e poucos anos, já com uma licenciatura, acompanharão clínicos gerais e médicos hospitalares e tentarão aprender na prática, com os casos que forem aparecendo e consoante a disponibilidade e capacidade dos ditos médicos para ensinar.
Terão também aulas com manequins, onde suponho que praticarão injecções e técnicas de reanimação, e com actores que fingirão ser doentes (!). O resto, a anatomia, a bioquímica, a microbiologia - as chamadas ciências básicas - imagino que lerão nos tratados.
Pode ser que resulte. Espero que sim, porque daqui a uns anos, quando eu for velha e os médicos a quem hoje recorro estiverem reformados, é este pessoal que vai tratar de mim.
Greves e salários
Notícia de Le Monde:
RER A: la direction prête à concéder une augmentation de salaire, sous conditions
LEMONDE.FR avec AFP | 15.12.09 | 20h46
(...)
La grève des conducteurs est entrée mardi dans son sixième jour. A l'appel des syndicats CGT, CFDT, FO, SUD, UNSA et Indépendants, ils revendiquent une prime salariale et une amélioration des conditions de travail dégradées sur cette ligne, la plus grosse ligne de transport en commun urbain en France.
(...)
O mais interessante é o comentário de um leitor:
DANITON
16.12.09 | 10h00
Un gréviste a déclaré perdre 120€ par jour de grève.Il perçoit donc un salaire de 3 500 € mensuels pour 6h30 de travail quotidien journalier dont 2 h 50 par jour en moyenne à conduire un train. Pourquoi ces chiffres là ne sont-ils pas cités ? Cela permettrait de se faire une idée de la notion de service public qu'ont ces fonctionnaires....
Não sei nada da greve dos caminhos de ferro franceses, e muito menos dos salários dos maquinistas, por isso não sei se este comentário corresponde à verdade ou é mera propaganda, mas às vezes seria interessante saber, quando há greves para aumento de salários, quanto é o actualmente auferido - líquido, já agora.
Ou não. Para não nos irritarmos mais.
RER A: la direction prête à concéder une augmentation de salaire, sous conditions
LEMONDE.FR avec AFP | 15.12.09 | 20h46
(...)
La grève des conducteurs est entrée mardi dans son sixième jour. A l'appel des syndicats CGT, CFDT, FO, SUD, UNSA et Indépendants, ils revendiquent une prime salariale et une amélioration des conditions de travail dégradées sur cette ligne, la plus grosse ligne de transport en commun urbain en France.
(...)
O mais interessante é o comentário de um leitor:
DANITON
16.12.09 | 10h00
Un gréviste a déclaré perdre 120€ par jour de grève.Il perçoit donc un salaire de 3 500 € mensuels pour 6h30 de travail quotidien journalier dont 2 h 50 par jour en moyenne à conduire un train. Pourquoi ces chiffres là ne sont-ils pas cités ? Cela permettrait de se faire une idée de la notion de service public qu'ont ces fonctionnaires....
Não sei nada da greve dos caminhos de ferro franceses, e muito menos dos salários dos maquinistas, por isso não sei se este comentário corresponde à verdade ou é mera propaganda, mas às vezes seria interessante saber, quando há greves para aumento de salários, quanto é o actualmente auferido - líquido, já agora.
Ou não. Para não nos irritarmos mais.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Ir ao cinema
Sou capaz de estar muito e muito tempo sem ir ao cinema. Desde que a indústria assumiu como público-alvo o pessoal entre os dezoito e os vinte e quatro anos que me retirei desse jogo. As receitas são sempre as mesmas, porque os espectadores que ao fim de seis anos passam a reconhecê-las saem das salas e são substituídos por novos inocentes a quem são dados os mesmos ingredientes em proporções semelhantes.
Todavia, quando passo muito tempo sem que um único título me atraia, começo a achar que sou eu que não estou bem, e lá arrisco mais uma vez. Neste fim de ano fiz várias tentativas, e todas me deixaram aquele sabor a nada.
Vi o feel-good-movie que foi The Soloist. O enredo e a solução eram evidentes, mas havia música e uma boa representação. Viu-se.
Depois um desastre, The Brothers Bloom, anunciado como uma história de vigaristas vigarizados que me fez esperar por um guião complicado à David Mamet. Aguentei até ao fim na ideia de que não era possível ser tão mau, alguém havia de dar a volta àquilo. Não deram.
A seguir a encantadora Michelle Pfeiffer arrastou-me a uma fita de época, Chéri, em que mais uma vez se põem em cena a prostituta de bom coração e o jovem apaixonado. Porque gostam tanto os contadores de histórias de putas, chulos e bandidos ainda estou para saber. Cenários e vestidos em tons pastel, rapazinhos depilados, a senhora Pfeiffer feita pele e osso, não havia necessidade.
Ontem foi a vez de Ágora, uma espécie de panfleto politicamente correcto: contra a intolerância religiosa, a favor da independência das mulheres, pelo conhecimento contra o obscurantismo, contra as discriminações sociais, que sei eu... Saí a meio, a sentir que o realizador andava à deriva e sem vontade de o acompanhar. Hoje li uma crítica que sugere que a partir do intervalo é que valia a pena. Oh well.
Na próxima semana ainda hei-de aturar o Sherlock Holmes para o qual foi solicitada a minha companhia. E depois disso volto ao iPod, aos livros, e aos meus pesadelos, que são bem mais intrigantes do que todas estas tretas e não cheiram a pipocas.
Todavia, quando passo muito tempo sem que um único título me atraia, começo a achar que sou eu que não estou bem, e lá arrisco mais uma vez. Neste fim de ano fiz várias tentativas, e todas me deixaram aquele sabor a nada.
Vi o feel-good-movie que foi The Soloist. O enredo e a solução eram evidentes, mas havia música e uma boa representação. Viu-se.
Depois um desastre, The Brothers Bloom, anunciado como uma história de vigaristas vigarizados que me fez esperar por um guião complicado à David Mamet. Aguentei até ao fim na ideia de que não era possível ser tão mau, alguém havia de dar a volta àquilo. Não deram.
A seguir a encantadora Michelle Pfeiffer arrastou-me a uma fita de época, Chéri, em que mais uma vez se põem em cena a prostituta de bom coração e o jovem apaixonado. Porque gostam tanto os contadores de histórias de putas, chulos e bandidos ainda estou para saber. Cenários e vestidos em tons pastel, rapazinhos depilados, a senhora Pfeiffer feita pele e osso, não havia necessidade.
Ontem foi a vez de Ágora, uma espécie de panfleto politicamente correcto: contra a intolerância religiosa, a favor da independência das mulheres, pelo conhecimento contra o obscurantismo, contra as discriminações sociais, que sei eu... Saí a meio, a sentir que o realizador andava à deriva e sem vontade de o acompanhar. Hoje li uma crítica que sugere que a partir do intervalo é que valia a pena. Oh well.
Na próxima semana ainda hei-de aturar o Sherlock Holmes para o qual foi solicitada a minha companhia. E depois disso volto ao iPod, aos livros, e aos meus pesadelos, que são bem mais intrigantes do que todas estas tretas e não cheiram a pipocas.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Na pastelaria
Hoje, numa das boas pastelarias de Albufeira, um homem pontifica sobre o estado da nação para a senhora velhota na mesa ao lado. Oiço: uma desgraça... não há princípios... toda a gente sofre... deviam era ir para a Sibéria...
A senhora responde:
- Este fim de semana vai fazer um frio siberiano.
O homem entusiasma-se. E com convicção:
- Então diga lá, isto não podia ser a Suíça da Europa?
A senhora responde:
- Este fim de semana vai fazer um frio siberiano.
O homem entusiasma-se. E com convicção:
- Então diga lá, isto não podia ser a Suíça da Europa?
Constancio para o BCE
Notícia do Diário Económico:
Supervisão
Constâncio já tem um pé na vice-presidência do BCE
Luís Rego
12/12/09 00:01
O Governo português entregou ao Banco Central Europeu (BCE) a candidatura formal de Constâncio numa altura em que o seu principal concorrente está a perder terreno.
A candidatura de Vítor Constâncio a vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) vai de vento em popa. Não só tem o apoio inequívoco da oposição e do governo em Portugal, que anunciou ontem a apresentação formal da candidatura em Frankfurt, como vê cada vez mais reduzidas as ambições do seu concorrente directo, o luxemburguês Yves Mersch.(...)
Em comparação com a obra do sr. Constâncio, que grossa asneira terá feito o sr. Mersch para ter ambições mais reduzidas?
Supervisão
Constâncio já tem um pé na vice-presidência do BCE
Luís Rego
12/12/09 00:01
O Governo português entregou ao Banco Central Europeu (BCE) a candidatura formal de Constâncio numa altura em que o seu principal concorrente está a perder terreno.
A candidatura de Vítor Constâncio a vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) vai de vento em popa. Não só tem o apoio inequívoco da oposição e do governo em Portugal, que anunciou ontem a apresentação formal da candidatura em Frankfurt, como vê cada vez mais reduzidas as ambições do seu concorrente directo, o luxemburguês Yves Mersch.(...)
Em comparação com a obra do sr. Constâncio, que grossa asneira terá feito o sr. Mersch para ter ambições mais reduzidas?
Tiger! Tiger!
Notícia de Al Jazeera (entre outros):
UPDATED ON:
Saturday, December 12, 2009
11:37 Mecca time, 08:37 GMT
Sport
Woods to take 'indefinite break'
US golfer Tiger Woods will take an indefinite leave from the sport to try to save his marriage (...)
"I am deeply aware of the disappointment and hurt that my infidelity has caused to so many people, most of all my wife and children,'' Woods said.
(...)
The PGA Tour supported the decision.
"His priorities are where they need to be, and we will continue to respect and honour his family's request for privacy,''(...)
Woods' corporate sponsors have stood by him for now.
(...)
Estes americanos são demais. Nunca a um europeu (ver Berlusconi como exemplo extremo) passaria pela cabeça abandonar a carreira por ter sido infiel à mulher, nem à mulher isso passaria pela cabeça (pelo contrário, digo eu cinicamente, a pensar na futura ex-senhora Berlusconi, se ele abandonar a carreira como é que lhe vai pagar a pensão milionária?).
Mas a culpa é do próprio Tiger Woods, como foi do senador Edwards e de outros candidatos frustrados a homem americano perfeito. O homem perfeito não existe. Grow up, you fools.
UPDATED ON:
Saturday, December 12, 2009
11:37 Mecca time, 08:37 GMT
Sport
Woods to take 'indefinite break'
US golfer Tiger Woods will take an indefinite leave from the sport to try to save his marriage (...)
"I am deeply aware of the disappointment and hurt that my infidelity has caused to so many people, most of all my wife and children,'' Woods said.
(...)
The PGA Tour supported the decision.
"His priorities are where they need to be, and we will continue to respect and honour his family's request for privacy,''(...)
Woods' corporate sponsors have stood by him for now.
(...)
Estes americanos são demais. Nunca a um europeu (ver Berlusconi como exemplo extremo) passaria pela cabeça abandonar a carreira por ter sido infiel à mulher, nem à mulher isso passaria pela cabeça (pelo contrário, digo eu cinicamente, a pensar na futura ex-senhora Berlusconi, se ele abandonar a carreira como é que lhe vai pagar a pensão milionária?).
Mas a culpa é do próprio Tiger Woods, como foi do senador Edwards e de outros candidatos frustrados a homem americano perfeito. O homem perfeito não existe. Grow up, you fools.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Uma senhora oliveira
Notícia do Público:
Terça-Feira 08/12/2009
Oliveira milenar do Algarve é a mais velha das árvores
Para a abraçar, são necessários cinco homens e tem mais de dois mil anos: a oliveira do aldeamento turístico de Pedras D"El Rei, no Algarve, é a árvore mais velha de Portugal e uma das 409 classificadas de Interesse Público.
A classificação, restrita a espécies do continente, é feita pela Autoridade Florestal Nacional (AFN) com base na longevidade, no porte, no desenho e na raridade das árvores, mas também em motivos históricos e culturais.
(...)
Tenho de ir visitar esta oliveira, que se calhar já existia quando César andou por cá em altas pancadarias.
Nota: links meus.
Terça-Feira 08/12/2009
Oliveira milenar do Algarve é a mais velha das árvores
Para a abraçar, são necessários cinco homens e tem mais de dois mil anos: a oliveira do aldeamento turístico de Pedras D"El Rei, no Algarve, é a árvore mais velha de Portugal e uma das 409 classificadas de Interesse Público.
A classificação, restrita a espécies do continente, é feita pela Autoridade Florestal Nacional (AFN) com base na longevidade, no porte, no desenho e na raridade das árvores, mas também em motivos históricos e culturais.
(...)
Tenho de ir visitar esta oliveira, que se calhar já existia quando César andou por cá em altas pancadarias.
Nota: links meus.
Prémio Turner 2009
Notícia do Telegraph:
Turner Prize: Art is beautiful again
Mind-boggling sculptures, paintings to make the spirits soar . . . modern art hasn't looked so good in years, says Alastair Sooke.
By Alastair Sooke
Published: 7:57AM GMT 09 Dec 2009
(...) This week, the artist Richard Wright won the £25,000 cheque that accompanies Britain's most prestigious annual art prize. His contribution to this year's exhibition? An incredibly intricate painting in gold leaf that covers an entire wall of a gallery inside Tate Britain like a bolt of the finest damask wallpaper. A glorious, eminently civilised work, it looks gossamer-delicate, as though it has been woven out of sunbeams.
(...) It speaks of the exaltation of the human spirit, of our finer instincts and loftier ambitions, of the ability of the soul to soar and sing. It heralds nothing less than the return of beauty to modern art.
(...)
Eu aprecio a beleza na arte, e este mural é simpático e decorativo. Mas tanta emoção, tanto lirismo por um borrão aleatório que qualquer criança aprende a fazer espalhando tinta num papel e dobrando-o em quatro?
Rorschach teria alguma coisa a dizer sobre este crítico de arte.
Turner Prize: Art is beautiful again
Mind-boggling sculptures, paintings to make the spirits soar . . . modern art hasn't looked so good in years, says Alastair Sooke.
By Alastair Sooke
Published: 7:57AM GMT 09 Dec 2009
(...) This week, the artist Richard Wright won the £25,000 cheque that accompanies Britain's most prestigious annual art prize. His contribution to this year's exhibition? An incredibly intricate painting in gold leaf that covers an entire wall of a gallery inside Tate Britain like a bolt of the finest damask wallpaper. A glorious, eminently civilised work, it looks gossamer-delicate, as though it has been woven out of sunbeams.
(...) It speaks of the exaltation of the human spirit, of our finer instincts and loftier ambitions, of the ability of the soul to soar and sing. It heralds nothing less than the return of beauty to modern art.
(...)
Imagem do Telegraph
Eu aprecio a beleza na arte, e este mural é simpático e decorativo. Mas tanta emoção, tanto lirismo por um borrão aleatório que qualquer criança aprende a fazer espalhando tinta num papel e dobrando-o em quatro?
Rorschach teria alguma coisa a dizer sobre este crítico de arte.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Matar a galinha
O blog O país do Burro dá conta da notícia: o Banco de Portugal fixou os tectos máximos dos juros a pagar pelos consumidores no próximo ano.
O documento (INSTRUÇÃO nº 26/2009) está aqui (via i) e o que choca mais que tudo é o valor dos juros que podem ser aplicados nos cartões de crédito: 32,8%.
Dizem que os portugueses estão sobreendividados. O Estado português também, mas falamos agora das famílias e dos indivíduos. A mim parece-me que cobrar juros exorbitantes levará mais tarde ou mais cedo a que as pessoas deixem mesmo de poder pagar e, como comentei n'O país do Burro, lá se vai a galinha dos ovos de ouro.
Mesmo que sigam o exemplo do nobre Brutus que, como já contei, emprestava dinheiro nas províncias a juros de 48% ao ano e tinha uns homens de mão que faziam as cobranças difíceis*, quando não há dinheiro não há dinheiro, ainda que quem deve venha a morrer de fome.
* Cicero, Ad Atticus, V, XXI,10
O documento (INSTRUÇÃO nº 26/2009) está aqui (via i) e o que choca mais que tudo é o valor dos juros que podem ser aplicados nos cartões de crédito: 32,8%.
Dizem que os portugueses estão sobreendividados. O Estado português também, mas falamos agora das famílias e dos indivíduos. A mim parece-me que cobrar juros exorbitantes levará mais tarde ou mais cedo a que as pessoas deixem mesmo de poder pagar e, como comentei n'O país do Burro, lá se vai a galinha dos ovos de ouro.
Mesmo que sigam o exemplo do nobre Brutus que, como já contei, emprestava dinheiro nas províncias a juros de 48% ao ano e tinha uns homens de mão que faziam as cobranças difíceis*, quando não há dinheiro não há dinheiro, ainda que quem deve venha a morrer de fome.
Imagem Roman Numismatic Gallery
* Cicero, Ad Atticus, V, XXI,10
Estrelas Michelin
Fiquei a saber pelo blog Come-Ponto-Come, embora com atraso, que metade dos restaurantes a que o Guia Michelin atribuiu estrelas este ano em Portugal fica no Algarve.
Eu sou um bocado esquisita em relação a restaurantes, e acho que os preços andam a níveis da roubalheira pura e dura, mas gostava de experimentar alguns, noblesse oblige, enquanto estão classificados: há anos fui ao Vila Joya, que me decepcionou, e a um restaurante no Vila Vita, ainda não tinha estrela nenhuma mas lembro-me que gostei. Para não me perder mais tarde à procura da lista, aqui fica com os links respectivos:
2 estrelas
Vila Joya (Albufeira)
1 estrela
Amadeus (Almancil)
Henrique Leis (Almancil)
São Gabriel (Almancil)
The Ocean (Armação de Pêra)
Willie's (Vilamoura)
Eu sou um bocado esquisita em relação a restaurantes, e acho que os preços andam a níveis da roubalheira pura e dura, mas gostava de experimentar alguns, noblesse oblige, enquanto estão classificados: há anos fui ao Vila Joya, que me decepcionou, e a um restaurante no Vila Vita, ainda não tinha estrela nenhuma mas lembro-me que gostei. Para não me perder mais tarde à procura da lista, aqui fica com os links respectivos:
2 estrelas
Vila Joya (Albufeira)
1 estrela
Amadeus (Almancil)
Henrique Leis (Almancil)
São Gabriel (Almancil)
The Ocean (Armação de Pêra)
Willie's (Vilamoura)
sábado, 5 de dezembro de 2009
Canções da minha vida
Há com certeza mais canções de Jacques Brel que podia escolher como canções da minha vida. Fica esta para exemplo, pela força, pelo desvairo deste homem ao cantá-la.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Alô China
Notícia do Observatório do Algarve:
Apple só vendeu cinco iPhones na China
03-12-2009 17:23:00
A operadora móvel China Unicom vendeu apenas cinco iPhones desde a estreia. Falta de wi-fi e preço elevado são um entrave ao sucesso do aparelho.
(...)
Pois eu ouvi dizer que a China está farta de fabricar iPhones e até de os vender em África... mas se calhar era má-língua.
Apple só vendeu cinco iPhones na China
03-12-2009 17:23:00
A operadora móvel China Unicom vendeu apenas cinco iPhones desde a estreia. Falta de wi-fi e preço elevado são um entrave ao sucesso do aparelho.
(...)
Pois eu ouvi dizer que a China está farta de fabricar iPhones e até de os vender em África... mas se calhar era má-língua.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
O cerne*
Notícia do Público:
Face Oculta
Ferreira Leite quer que escutas com Sócrates sejam públicas
03.12.2009 - 08:19 Por Lusa
A presidente do PSD considerou ontem que o problema que se põe relativamente às escutas telefónicas de conversas do primeiro-ministro é o seu desconhecimento que, defendeu, deixa José Sócrates sob suspeita.
(...)
Outro dia no Combustões, blog que me encrava o computador cada vez que o abro mas que continuo a ler obstinadamente, o Miguel acusava a direita de se perder a opinar de uma forma absurda, perdendo de vista o cerne dos problemas.
Este é um bom exemplo. MFL não deveria exigir a divulgação do conteúdo das escutas, não deveria discutir se as escutas a um suspeito que por acaso apanharam o primeiro-ministro são ou não ilegais, nem sequer, talvez, se não se andam a fazer escutas com demasiada facilidade. Deveria apontar directamente o dedo a um sistema judicial desacreditado, refém dos outros poderes, cujo código processual permite as maiores acrobacias e mantém assim todas as suspeitas não ilibando nem condenando ninguém pela substância mas sim pela forma.
*Veremos se alguém virá dar a este post à procura do cherne...
Face Oculta
Ferreira Leite quer que escutas com Sócrates sejam públicas
03.12.2009 - 08:19 Por Lusa
A presidente do PSD considerou ontem que o problema que se põe relativamente às escutas telefónicas de conversas do primeiro-ministro é o seu desconhecimento que, defendeu, deixa José Sócrates sob suspeita.
(...)
Outro dia no Combustões, blog que me encrava o computador cada vez que o abro mas que continuo a ler obstinadamente, o Miguel acusava a direita de se perder a opinar de uma forma absurda, perdendo de vista o cerne dos problemas.
Este é um bom exemplo. MFL não deveria exigir a divulgação do conteúdo das escutas, não deveria discutir se as escutas a um suspeito que por acaso apanharam o primeiro-ministro são ou não ilegais, nem sequer, talvez, se não se andam a fazer escutas com demasiada facilidade. Deveria apontar directamente o dedo a um sistema judicial desacreditado, refém dos outros poderes, cujo código processual permite as maiores acrobacias e mantém assim todas as suspeitas não ilibando nem condenando ninguém pela substância mas sim pela forma.
*Veremos se alguém virá dar a este post à procura do cherne...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Sherlock Holmes
We met next day as he had arranged, and inspected the rooms at No. 221B, Baker Street, of which he had spoken at our meeting. They consisted of a couple of comfortable bed-rooms and a single large airy sitting-room, cheerfully furnished, and illuminated by two broad windows.
Arthur Conan Doyle, A Study in Scarlet, pg 18, London 1996
O museu Sherlock Holmes em Londres é uma graça. Fica em Baker Street, pois claro, uma casinha de época com vários andares ligados por uma escada com passadeira, dezassete degraus até ao primeiro andar onde se encontram o quarto do herói e e a sala de estar com janelas para a rua. O dr. Watson foi improvavelmente relegado para o segundo andar, para junto da senhora Hudson. A casa de banho com água corrente quente e fria, dá para as traseiras. No terceiro andar estão as reconstituições macabras com figuras de cera.
Há o violino, o cachimbo, o kit de cocaína, a foto de Irene Adler, os recortes de jornais, as armas, o esfigmomanómetro do bom doutor, detalhes e detalhes de aventuras que já nem recordo.
Arthur Conan Doyle, A Study in Scarlet, pg 18, London 1996
O museu Sherlock Holmes em Londres é uma graça. Fica em Baker Street, pois claro, uma casinha de época com vários andares ligados por uma escada com passadeira, dezassete degraus até ao primeiro andar onde se encontram o quarto do herói e e a sala de estar com janelas para a rua. O dr. Watson foi improvavelmente relegado para o segundo andar, para junto da senhora Hudson. A casa de banho com água corrente quente e fria, dá para as traseiras. No terceiro andar estão as reconstituições macabras com figuras de cera.
Há o violino, o cachimbo, o kit de cocaína, a foto de Irene Adler, os recortes de jornais, as armas, o esfigmomanómetro do bom doutor, detalhes e detalhes de aventuras que já nem recordo.
(Londres, Novembro 2009)
No rés-do-chão há, claro, uma loja onde quase quase comprei o chapéu de caçador de veados. Ficava-me lindamente.
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