domingo, 31 de julho de 2011

Paciência

O jogo de apresentação do Sporting ontem contra o Valencia foi uma tristeza, mas não passou disso. É quase tudo novo esta época, da direcção aos jogadores, e ainda não podemos falar de uma equipa.

Aguardemos com tranquilidade, porque se os deuses da bola assim quiserem, vai valer a pena ver os jogos este ano - nem que seja para olhar para o treinador ;-)

Foto do Expresso

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aviso aos cinéfilos

Para quem ainda gosta, mesmo que ocasionalmente, de ir ao cinema: a IMDb, a base de dados mais fantástica sobre todos os filmes que alguma vez foram feitos, está ainda mais fantástica, oferecendo a lista e horários dos cinemas que passam um determinado filme perto da localidade desejada. Sim, para Portugal também: é inserir o código postal e escolher a sigla PT nas janelinhas apropriadas, e aí estão eles.

Obrigada, IMDb.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Na consulta

A doente obesa:

Doutora, eu não como nada, até a água me engorda!

Por isso é que ela prefere cerveja e refrigerantes.

sábado, 23 de julho de 2011

Pardalário*

Para mim, devem ser romenos. Primeiro veio o Aurélio, simpático, insinuando-se nos nossos afectos. Logo trouxe o Belchior e a Carolina, e aí comecei a perceber as relações hierárquicas: o Belchior, ligeiramente maior, apropria-se por vezes da comida que o Aurélio já tinha no bico. A Carolina nunca se aproxima, e come depois dos machos.

(Albufeira, Julho 2011)

Começaram a trazer o resto da família, que antes só se atrevia quando não havia humanos à vista. Agora vêm todos descaradamente à pedinchice, e quando lhes digo que estão a exagerar, que por hoje não há mais gulodices, arranjem-se como quiserem, trazem os filhotes, penudos e rechonchudos, de bico aberto e asas a estremecer, piando esfomeados e perseguindo os mais velhos. É para estes que pedimos, dizem claramente os adultos, e é verdade, eu bem os vejo a enfiar os bocados maiores nos bicos ávidos.

Ora os filhotes já não são assim tão bebés: perfeitamente capazes de voar, já aspiram migalhas do chão, mas continuam a pedir aos paizinhos que os sustentem.

Se isto não é típico da juventude do século XXI! Daqui a dias exigem-lhes iPads e DVDs do Chicken Run.


*A palavra e a profecia são do Paulo

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Acabou o amuo?

Notícia do Público (via O país do Burro):

Encontro na AR com membros do FMI
PCP e BE pedem ao FMI para baixar juros de empréstimo
22.07.2011 - 10:01 Por Sérgio Aníbal
Os deputados do PCP e do BE pediram hoje a representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) para que a instituição siga o exemplo da União Europeia, e possa baixar as taxas de juro e os prazos de maturidade no empréstimo que fizeram a Portugal.
(...)

Então não foram estes meninos que recusaram sequer falar com a troika porque não sei quê, lá se ia a soberania, e só tinham que tratar com o desgoverno e assim?

Freud, Lucian Freud

Este mês tem sido uma razia de celebridades. Algumas tocaram-me mais, por uma razão ou por outra, mesmo que não as conhecesse pessoalmente. Anteontem foi a vez do pintor Lucian Freud, um dos colossos da arte da segunda metade do século XX.

Imagem daqui

O Expresso confundiu-lhe um bocadinho a genealogia, mas a verdade é que os retratos de Freud se oferecem à análise e são reveladores não só dos retratados mas se calhar, principalmente, do retratista. São, em muitos casos, cruas e perturbadoras, e talvez também tenha sido por isso - além de serem irrefutavelmente muito boa pintura - que resistiram ao longo de décadas em que o realismo figurativo esteve tão fora de moda.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

D R Millard Jr

O Dr. Ralph Millard era uma lenda da cirurgia plástica mundial: foi para trabalhar com ele como fellow que passei alguns meses em Miami.
Demo-nos pessimamente: ele tinha um feitio impossível, e eu, na sua opinião, an attitude. Tivemos discussões brutais e só nos aturámos porque ele me respeitava como profissional e eu o respeitava como professor.

Deve-se-lhe muito. A sua técnica de reparação da fenda labial (lábio leporino) veio ajudar milhões de crianças em todo o mundo, e a sua sistematização dos princípios da especialidade devia ser leitura fundamental para os jovens cirurgiões plásticos.

Quando o conheci só havia duas coisas que lhe interessavam: cirurgia plástica e futebol americano. Quando foi obrigado a deixar de operar, por já lhe falharem algumas capacidades, enfiou-se em casa a ver televisão e foi-se deixando morrer.

Até ao passado dia 19 de Junho, aos 92 anos. Soube-o a semana passada.

(Miami, Dezembro 1996)


Dr. Ralph Millard was a legend of world plastic surgery, and I spent some months in Miami working as his fellow.
We didn't get along easily: he had an impossible temper and I, in his opinion, had an attitude. We had tremendous arguments and only tolerated each other because he respected me as a professional and I respected him as a teacher.

He is owed a lot. His cleft lip repair technique has helped millions of children all over the world, and his summation of the specialty's principles should be a must read for young plastic surgeons.

When we met, only two things mattered to him: plastic surgery and American football. When age forced him to stop working, he shut himself home watching television and started to let himself die.

He did just that on June 19, at 92. I read the news last week.

domingo, 17 de julho de 2011

Motos em Faro

Mais que o feriado municipal, mais que a feira de Santa Iria, a concentração de motas num fim de semana de Julho é a grande festa de Faro. A partir da quarta-feira começam a chegar dezenas de milhar de motas, grandes, pequenas e transformadas, que vão enchendo um recinto reservado, perto da praia e do aeroporto. Os residentes visitam o acampamento, admiram motas e motards, curtem, e no domingo de manhã instalam-se ao longo das avenidas para verem o desfile de encerramento.

(Faro, Julho 2011)


(Foto © R.M, Faro, Julho 2011)


Pessoalmente não me atrai por aí além o que imagino seja o ambiente da concentração, entre cervejas e hard-rock, mas interessa-me a estética das motas, e ando há anos (desde que vivo no Algarve!) com vontade de assistir ao desfile, o que por uma razão ou outra ainda não consegui fazer.

Hoje cheguei mesmo no final e vi um pedaço da partida, mas o desfile propriamente dito só o apanhei no Youtube, a abrir-me o apetite para o ano que vem. Sem falta.





(Faro, Julho 2011)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Natalis beati!

A ficção sobre Júlio César segue essencialmente duas peças de teatro: Julius Caesar de Shakespeare, ou Caesar and Cleopatra de George Bernard Shaw.

Os dois Césares não têm nada a ver entre si: o de Shakespeare é um velho tirano benévolo que se toma a sério, o de Shaw tem visão e sentido de humor. Foi por este que me apaixonei, muito novinha, ao assistir a uma representação no Chichester Festival Theatre, segundo parece (já não me lembro!) com Sir John Gielgud no protagonista.

Rex Harrison, no fime Cleópatra, um César tipo Shaw (foto daqui)


O meu fascínio cresceu em volta da figura de César, englobando a geração a que pertenceu e a época em que viveu. Não posso dizer que conheço intimamente a Roma de César, porque as lacunas são imensas e de facto estou sempre a tentar aprender mais, mas tenho uma ideia bastante razoável das semelhanças e diferenças em relação ao nosso mundo actual.

Se houvesse máquina do tempo, era para lá que gostaria de viajar. Feliz aniversário, César!

Eis uma versão filmada da peça de Shaw, com Claude Rains e Vivien Leigh:

O pardalito Parte II

O pardalito voltou - tem voltado todos os dias. Primeiro pensei que tinha vindo pela alpista, mas percebi que não era assim: veio porque nos acha graça, acha graça a não ter medo de nós, e acha graça a que lhe atiremos umas gulodices. Passeia-se a meio metro de mim e do Jr, que o observa, só um bocado ciumento desde que teve de partilhar com ele um dos mini-queques do Continente.

(Hoje, no meu jardim)

Os outros vêm à meia-dúzia, quando não está nenhum humano à vista, e fogem assim que pressentem um movimento. Ele vem sozinho, a horas mais ou menos certas, como quem diz: Sou da casa, está bem?

Claro que está bem. Vou chamar-lhe Aurélio.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Da economia como medicina

Acabei de ler Portugal na Hora da Verdade, o mais recente livro do ministro da Economia e amigo blogueiro, Álvaro Santos Pereira.

Do meu ponto de vista é um livro bem construído: começa pelo diagnóstico, estuda as causas da doença, propõe a terapêutica e o programa de reabilitação.

Diz coisas que toda a gente já percebeu e outras que para mim são novidade, ou que precisavam de ser reforçadas.

Imagem da editora

Alguns exemplos:

sobre o euro:

A verdade é que, a longo prazo, as desvalorizações não contribuem para a competitividade das economias
pg 40

(...) as empresas dos países com moedas fortes são forçadas a obter melhorias de produtividade significativas para se poderem manter competitivas nos mercados internacionais.
pg 354

sobre as obras públicas:

(...) em Portugal não existe um keynesianismo empedernido, mas sim um fontismo extremado.
pg 46

(...) se a política fontista de desenvolvimento de infra-estruturas se justificava perfeitamente nos anos 1980 e 1990, por causa do nosso evidente atraso nesta área (...) na última década (...) tem sido uma verdadeira desgraça para a economia nacional.
pg 47

As obras públicas só devem avançar quando ajudarem a melhorar a competitividade das nossas exportações e houver condições para financiá-las.
pg 427

(...) uma medida simbólica para combater o fontismo do nosso Estado seria extinguir de uma vez por todas o Ministério das Obras Públicas.
pg 525

A produtividade nacional não depende dos investimentos públicos nem de grandes obras públicas. Ponto final. Parágrafo.
pg 526

sobre a reforma do Estado:

O S[ector]E[empresarial do] E[stado] tem variado imenso nas últimas décadas, atingindo um máximo de 15% do PIB após as nacionalizações que caracterizaram o período pós revolucionário, quando uma boa parte das nossas empresas industriais e financeiras foi colocada (à força) nas mãos do Estado, com o pretexto de eliminar monopólios privados e de aumentar a eficiência e a gestão dessas mesmas empresas. Obviamente, nem os monopólios acabaram nem a eficiência melhorou.
pg 113

(...) os institutos públicos são um instrumento ao dispôr dos ministros para poderem aumentar a sua esfera de influência na administração pública e na própria sociedade.
pg 123

(...) o próximo governo devia criar um ministério temporário para a reforma do Estado (...)com um período de vigência não superior a dois anos. (...) Acabada a reorganização, deve terminar o mandato desse ministério temporário.
pg 527

sobre a reforma das leis laborais:

Se a fábula dos direitos adquiridos não faz sentido no mundo actual, também não é razoável, nem sequer aconselhável, tentar implementar uma nova reforma laboral sem explicar devidamente aos trabalhadores e sindicatos o que está em causa.
pg 217

(...) porque não introduzir uma flexibilização laboral ao nível sectorial, nos sectores mais abertos à concorrência internacional? (...) poderemos utilizar a experiência para verificar se, realmente, uma maior liberalização laboral conduz a mais desemprego e precaridade.
pg 414

sobre as contas públicas:

(...) em tempos de crise, todas as migalhas contam para conseguirmos dar a volta à delicada situação fiscal do nosso Estado.
pg 304

(...) nenhum destes esforços orçamentais seria, por si só, suficiente para assegurar uma diminuição da dívida pública alargada para níveis significativamente abaixo de 100% do PIB. (...) é bastante possível que, mais cedo ou mais tarde, um governo português se declare impotente para pagar a totalidade da dívida pública.
pg 459

sobre a diminuição dos salários:

Paul Krugman, prémio Nobel da Economia em 2008, (...) estimou recentemente que Portugal necessitava de uma descida de salários entre os 20% e os 30% para que as exportações nacionais se pudessem tornar novamente competitivas.
pg 359

Segundo Ferreira do Amaral (...) [a] descida de salários é um instrumento particularmente ineficaz para melhorar a competitividade externa. (...) teriam de descer 60%!
pg 361

sobre a aposta na agricultura e actividades tradicionais:

(...) muitos outros países e regiões avançadas e com sucesso o fazem e tornaram a agricultura um dos seus maiores sectores exportadores. (...) é o que se passa em Espanha, em França, no Canadá e até mesmo na Califórnia (...)
pg 401

É um programa corajosamente liberal (corajosamente porque em Portugal liberal é uma palavra usada como um insulto). Para resultar, o ataque à doença teria que ser feito sem delongas, com a dose útil recomendada dos medicamentos de primeira linha, para evitar as resistências dos (micro)organismos patogénicos instalados. Como o próprio Álvaro escreve sobre a baixa da Taxa Social Única:

(...) só valerá a pena se for substancial. (...) Tentar fazê-lo a conta-gotas retiraria toda a força da medida.
pg 368

E no entanto, no clima internacional actual, valerá alguma coisa?

domingo, 10 de julho de 2011

O pardalito

Devia vir cheio de fome. Chegou à hora (tardia) do almoço e, corajoso, aproximou-se da mesa. Atirámos-lhe um bocadinho de milho frito. Comeu, gostou, pediu mais. Fiquei a pensar se iria contar aos outros ou guardaria segredo.

Mais tarde, regressou. Dei-lhe alpista. Comeu. Mesmo correndo o risco de se tornar o pardalito mais gordinho da vizinhança, espero que volte amanhã.

(Hoje, no meu jardim)

O lugar do lixo (ps)

A edição impressa do Expresso vem cheia de protestos contra as agências de notação.
Espero que não passem de desabafos como o meu ou o do próprio Passos Coelho. Porque a Moody's tem, em princípio, razão, e nós só (só nós) podemos desmenti-la, com uma boa governação, muito trabalho, grandes sacrifícios e umas toneladas de sorte.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Velhas são as árvores

Notícia do Público:

Oliveira com 2850 anos
Árvore mais velha de Portugal certificada este sábado vive em Santa Iria da Azóia
07.07.2011 - 20:16 Por Tiago Pereira Carvalho
Uma oliveira bravia com 2850 anos foi identificada como a árvore mais velha do país por um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Vive em Santa Iria da Azóia, concelho de Loures, e teve o guerreiro Viriato como contemporâneo.
(...)

Já em 2009 o Público dera notícia de outra oliveira antiquíssima, que mora aqui na mourama e que, vergonha!, ainda não visitei - e essa sim, é praticamente contemporânea de Viriato, enquanto a de Santa Iria da Azóia é mais velha que a própria Roma.

Haja respeito pelas árvores. As oliveiras, então, que como nós se vão torcendo e retorcendo à medida que a idade avança, num processo talvez igualmente doloroso e, pelos vistos, tão mais longo.

A viagem do elefante

Notícia do Observatório do Algarve:

Saramago: Autarquias de "A Viagem do Elefante" apostadas em fazer uma rota turística
07-07-2011 9:58:00
As autarquias das paragens por onde andou Salomão, o elefante do livro de José Saramago, estão apostadas em fazer do percurso do paquiderme uma rota turística. O primeiro passo será dado hoje pela câmara de Figueira de Castelo Rodrigo.
(...) Lisboa, Fundão, Pinhel, Belmonte, Sabugal e Constância – “já mostraram interesse” em aderir à rota idealizada por aquela autarquia.

Este género de iniciativas parece-me muito interessante, tanto do ponto de vista turístico quanto cultural, e espero que vá por diante. Mas já o ano passado o mesmo jornal online noticiou a criação de uma Rede de Cidades Romanas do Atlântico, da qual nunca mais ouvi falar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Perplexidade

Pode alguém explicar-me, por favor, já que é a troika que nos financia agora e só devemos voltar aos mercados em 2013, que emissão de dívida pública foi a de ontem e a quem a vendemos?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O lugar do lixo (desabafo)

A verdade é que diante da decisão da Moody's de baixar a classificação da dívida Portuguesa para lixo, o que tem levantado protestos indignados não só aqui no rectângulo mas também no resto da Europa (a sério, vimos finalmente nos jornais estrangeiros, que luxo) em grande parte porque os outros países também estão à rasca, começa a parecer-me que quem tem razão é o Bloco de Esquerda.

Afinal, o que é que se faz ao lixo? Deita-se fora. Por isso, senhores investidores, se os nossos IOUs não passam de lixo, se acham que não vamos pagar, rasguem-nos e metam-nos no ecoponto azul. Talvez nos evitem anos de sofrimento.

Ou como escreve hoje a Ana Vidal, parafraseando um possível futuro estudante de Filosofia, Lixo é a tua tia, pá.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A educação dos portugueses

Interessante nesta crise é que o povo tem tido lições de economia e finaças. Não há quem não opine sobre o défice, as responsabilidades da banca ou as desvantagens do euro. Não estou a brincar: já não é só o paradigmático taxista, é a auxiliar de acção médica, o casal de marisqueiros, o jardineiro do vizinho.

A economia parece ter-se tornado mais popular que o futebol.

(In)útil

Notícia do Jornal de Negócios (e do Expresso e do Público, estas exactamente iguais):

Fernando Nobre: Chegará um dia em que o Parlamento será reconhecido como a Casa da Cidadania
04 Julho 2011 | 17:40
Lusa

(...)
"Independentemente da grande honra que é ser deputado, decidi em consciência que, perante os grandes desafios sociais que teremos de enfrentar e viver no futuro próximo, serei mais útil na acção, no terreno, ajudando os portugueses mais afectados pela crise e desprotegidos a combater a miséria, a exclusão social e a injustiça, promovendo a dignidade e a esperança entre os mais pobres, voltando à minha actividade de mais de 30 anos de intervenção cívica, humanitária e de ajuda ao desenvolvimento em Portugal e no mundo, no quando dos Médico Sem Fronteiras e da Fundação AMI, instituição que tive a honra de fundar em 1984 e a que presido" (...)


É pena que tenham sido necessários estes seis meses de disparates para Fernando Nobre perceber qual a actividade em que é mais útil. É pena porque perdeu o respeito de muitos portugueses para si próprio e, se calhar, até para a AMI.

sábado, 2 de julho de 2011

Quem sabe, sabe

Lendo na revista Única a entrevista de Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, tropecei nestas declarações:

Como toda a gente sabe, não percebo da matéria. (...) Um ministro não tem de saber a fundo sobre a área. Tem de ser capaz de estudar o que lhe é dado, falar com quem sabe, e tem de ter capacidade de decidir, porque isso é o que distingue um político de um técnico ou de um académico.

Pois será, mas o problema está no que lhe é dado, e em quem sabe.

O Rui tinha razão numa conversa outro dia: a série Yes, Minister devia ser de visão ou leitura obrigatória para ministros bem-intencionados.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A questão do papel higiénico

Notícia do Expresso:

Os engenheiros, o papel higiénico e a economia
Parece mentira, mas não é. Um grupo de engenheiros norte-americanos dedicou várias horas à velha questão de-que-lado-deve-correr-o-papel-higiénico-no-respetivo-suporte. E aí está o resultado.
8:00 Sexta feira, 1 de julho de 2011
(...)


Ora o Expresso continua com uma tendência particular para estas notícias de... casa de banho. E eu, curiosa, fui à procura do estudo, que afinal pouco tem de engenharia.

As conclusões são:
há vantagens e desvantagens em cada uma das alternativas;
70% das pessoas preferem por cima;
a escolha continua a ser individual.

Para isto, mais vale ir estudar filosofia em Paris.

Imagem © Renova