Desde que, há uns anos, vi no MUDE esta instalação, fiquei com alguma simpatia pelo maestro Esa-Pekka Salonen, e por isso comprei bilhetes para o concerto de sexta-feira passada na Gulbenkian.
Sobre o qual, em poucas palavras:
1. Gostei muito de ver o maestro reger a Segunda sinfonia de Beethoven como quem dança;
2. Independentemente do seu mérito, talvez a melhor maneira de se conseguir levar uma peça erudita contemporânea a uma quantidade significativa de público seja ensanduichá-la no meio de peças tão populares como as sinfonias de Beethoven;
3. Os grandes compositores criaram as suas obras em vários andamentos para permitirem ao público tossir entre eles;
4. Dirigir a Sétima no fim do programa, quando já se está cansado, não é fácil: já se pula mais do que se dança;
5. Ouvir cair a batuta na Segunda, ou uma fífia dos sopros na Sétima, não é o fim do mundo, mas desconcentra;
6. É difícil distinguir, quando dos aplausos, se o que emocionou o pessoal foi a excelência da interpretação ou a da obra por si mesma;
7. A Sétima, que amo e cuja audição repito, foi anteontem uma experiência matemática: assombroso ver como Beethoven soma, subtrai e multiplica e obtem sempre resultados diferentes mas perfeitos.
Fica aqui uma entrevista com o maestro sobre esta sua integral:
Sobre o qual, em poucas palavras:
1. Gostei muito de ver o maestro reger a Segunda sinfonia de Beethoven como quem dança;
2. Independentemente do seu mérito, talvez a melhor maneira de se conseguir levar uma peça erudita contemporânea a uma quantidade significativa de público seja ensanduichá-la no meio de peças tão populares como as sinfonias de Beethoven;
3. Os grandes compositores criaram as suas obras em vários andamentos para permitirem ao público tossir entre eles;
4. Dirigir a Sétima no fim do programa, quando já se está cansado, não é fácil: já se pula mais do que se dança;
5. Ouvir cair a batuta na Segunda, ou uma fífia dos sopros na Sétima, não é o fim do mundo, mas desconcentra;
6. É difícil distinguir, quando dos aplausos, se o que emocionou o pessoal foi a excelência da interpretação ou a da obra por si mesma;
7. A Sétima, que amo e cuja audição repito, foi anteontem uma experiência matemática: assombroso ver como Beethoven soma, subtrai e multiplica e obtem sempre resultados diferentes mas perfeitos.
Fica aqui uma entrevista com o maestro sobre esta sua integral:
10 comentários:
Gostei muito do ponto 7, Gi. É também uma das minhas preferidas, e em casa posso dançar, pular ... e cantar! O meu problema nos concertos, quando já conheço a música de cor, é estar quieto e em silêncio. Às vezes murmuro ou cantarolo, é uma vergonha. Às vezes as mãos, à falta de melhor, entram em bailado sobre os joelhos :). O pior é qundo vem aquela mudança súbita de ritmo, ou um fortíssimo, que eu antecipo com saltos na cadeira... quem está atrás de mim deve fartar-se de rir.
Ouvi Esa-Pekka em Londres, no Southbank, e tive uma semi-desilusão. Pareceu-me frio e distante. Ainda bem que o concerto na Gulbenkian foi assim gratificante.
Mário, eu também tenho muita dificuldade em ficar completamente quieta e calada nos concertos de que gosto. Tento é ser discreta, claro.
Ainda bem que gostou, Gi. Eu não me conto entre os grandes admiradores do maestro (mas não assisti ao espectáculo).
Ainda não pude estrear-me na nova temporada. Eu costumo gostar do Salonen.
Fanático _Um, gostei. Não foi imaculado, mas foi bom.
Paulo, vais ver o Artur Pizarro no sábado?
Gostava muito de ir, mas tenho trabalho. Quase de certeza não conseguirei :(((
Ooooh :-(
Tu vais?
Sim.
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