quarta-feira, 30 de abril de 2008

For Chris

Há anos, quando ainda escrevia poemas regularmente, escrevi um soneto em intenção de um amigo que faz anos a 30 de Abril.
Hoje lembrei-me das duas quadras, e acrescentei-lhe dois tercetos novos, com o mesmo sentido do original.


Se Abril não fosse um mês de trinta dias
mas um de vinte e nove, um Fevereiro,
truncado e incompleto, um desordeiro
seria esse Abril de menos dias.

Se Maio se chegasse mais depressa
interrompendo a chuva de mil águas,
haveria de chorar muitas mil mágoas
um Maio que chegasse assim à pressa.

Se César não tivesse mão severa
para cortar de vez as confusões
e dar um tempo certo à primavera,

esta trama teria outro tecido:
andarias perdido entre milhões
e eu não te teria conhecido.


Mas como ele não sabe Português e a ferramenta de tradução do Google deixa muito a desejar, eis a versão em inglês acabadinha de criar:

Were April not a month of thirty days
but one of twenty-nine, a February,
Truncated, incomplete, disorderly
would April be if it counted less days.

If May were to arrive here in more haste
and cut short the fall of a thousand rains
we would see the tears of a thousand pains
in May, if it arrived in such a haste.

If Caesar had not used a heavy hand
to cut through the confusion clear and loud
and offer spring its rightful time to stand,

the fabric of this story'd be untrue:
you would be wandering lost amid the crowd
and I would never ever have met you.

Mais uma vez o preço do petróleo

Notícia do Público:

ANAREC acusa petrolíferas de especulação de preços
Combustíveis mais caros entre 2,1 e três cêntimos por litro
30.04.2008 - 09h14
Por Lusa

(...)
"É uma especulação pura, porque mesmo que o barril de petróleo suba em dólares, os euros mantém-se os mesmos. Não há justificação nenhuma", referiu o presidente da ANAREC [Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis], Augusto Cymbron, desafiando as refinarias a mostrar as facturas do que pagam por cada barril que compram.
"Só assim é que as pessoas verão de facto o que se está a fazer", concluiu Augusto Cymbron, dizendo ainda que o Governo fecha os olhos a estas subidas porque representam mais receita, através do IVA, para os seus cofres.

Confronte-se com esta notícia do Euronews:

Petróleo 29/04 20:49 CET
BP e Shell anunciam resultados em alta
Impulsionadas pela subida do preço do petróleo e do gás natural, BP e Shell anunciaram esta terça-feira resultados relativos ao primeiro trimestre do ano que ultrapassam as estimativas dos analistas.
Em relação ao período homólogo, a BP registou lucros de 6,6 mil milhões de dólares, ou 4,2 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 48%.
Os lucros da Royal Dutch Shell cresceram 25% entre Janeiro e Março. O resultado das actividades de exploração e produção subiram 12%, para 5 mil milhões de euros.


Pois.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rio das Flores


Acabei de ler o último livro de Miguel Sousa Tavares, Rio das Flores.

Para que conste, gostei mais do que do anterior (
Equador), que de resto nem tive paciência para ler até ao fim. A história está mais bem contada, tem lógica e um final consequente; os personagens centrais estão razoavelmente bem definidos. Ainda há algumas atrapalhações na disposição cronológica dos acontecimentos, e não gosto, mas isto é completamente subjectivo, não gosto da maneira como MST olha as mulheres.

Não é grande literatura, mas entretém durante uma semana ou duas.

domingo, 27 de abril de 2008

Demasiadas leis

Lido no blog do parlamentar britânico John Redwood, onde cheguei através de diversos interpostos blogs:

Governments should assume honest conduct by citizens unless there is evidence to suppose otherwise, and should have a framework of sensible laws and requirements that most people most of the time respect and wish to follow. As soon as government becomes heavy handed and imposes too many laws – and too many laws that do not seem reasonable to the governed – there is more chance that more people will deliberately or inadvertently break them, and more likelihood that government will then intensify its snooping and heavy handed enforcement.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Bis repetita placent

Quem puder ouvir amanhã a transmissão que a Antena 2 vai fazer, às 18h30, da récita do Metropolitan, poderá escutar Juan Diego Florez na ópera La Fille du Régiment, e deliciar-se com os nove dós agudos que lhe deram na segunda feira direito a bisar a ária Ah! mes amis quel jour de fête perante um público em delírio.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Um prémio!

Estava eu ontem a actualizar-me lendo os posts recentes dos blogs que normalmente visito, e eis senão quando me deparo com um prémio!
Sim, o Garden of Philodemus foi premiado, e logo pel'
O país do Burro: é uma alegria e uma honra.

Regras para dar continuidade:

1- Este prémio deve ser atribuído aos blogs que gostamos e visitamos regularmente postando comentários;

2- Ao receber o selo “é um blog bom sim senhora!!” devemos escrever um post incluindo: o nome de quem nos deu o prémio com o respectivo link de acesso + a tag do prémio + a indicação de outros 7 blogs;

3- A tag do prémio deve ser exibida no blog.


Agora tenho de escolher sete entre os blogs que visito regularmente e que penso que ainda não terão sido atacados por esta corrente:
Amor e outros Desastres, Bandeira ao Vento, Desmitos, Diz que não gosta de Música Clássica?, Moura Aveirense, O Mundo Perfeito, Yankeediva.

Não é fácil, já que há mais a merecer este prémio na minha lista de feeds. Além disso não sei se se podem nomear blogs estrangeiros; e há blogs que iriam de caras para a corrente mas não aceitam comentários.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Primavera belga



Céu mais ou menos nublado, temperaturas à volta dos 12ºC, o pessoal de botas, casacões e pashminas, e as flores a rirem-se... É a Natureza, estúpido! ;-)

(Leuwen, Abril 2008)

Humor belga


(Leuwen, Abril 2008)

Engenharia belga


Vai um tipo num barquito todo contente a descer um canal e repara que está a passar por cima da autoestrada. Mal recomposto da emoção, apercebe-se que o canal acaba já adiante, a umas largas dezenas de metros de altura, e que a única maneira de continuar a viagem é de elevador... até ao canal que recomeça mais abaixo, como se nada fosse.

(Strépy-Thieu, Abril 2008)

The joy of Joyce

Haendel é Haendel, os Talens Lyriques têm uma reputação e uma discografia notáveis, e aquilo que conhecia de Joyce DiDonato augurava um belo espectáculo, mas a noite de sábado no Théatre de la Monnaie foi ainda melhor do que esperava.

Entrou em palco concentrada, elegante num vestido sem ombros com um corpete encarnado bordado e uma saia lisa preta comprida. Desde a primeira ária esteve perfeita (ela diz que não!): um timbre belíssimo, uma excelente projecção (os meus bilhetes, comprados tarde, eram para uma frisa quase no alto do teatro, e se ele é alto!), um legato irrepreensível, uma ornamentação delicada.

(Théatre de la Monnaie, Bruxelles, Abril 2008)

Cantou árias de Teseo, Imeneo, Admeto, Serse, Ariodante e Hercules, sempre aliando técnica e emoção; à medida que o serão avançava e se criava uma relação com o público isso era ainda mais notório. No fim ofereceu três encores (incluindo uma ária de Giulio Cesare) e foi merecidamente aplaudida de pé.

Fui esperá-la à saída e estivemos a conversar um bocadinho. É encantadora. Fiquei a saber que já esteve em Portugal, que conhece Sintra e o Cabo da Roca e já cantou na Casa da Música.

Único senão da noite: estava calor no teatro e os belgas não gostam muito de água e sabão...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Fim de semana

Um fim de semana prolongado vai levar-me a Bruxelas a apanhar um ar diferente e civilizado. Não é Paris nem Milão, mas tem um centro histórico simpático, bairros tradicionais bem arranjados, restaurantes com esplanadas em qualquer estação do ano, transportes decentes, parques, exposições, lojas, e além de tudo isso um excelente amigo como anfitrião.

Desta vez tem ainda mais um aliciante: no
Théatre de la Monnaie, um recital da mezzo-soprano americana Joyce DiDonato, cujo blog recomendo.
É um recital especial, porque vai ser gravado para o seu novo CD de árias de Haendel, que até já tem nome: Furore.

Estou entusiasmadíssima.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

SpooOOOOrting


Quem não é masoquista muda de canal depois do segundo golo da equipa adversária, e zapa ocasionalmente para confirmar a continuação do resultado. Dá o jogo por terminado ao 1-2, já não é o vexame total.

O telefonema de parabéns vem como completa surpresa; esbugalham-se os olhos ensonados, procura-se o telecomando, vêem-se as imagens amontoadas à pressa e ouvem-se os comentários do pessoal todo a tentar passar por calmo, maduro e desportivista.

Hoje já li tantos posts da lampionagem que não pude deixar de sorrir. Só gostava que os putos percebessem de vez uma coisa: ninguém lhes paga para jogar à bola, pagam-lhes para ganhar jogos.

E para isso, dizia o Otto Glória, basta meter mais golos do que os que se levam.

E por falar em música

Ouvido no auditório da Gulbenkian, por ocasião do recital de Andréas Scholl:

Uma tia para outra:

"Porque é um contratenor a cantar isto, se diz que foi escrito para baixo contínuo?"

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A sério?

Lido ontem num cartaz em Lisboa:

Abissologia
Por uma ciência transitória do indiscernível

Os Contos de Hoffmann

O meu problema com as óperas em francês é que o francês fica irreconhecível. Cantam-se as sílabas todas, incluindo as que normalmente são mudas, e cada vez que alguém diz aimé-e eu encolho-me instintivamente. Isto para além da pronúncia horrível de alguns cantores (Johannes von Duisburg). Como conhecia muito mal Os Contos de Hoffmann, agradeci mil vezes as legendas.

Jean-Pierre Furlan, o tenor de ontem, já fez Hoffmann
em todo o lado, mas é fraquinho, muito fraquinho, com uma voz velada e pouco extensa. Também não fiquei fã de Maria Fontosh, que como Antonia era suposto ter uma voz lindíssima... Por outro lado, achei que Chelsey Schill se tinha saído bastante bem na Olympia - não a descreveria de todo como estridente, mas acredito que haja noites melhores que outras. Está claro que não é a Natalie Dessay. Foi apupada e pateada por um único espectador que parece detestá-la (e que aplaudiu imenso a Fontosh). A voz de que mais gostei foi a da mezzo-soprano Stephanie Houtzeel, que fez o Nicklausse.

Quanto à encenação, suponho que a ideia terá sido que todas as histórias não passariam de criações delirantes de alguém cronicamente etilizado, assim se justificando que o início e o fim tivessem lugar num manicómio-cliché. De resto, eu preferia que Hoffmann não passasse as cenas todas a escrever, mas se calhar é suposto ser assim. O que não é suposto, com certeza, é ele morrer no final.

Entre os cantores portugueses notei Rui Baeta (Schlemil), Pedro Chaves (Spalanzani) e Carlos Guilherme de quem gostei mais do que habitualmente. E finalmente uma palavra para o corpo de baile: as gajas não dançavam nada, mas distraíam, o que se calhar, nas circunstâncias, não era mal pensado.

domingo, 13 de abril de 2008

Miosótis?

(Praia Grande, Pêra, Abril 2008)

Eleições US 2008

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, opinou que a dificuldade em ganhar os votos dos trabalhadores é devida a que, frustrados pelas condições económicas, se terão tornado "amargos, agarrando-se às armas ou à religião, à xenofobia ou ao proteccionismo económico como meio de explicitar as suas frustrações".

Tanto Hillary Clinton como a campanha John McCain saltaram imediatamente, acusando-o de paternalismo, elitismo e falta de conhecimento da realidade do povo americano, e Obama acabou por se retractar.

Não sei o que é mais preciso: ambição ou paciência.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Descubra as diferenças

Ouvi hoje, no programa Quinta Essência de João de Almeida, na Antena2, dito pela Prof.ª Maria de Sousa do Instituto Abel Salazar:

"Nos países desenvolvidos se você é muito bom e vem trabalhar na minha equipe, eu passo a ser melhor por isso; nos países subdesenvolvidos, se você é muito bom e vem trabalhar na minha equipe, você é uma ameaça."

Ela tem toda a razão. Eu chamava-lhe mediocridade.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Má língua

Notícia do Público:

Acordo Ortográfico
Gilberto Gil: os portugueses "são mais ciosos da língua"
08.04.2008 - 15h15 Lusa
O ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, afirmou que, tal como em Portugal, também se discute no Brasil o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas considera que os portugueses "são mais ciosos da língua".

Só se pode ser cioso daquilo que (ainda) se tem.

(Disclaimer: eu não estou nem contra nem a favor do acordo ortográfico, que conheço mal e me interessa pouco)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Publicanos

Na república Romana muitos serviços que hoje achamos normal que seja o Estado a fornecer ou não existiam ou eram da responsabilidade de privados. Por exemplo, não havia bombeiros nem polícias. Marco Licínio Crasso aumentou a sua fortuna criando um corpo de bombeiros privado, e extinguindo incêndios em prédios de apartamentos - mas só depois de os donos lhos terem vendido a baixo preço.

A cobrança de impostos era igualmente coisa para privados, ou mais precisamente para sociedades de homens de negócios que contratavam com o governo da república o montante a entregar por cada província. Estes contratos eram conseguidos por concurso público - e certamente por influências, compadrios e eventual corrupção. O caso é que eram habitualmente proveitosos, porque tudo o que os cobradores, conhecidos como publicanos, conseguissem espremer acima do contratado era para elas.

Além da simples cobrança de impostos os publicanos dedicavam-se igualmente à agiotagem: àqueles que não podiam pagar o imposto devido, emprestavam dinheiro a juros, muitas vezes muito mais altos que o juro corrente em Roma. O nobre Bruto que veio a ser um dos assassinos de César fazia, por interpostos clientes, parte de uma dessas sociedades, emprestou dinheiro aos habitantes de Salamina ao juro usurário de 48% ao ano (o juro normal em Roma andava nos 4%, e houve um ano em que, devido à forte instabilidade política, duplicou) e, quando não conseguiu recuperar o empréstimo, mandou homens armados que sequestraram os devedores no senado local, onde acabaram por morrer de fome.

Lembrei-me disto quando soube, há uns dois meses, que o nosso desgoverno planeava entregar em 2008 aos privados, à banca e outras instituições financeiras, juntas de freguesia e câmaras municipais a cobrança de impostos. Mesmo que tenha recuado nessa intenção (sabe-se lá que avanços e recuos este grupo de jamés dança a qualquer momento), a verdade é que uma boa parte das nossas multas vão para os cofres das entidades que as cobram.

domingo, 6 de abril de 2008

Ai flores do verde prado

Graças a blogs como o Valkirio e o Dias com Árvores vou aprendendo a conhecer algumas das flores com que o Algarve me presenteia nesta estação. Consigo (acho eu) identificar tremoceiros selvagens e finalmente sei (acho eu) o que são miosótis.

Ontem fotografei estas flores pequeninas em que nunca tinha reparado; alguém poderá fazer o favor de me dizer o que são?

(Praia Grande, Pêra, Abril 2008)

Por isso é que eu gosto de golf

Não é só por isso. Afinal, não sendo uma desportista, tenho mais jeito para dar tacadas numa bola do que pontapés. Mas também é por isso: por causa do handicap.
O handicap é o número de pontos que se retiram à pontuação final de um jogador num torneio, de acordo com a sua capacidade, e que teoricamente permite a um mau jogador com um handicap de 28 (o máximo), ganhar ao Tiger Woods, com handicap 0 (ou scratch).

Faz parte do conjunto de regras de jogo e de etiqueta que tornam o golf um jogo de gente civilizada (e que infelizmente hoje muitas vezes não se ensinam).

Aplicado ao futebol, permitiria que
outros clubes fossem campeões de vez em quando. Por isso o FCP está tranquilo perante a hipótese de o penalizarem em 6 pontos: o seu handicap dá para isso e muito mais.

Adeus, Ben Hur

Mais um colosso morreu ontem, o actor Charlton Heston por cujos olhos azuis me apaixonei quando tinha pr'aí quatorze anos...
Em todos os filmes que vi dele fazia personagens maiores que a vida, mas foi Ben Hur que lhe ficou colado à pele para sempre.
A famosa
corrida de quadrigas ainda hoje vale um shot de adrenalina.

Foto © MonaK

Só se vive uma vez

I've never known a dog that lived life as though it was just a rehearsal. Dogs focus on what they want and go for it. We people often live our lives like we are going to do it all over again, and the next time around we'll take all the chances.

John O'Hurley, It's Okay to Miss the Bed on the First Jump, N.Y., 2006, pg 36

Confesso-me culpada de encarar às vezes assim a vida, adiando para mais tarde muito do que quero fazer: para quando o tempo melhorar, para o ano que vem, para quando me reformar... Corro o risco de nunca cumprir metade dos objectivos, e por isso falhar os grandes propósitos que deles dependem.

Milan Kundera escreveu
um livro inteiro a explicar que só se vive uma vez. Este O'Hurley devota um capítulo ao tema. Eu escrevo este post, a ver se não me esqueço, pelo menos durante algum tempo.

sábado, 5 de abril de 2008

Um post para o Van Dog

BOM...
Fim de Semana
FUJAM, SAIAM DA FRENTE......


(recebido por email, não sei quem é o autor, mas lembrei-me logo do Boss)

3 Coelhos de uma cajadada

Notícia do Público (já a ficar submersa sob a pilha de trivialidades):

Ex-ministro das Obras Públicas do PS
Jorge Coelho assume no fim deste mês o futuro da Mota-Engil

03.04.2008 - 09h40 Luísa Pinto
É o fim da carreira política e partidária de Jorge Coelho. O ex-dirigente socialista está a preparar-se para entrar a fundo no mundo empresarial, fazendo-o desde logo na presidência executiva do maior grupo de construção civil de Portugal, o grupo Mota-Engil.
(...)
Ao PÚBLICO, o presidente da Mota-Engil, António Mota, limitou-se a afirmar que recebeu com “apreço e agrado” a notícia de que Jorge Coelho se afastava dos programas de televisão (como A Quadratura do Círculo, na SIC Notícias, onde será substituído por António Costa) para se dedicar em exclusivo à sua vida profissional.

Assim se matam três coelhos com uma cajadada: o Coelho, ele próprio, ganha um job à maneira; a Mota-Engil coloca-se na pole position para os grandes contratos de construção civil que aí vêm (ponte, TGV, aeroporto, barragens); António Costa, presidente da Câmara de Lisboa em exercício e número dois do PS, ganha um tempo de antena semanal para iniciar desde já a campanha para as próximas eleições.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

MP3 player para a Io

Io, experimente cortar e colar o texto dentro da janela abaixo. Em princípio resulta com os ficheiros guardados no YouShare:



Se não quiser que a música comece automaticamente procure os dois lugares no texto que dizem autoStart=true e substitua true por false.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Narciso

Notícia do Observatório do Algarve:

Al Jazeera visita Observatório do Algarve
01-04-2008 17:19:00
Uma equipa da célebre televisão árabe está a realizar um documentário sobre a cobertura mediática do caso Madeleine McCann. Jornalistas estiveram em Faro, no Observatório do Algarve.
Sinnead O’Shay e Scott Corben, da delegação de Londres da Al-Jazeera, estão no Algarve a realizar um documentário de cerca de uma hora sobre a forma como os media fizeram a cobertura do “caso Maddie”.
(...) Sinnead O’Shay afirma que o interesse da estória se centra essencialmente em focar o trabalho dos próprios jornalistas neste caso, fundamentalmente os portugueses e os britânicos, e a forma como lidaram com a polícia.


Os meios de comunicação são narcísicos. Ninguém o diz, mas será que ninguém o notou? Não são só as citações mútuas mas também os programas de auto-promoção: A caixa que mudou o mundo, por exemplo, com título significativo.

Este documentário pode ser interessante; não deixará ainda assim de ser um exercício masturbatório.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Ao cuidado da ASAE

Canalizações velhas:

(Hospital de Faro, Abril 2008)





Canalizações novas:


(Hospital de Faro, Março 2008)

Urgências

Hoje, no corredor das urgências do hospital de Faro:

Trazem uma mulher jovem, deitada numa maca. Um homem, mais ou menos da mesma idade, deitado noutra maca, cumprimenta-a:
"Olá, Cristina!" (já não me lembro o nome, mas obviamente conheciam-se)
E ela:
"Olá, tudo bem?"

Tive vontade de lhes dar alta logo ali.