sábado, 9 de maio de 2015

Eleições

1. Anda aí muito alarido sobre o método eleitoral usado nas eleições legislativas no Reino Unido e a possibilidade de o transpor para Portugal, com a esquerda a protestar que um partido pode ter resmas de votos a nível nacional e não conseguir eleger mais que meia-dúzia de deputados por não ter maioria em cada um dos círculos eleitorais, e os pequenos partidos aterrados com a perspectiva de não elegerem nenhum deputado, nem um, e assim perderem não só visibilidade mas igualmente (sobretudo?) o financiamento condizente e alguns jobs for the boys.

Do meu ponto de vista, não vem daqui mal ao mundo, pelo contrário: a legitimidade para legislar e governar será dada a pessoas concretas com ideias e atitudes conhecidas que passarão a ser directamente responsabilizadas. Passaremos a considerar(-nos) pessoas e não números, não é o que toda a gente reclama agora? Que os candidatos se esforcem para compreender e representar as pessoas que os poderão eleger. Isto é uma democracia representativa, dizem.

Por outro lado, muito depende de como se desenha os círculos eleitorais. Não faz sentido que Lisboa eleja o mesmo número de deputados que Beja? Criem-se vários círculos em Lisboa para um só em Beja. Ou talvez em alguns círculos com mais eleitores possam ser eleitos dois ou três deputados. Tal daria hipóteses aos partidos mais pequenos que, mesmo agora, sabem que devem apostar mais nuns distritos do que noutros.

2. Os líderes dos três principais partidos derrotados demitiram-se imediatamente. Em Portugal, teriam festejado três grandiosas vitórias morais.

2 comentários:

ematejoca disse...

Concordo com o seu ponto de vista.
E mexe bem na ferida, quando escreve que em Portugal, os partidos teriam festejado três grandiosas vitórias morais.

Bom fim-de-semana!

Gi disse...

Bom fim-de-semana e boa semana também para si, Teresa.