quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Com vossa licença

Estou a ver um vídeo da conferência de Mahmoud Ahmadinejad na Universidade de Columbia e passados vinte minutos sinto-me estupefacta.

O presidente do Irão foi convidado a falar numa das mais ilustres Universidades americanas e teve de permanecer sentado tranquilamente enquanto o presidente dessa Universidade, Lee C. Bollinger, o brindava com um longo discurso insultuoso.
Se eu convidar alguém para minha casa, é minha obrigação como anfitriã tratá-lo com respeito e fazê-lo sentir-se confortável. Se a pessoa me é demasiado desagradável, pura e simplesmente não convido.

A reacção de Ahmadinejad aos insultos de Bollinger é extraordinária de calma, inteligência e elegância. Diz que no seu país o público de um orador convidado não precisa de levar vacinas contra as palavras deste, pelo contrário é-lhe permitido fazer a sua própria análise e chegar às suas próprias conclusões depois de o ouvir exercer o seu direito à liberdade de expressão.

Que este homem possa dizer coisas tão absurdas como "No Irão não temos homossexuais, não temos esse fenómeno", ou que fuja a perguntas* como "Está apostado na destruição de Israel como estado Judeu?" (embora mais tarde declare que não fala com o "estado Sionista") não desculpa a indelicadeza inicial com que foi recebido.

Vejam o vídeo aqui antes que desapareça.

*como qualqur outro político quando a pergunta não lhe agrada

3 comentários:

Paulo disse...

Gosto particularmente quando ele diz que não há homossexuais no Irão. Foram todos apedrejados até à morte?

(Mas mesmo assim, há que ter respeito por um convidado. Bem observado!)

Miguel G Reis disse...

Ola Gi

Também vi as imagens nas noticias, e também fiquei estupefacto. Mas, no entanto, achei a sua piada. Especialmente pelo facto do Presidente do Irão se ter mostrado mais educado e civilizado do que os seus anfitriãos, uma certa lição de inteligência, talvez.

Rui

Gi disse...

Ele merecia que o tratassem com delicadeza e lhe destruíssem a argumentação.
Em vez disso disse o que quis e saiu na maior.