Sábado à noite fui ao Théatre des Beaux-Arts assistir ao recital de Cecilia Bartoli. Como de costume, tínhamos decidido tarde, os bilhetes estavam praticamente esgotados e ficámos ao fundo da sala.
(Théatre des Beaux-Arts, Bruxelles, Dezembro 2008)
O concerto incluía canções de Rossini, Bellini e Donizetti gravadas em CDs antigos (Live in Italy, An Italian Songbook, Rossini Recital). Todas juntas e em sequência soam, para meu gosto, quase todas muito semelhantes, uma espécie de canções de embalar, sem rasgo nem risco, nada que me entusiasme, mostrando a doçura da voz e os trinados característicos da diva mas não a sua extensão vocal ou o seu lado força da natureza que me fascina.
La Bartoli arrisca na verdade de vários modos, um dos quais é desde há muitos anos pesquisar e cantar peças mais obscuras: se por um lado tenho que lhe agradecer dar-me a conhecer obras e compositores que antes ignorava, por outro acho que pelo menos em alguns casos não se perdia muito se ficassem ignoradas/os. Yo que soy contrabandista e Rataplan, com que terminou o programa anunciado, pessoalmente acho insuportáveis.
Não era neste repertório que gostaria de a ouvir, mas era o que havia, e não quis perder a oportunidade.
La Bartoli arrisca na verdade de vários modos, um dos quais é desde há muitos anos pesquisar e cantar peças mais obscuras: se por um lado tenho que lhe agradecer dar-me a conhecer obras e compositores que antes ignorava, por outro acho que pelo menos em alguns casos não se perdia muito se ficassem ignoradas/os. Yo que soy contrabandista e Rataplan, com que terminou o programa anunciado, pessoalmente acho insuportáveis.
Não era neste repertório que gostaria de a ouvir, mas era o que havia, e não quis perder a oportunidade.
Imagem © AlloCiné
O público apreciou e aplaudiu com entusiasmo, sendo generosamente recompensado com quatro encores, terminando com uma repetição de La Danza.
8 comentários:
É pena que as coisas sejam assim...
Paulo, pode explicar melhor?
Desculpe. O que eu disse não explica mesmo nada...
Queria dizer: ando aborrecido com ela e uma das razões é a escolha de reportório. A outra é o modus cantandi (expressão que acabei de inventar) que ela está a cultivar até à exaustão e que, a meu ver, não leva a lado nenhum.
Obrigada pelos comentários!
Não percebi a figura do cão... o Jr. foi ao concerto? ;) LOL
Beijinho, Moura Aveirense
Obrigada, Paulo, percebi e concordo.
Moura, o cão é o Rantanplan, conhecido como o cão mais estúpido do Oeste, que aparecia nos álbuns de banda desenhada do Lucky Luke.
O Jr não foi ao concerto, mas em compensação... ver post seguinte :-)
Não consigo fazer ligação para o post, por isso faço para o blogue. Está lá uma notícia fresquinha sobre o recital da Bartoli em Londres.
Já cá está o link:
http://intermezzo.typepad.com/intermezzo/2008/12/cecilia-bartoli-barbican.html
Obrigada, Paulo. Ainda bem que esse pessoal gostou, em Bruxelas ela também foi muito aplaudida: como já disse, o problema é com certeza do meu (des)gosto pessoal em relação ao repertório.
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