Notícia do Público:
Só dois círculos em todo o país votaram "não"
Vitória esmagadora do "sim" no referendo irlandês ao Tratado de Lisboa
03.10.2009 - 17h53 Sofia Lorena, Dublin
À segunda, a Irlanda aprovou o Tratado de Lisboa, e os resultados conhecidos esta tarde mostram que o fez de forma esmagadora: 67,1 por cento dos eleitores votaram “sim”. Houve muitos que mudaram de voto e muitos outros que se abstiveram no primeiro referendo, em Junho de 2008, e que desta vez votaram favoravelmente.
Ao contrário do que indicavam as estimativas depois do encerramento das urnas, ontem à noite, a participação subiu de 53 por cento (em 2008) para 58 por cento. E a vitória do “sim” foi bastante mais expressiva do que a do “não”: há 16 meses, o tratado europeu foi rejeitado por 53,4 por cento dos eleitores.
(...)
A Irlanda, que há um ano era uma das jóias do crescimento económico europeu, foi um dos países que mais sofreram com a crise económico-financeira, e ao qual poderia, se não estivesse na União Europeia, ter acontecido o mesmo que aconteceu à Islândia.
Por outro lado, lembra o Telegraph, [f]ollowing negotiations, Ireland was given guarantees that the reform programme would not interfere with tax, neutrality, family values and the right to life or the rules on Commissioners.
Ou seja, a Irlanda negociou com a UE os pontos em que o Tratado não respeitava a sua soberania e individualidade. Portugal, pelo contrário, aceitou mansamente o que lhe impuseram.
Pensando bem, é capaz de ser melhor assim. Pode ser que acabem as touradas.
Só dois círculos em todo o país votaram "não"
Vitória esmagadora do "sim" no referendo irlandês ao Tratado de Lisboa
03.10.2009 - 17h53 Sofia Lorena, Dublin
À segunda, a Irlanda aprovou o Tratado de Lisboa, e os resultados conhecidos esta tarde mostram que o fez de forma esmagadora: 67,1 por cento dos eleitores votaram “sim”. Houve muitos que mudaram de voto e muitos outros que se abstiveram no primeiro referendo, em Junho de 2008, e que desta vez votaram favoravelmente.
Ao contrário do que indicavam as estimativas depois do encerramento das urnas, ontem à noite, a participação subiu de 53 por cento (em 2008) para 58 por cento. E a vitória do “sim” foi bastante mais expressiva do que a do “não”: há 16 meses, o tratado europeu foi rejeitado por 53,4 por cento dos eleitores.
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A Irlanda, que há um ano era uma das jóias do crescimento económico europeu, foi um dos países que mais sofreram com a crise económico-financeira, e ao qual poderia, se não estivesse na União Europeia, ter acontecido o mesmo que aconteceu à Islândia.
Por outro lado, lembra o Telegraph, [f]ollowing negotiations, Ireland was given guarantees that the reform programme would not interfere with tax, neutrality, family values and the right to life or the rules on Commissioners.
Ou seja, a Irlanda negociou com a UE os pontos em que o Tratado não respeitava a sua soberania e individualidade. Portugal, pelo contrário, aceitou mansamente o que lhe impuseram.
Pensando bem, é capaz de ser melhor assim. Pode ser que acabem as touradas.
2 comentários:
Ou será que lhes prometeram uns litros de cerveja? Estou a brincar, claro :-) mas esta mudança de opinião por causa de vantagens conseguidas para o seu país (as questões mais de "consciência" não se questionam) coloca questões interessante se pensarmos na dicotomia individuo/sociedade.
Fernando, faria uma analogia em que a Irlanda corresponderia ao indivíduo e a UE à sociedade?
Quanto à cerveja ;-) deve haver demasiada concorrência para que possa ter tido significado nas negociações.
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