sexta-feira, 27 de julho de 2012

Gela, degela e passa

Notícia do Público:

Degelo
Caudal de rio na Gronelândia destrói ponte
26.07.2012 - 15:17 Por Nicolau Ferreira
Em apenas quatro dias, a superfície de gelo que cobre a maioria da Gronelândia começou a derreter quase na totalidade, um fenómeno nunca antes observado.(...)

Assustador, não?

Todavia, se tivermos a paciência de ler o resto do artigo, podemos ficar mais tranquilos: em resumo, houve uns dias de grande calor na Gronelândia e a camada superficial de praticamente toda a área gelada da ilha começou a derreter. O que esperavam que acontecesse?

E quanto a ser um fenómeno nunca antes observado, o facto é que tais observações por satélite só começaram há trinta anos... e que o estudo das camadas de gelo permite dizer que tais degelos acontecem periodicamente.
Nada como ir directamente à boca do lobo.

18 comentários:

Paulo disse...

Será, mas os estudos apontam para uma subida muito acelerada das temperaturas médias, não é?

Mário R. Gonçalves disse...

É isso, Gi: notícia sensacionalista, fim do mundo, e depois afinal sabe-se que o fenómeno até é periódico, deu-se há 123 anos (ou 132?) - só não foui "observado" directamente - e a calote vai voltar a congelar imediatamente sem aumento do volume do oceano...

E, claro, não se sabem as causas.

Mas aquele mapa branco/rosa vermelho, ui, que susto. Silly season.

Gi disse...

Paulo, diz que sim, mas eu confesso que não sei em que acreditar. Nisto como noutras coisas em que há dinheiro em jogo, ando muito céptica.

Gi disse...

Mário, a dúvida é saber se a actividade humana é ou não importante, não é? E é difícil ter a certeza porque não temos distância suficiente, verdade?

Mário R. Gonçalves disse...

Nunca poderemos ter a certeza. Mas 1) a actividade humana faz parte da natureza, como a actividade das vacas ou das baleias 2) o que importa, acho eu, é saber as consequências e preveni-las ou minorá-las na medida do possível.

Infelizmente, a política que cai bem é culpar a ganância, a indústria, a civilização... em vez de se procurarem métodos poderosos de intervir na natureza. Há quem pense por exemplo que bastava colocar reflectores solares em órbita para chegar menos radiação cá abaixo.

Não é questão política, mas técnica. A política só impede é que se atribua dinheiro onde vale a pena.

Paulo disse...

A propósito de alarmismos (com fundamento ou sem ele) e sem fugir muito ao assunto:
La Terre s’éteindrait en 2100

Gi disse...

Mário, isso faz sentido, embora haja quem diga que já não vamos a tempo.

Gi disse...

Paulo, essa notícia faz-me lembrar aquela história de quando deus disse que ia acabar o mundo em 24 horas e mandou os líderes mundiais informar os respectivos povos.

Paulo disse...

:)

Mário R. Gonçalves disse...

Que pena, Paulo, já cá não estarei...

maldita natureza!

Paulo disse...

Eu espero estar cá para ver, Mário. Ora em 2100 terei, deixe cá ver... é fazer as contas.

Mário R. Gonçalves disse...

Humor requintado, era ficar conservado criogenicamente e ser descongelado minutos antes do grande apagão.

Gi disse...

Mário, duvido que isso seja possível, porque deve haver um declínio tecnológico gradual.

This is the way the world ends
This is the way the world ends
This is the way the world ends
Not with a bang but a whimper.

Right?
.

Mário R. Gonçalves disse...

Mas bastava que a arca fosse desligada, não ?

E depois, não me parece que os dinossauros tenham sofrido declínio tecnológico antes do meteoro lhes rebentar em cima, eh eh. Que grande apagão, esse.

Ouvi dizer que a luz voltou a acender ;)

Paulo disse...

Não gosto da criogenia, Mário. Faz lá muito frio.

Joao Quaresma disse...

Eu entendo esta notícia como parte da campanha eleitoral do Obama. A NASA fez o mesmo no tempo do Clinton, anunciando que tinham descoberto células vivas em Marte. Nunca mais ninguém falou no assunto.

Mário R. Gonçalves disse...

Paulo,

mas afinal como é ? Isto aquece, o pessoal protesta; se arrefece, é porque faz frio. Nunca estáo contentes, irra.

:D

Gi disse...

JQ, notícias "ambientais" em campanha eleitoral parecem não resultar. Lembra-se do Al Gore?