Esta visita a Barcelona, que estava planeada havia meses, teve de ser encurtada e reduzida ao mínimo. O mínimo incluiu, contudo, uma ida ao Liceu ver a última récita da ópera Maria Stuarda, na qual brilhava Joyce DiDonato.
Não gostei da encenação de Patrice Caurier e Moshe Leiser (uma co-produção de vários teatros europeus), que não trazia nenhum dado novo à interpretação teatral e cujos cenários e figurinos tanto situavam a acção em meados do século XX como simultaneamente a remetiam para o período histórico correcto. Assim, as rainhas tinham vestidos com corpetes e anquinhas mas os restantes personagens não as acompanhavam; a prisão fazia lembrar as dos filmes americanos e até havia uma câmara de execução com janelas para os observadores, mas em vez de cadeira eléctrica tivemos um cepo e um machado... Adiante.
A esta distância já não me lembro de pormenores, mas sei que todo o elenco cantou muito bem. Elisabetta foi interpretada pela mezzosoprano Silvia Tro Santafé, Roberto pelo tenor Javier Camarena, Talbot pelo baixo Michele Pertusi e Cecil pelo barítono Vito Priante. Maria, claro, é entregue à diva, e hoje em dia a Joyce conquistou esse estatuto, que na minha opinião, já se sabe, corresponde à sua qualidade. Se todas as vozes eram muito agradáveis, a dela destacava-se pela firmeza, pela técnica e pela emoção.
A orquestra, dirigida por Maurizio Benini, esteve muito bem. Sem reparos quanto ao coro. Os lugares que tive foram bastante longe do palco, centrais mas altos: o som chega mas não envolve, que o teatro é grande, embora a acústica seja muito boa.
Desta vez não esperei para falar com a Joyce.
Não gostei da encenação de Patrice Caurier e Moshe Leiser (uma co-produção de vários teatros europeus), que não trazia nenhum dado novo à interpretação teatral e cujos cenários e figurinos tanto situavam a acção em meados do século XX como simultaneamente a remetiam para o período histórico correcto. Assim, as rainhas tinham vestidos com corpetes e anquinhas mas os restantes personagens não as acompanhavam; a prisão fazia lembrar as dos filmes americanos e até havia uma câmara de execução com janelas para os observadores, mas em vez de cadeira eléctrica tivemos um cepo e um machado... Adiante.
A esta distância já não me lembro de pormenores, mas sei que todo o elenco cantou muito bem. Elisabetta foi interpretada pela mezzosoprano Silvia Tro Santafé, Roberto pelo tenor Javier Camarena, Talbot pelo baixo Michele Pertusi e Cecil pelo barítono Vito Priante. Maria, claro, é entregue à diva, e hoje em dia a Joyce conquistou esse estatuto, que na minha opinião, já se sabe, corresponde à sua qualidade. Se todas as vozes eram muito agradáveis, a dela destacava-se pela firmeza, pela técnica e pela emoção.
A orquestra, dirigida por Maurizio Benini, esteve muito bem. Sem reparos quanto ao coro. Os lugares que tive foram bastante longe do palco, centrais mas altos: o som chega mas não envolve, que o teatro é grande, embora a acústica seja muito boa.
(Barcelona, Janeiro 2015)
Desta vez não esperei para falar com a Joyce.
1 comentário:
Que inveja, Gi! Como gostaria de ter assistido.
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