Monighetti em Aljezur

Estava um bonito dia em Aljezur, embora fresco - e só faltam quatro semanas para o solstício.

A Igreja Matriz, que foi reconstruída depois do terramoto de 1755, tem três naves, tecto de madeira, paredes brancas e altares pintados em estilo neoclássico, e estava hoje bastante cheia, tanto de nacionais como de estrangeiros, para ouvir Ivan Monighetti nas Suites para violoncelo n.ºs 2, 3 e 5 de Bach, embora uma parte tivesse saído ao intervalo, não sei se por não ter gostado se por não ter percebido que o recital continuava.

(Aljezur, Maio 2008)

Eu gostei muito desta interpretação, que me pareceu muito bonita, tecnicamente muito segura, doseando bem a emoção sem exageros histriónicos, e vencendo facilmente as condições que enfrentava: crianças irrequietas, as inevitáveis tosses, conversas no exterior que se ouviam dentro da igreja, e sobretudo os sinos que marcavam inexoravelmente todos os quartos de hora.

Comprei o CD para o comparar com a versão de Harnoncourt.