Quem visita Bordéus não pode deixar de aprender qualquer coisa sobre os vinhos da região nem de visitar um ou dois châteaux e provar os respectivos vinhos.
Os primeiros vinhos de qualidade foram classificados em 1855 e orgulham-se disso, ostentando nas garrafas o título grand cru classé. No século XX apareceram mais produtores e mais classificações: cru bourgeois, cru artisan... Todos eles se baseiam nas mesmas castas, com variações de percentagem; assim, os tintos são feitos de uma mistura de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, podendo ter percentagens mínimas de outras castas, e os brancos são constituídos por Sauvignon Blanc e Semillon e, nos doces, Muscadelle.
Da uva ao vinho, o processo hoje em dia é mais ou menos o mesmo em todo o lado: se não me engano na cronologia, uma vez colhidas as uvas maduras, separa-se os grãos dos talos e folhas (engaço), espreme-se os grãos (quando eu era criança ainda se pisava), separa-se ou não as peles do mosto, põe-se este em cubas de inox a fermentar, decanta-se, purifica-se e estabiliza-se. Em seguida procede-se à mistura das castas; os tintos podem ser então envelhecidos em barris de madeira de carvalho, os brancos passam logo à fase de engarrafamento.
*AOC = appelation d'origine controlée
(Médoc, Junho 2012)
Os châteaux não são mais do que propriedades vinícolas. Podem ter, e frequentemente têm, umas mansões com ar de solar antigo. Umas são antigas, outras nem tanto, e há mesmo telhadinhos pretos muito catitas feitos agora para dar estilo.(Ch. du Taillan, Haut-Médoc, Junho 2012)
(Ch. Palmer, Margaux, Médoc, Junho 2012)
Dentro da região de Bordéus e a toda a volta da cidade distinguem-se várias sub-regiões que têm direito a usar denominações de origem controlada*: as principais, no sentido dos ponteiros do relógio são Médoc, Blaye e Bourg, St. Émilion, Entre-deux-mers, Sauternes, Graves, Pessac-Léognan. Algumas só produzem vinho tinto, outras só branco, algumas ambos.Os primeiros vinhos de qualidade foram classificados em 1855 e orgulham-se disso, ostentando nas garrafas o título grand cru classé. No século XX apareceram mais produtores e mais classificações: cru bourgeois, cru artisan... Todos eles se baseiam nas mesmas castas, com variações de percentagem; assim, os tintos são feitos de uma mistura de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, podendo ter percentagens mínimas de outras castas, e os brancos são constituídos por Sauvignon Blanc e Semillon e, nos doces, Muscadelle.
Da uva ao vinho, o processo hoje em dia é mais ou menos o mesmo em todo o lado: se não me engano na cronologia, uma vez colhidas as uvas maduras, separa-se os grãos dos talos e folhas (engaço), espreme-se os grãos (quando eu era criança ainda se pisava), separa-se ou não as peles do mosto, põe-se este em cubas de inox a fermentar, decanta-se, purifica-se e estabiliza-se. Em seguida procede-se à mistura das castas; os tintos podem ser então envelhecidos em barris de madeira de carvalho, os brancos passam logo à fase de engarrafamento.
(Ch. Lynch-Bages, Pauillac, Médoc, Junho 2012)
Para meu gosto pessoal, o Cabernet Sauvignon numa percentagem superior a 75% resulta num aroma animal demasiado forte, e os Médoc podem ir muito além disso. Gostei bastante dos brancos de Graves e Pessac-Léognan. O Entre-deux-mers branco foi o mais fraco de tudo o que bebi. Mas os melhores vinhos, lá como cá, têm preços impossíveis e os châteaux mais afamados não fazem provas abertas ao comum dos mortais.*AOC = appelation d'origine controlée
3 comentários:
Um tema aliciante que daria pano para mangas!
Fico sempre maravilhado com as histórias do vinho!
Tchim... tchim... e muitos beijinhos,
Que belo passeio, este :)
Mfc, à tua saúde :-)
Luisa, foi fundamental para retemperar a alma...
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