Uma das minhas resoluções de fim de Verão, o ano passado, foi voltar a estudar alemão, e foi nesse contexto que me entretive a ouvir, ler e traduzir o discurso de ano novo da chanceler Angela Merkel. Esperava da mulher que manda na Europa e é doutorada em Física algumas considerações luminosas, por isso qual não foi o meu espanto, qual a minha decepção, ao ouvir historinhas como estas:
(...)Também há hoje no nosso país muita gente corajosa e útil. Um jovem participante nos meus diálogos cívicos em Heidelberg contou-me que um jogador da sua equipa de futebol queria abandonar a escola. Por isso ele foi ter com o treinador e pediu-lhe que reunisse toda a equipa, para que cada um contasse porque é bom ir à escola. Fizeram isso no treino seguinte e resultou. O companheiro de jogo não deixou a escola.(...)
(...) conheci há pouco tempo um rapaz de 10 anos que nasceu quase surdo. Recebeu um implante ultra-moderno e hoje pode ouvir música e ir à escola sem problema. Também encontrei uma rapariga que vive há três anos com uma prótese valvular cardíaca que cresce com ela, e com a qual pode fazer desporto e levar uma vida normal. Estas são pequenas maravilhas médicas. São o sucesso dos nossos investigadores.(...)
Desculpem, mas estas historinhas edificantes num discurso de ano novo não parecem mesmo saídas da boca (e do neurónio) dum outro doutor de Boliqueime?
(...)Também há hoje no nosso país muita gente corajosa e útil. Um jovem participante nos meus diálogos cívicos em Heidelberg contou-me que um jogador da sua equipa de futebol queria abandonar a escola. Por isso ele foi ter com o treinador e pediu-lhe que reunisse toda a equipa, para que cada um contasse porque é bom ir à escola. Fizeram isso no treino seguinte e resultou. O companheiro de jogo não deixou a escola.(...)
(...) conheci há pouco tempo um rapaz de 10 anos que nasceu quase surdo. Recebeu um implante ultra-moderno e hoje pode ouvir música e ir à escola sem problema. Também encontrei uma rapariga que vive há três anos com uma prótese valvular cardíaca que cresce com ela, e com a qual pode fazer desporto e levar uma vida normal. Estas são pequenas maravilhas médicas. São o sucesso dos nossos investigadores.(...)
Desculpem, mas estas historinhas edificantes num discurso de ano novo não parecem mesmo saídas da boca (e do neurónio) dum outro doutor de Boliqueime?
2 comentários:
Acho que já lhes vai faltando assunto.
Paulo, que falta fazem umas aulas de oratória como na antiguidade...
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