A Alemanha é, de facto, um dos Países em que mais se respeitam os cães (e muitas outras coisas). Penso que conheço razoavelmente a realidade germânica e, em muitos aspectos, teríamos muito a ganhar se seguíssemos o seu exemplo.
Teresa, a história do último cão é super ternurenta. Aquela família estava a terminar a visita à cidade sob um calor tremendo. O cão viu um bocadinho de relva e atirou-se para lá, com o ar de "não me mexo mais, morri". O dono pegou nele ao colo e levou-o assim. Em Portugal, provavelmente, era puxado pela trela e arrastado... Bj para si.
Outro dia fui ao café com a minha cadela, antes de sequer me perguntar o que queria, a empregada trouxe uma taça de água para a Klecks.E episódios como estes são diários.
Se eu fosse um cão gostava de o ser na Alemanha :)
Gi, não exageremos. Claro que eu o faria, mas como eu conheço muita gente em Portugal que teria imediatamente esse gesto. E não esqueçamos uma coisa: é num país como a Inglaterra, que tanto ama os seus animais, que surgem também horríveis casos de maus tratos. Houve uma altura em que ia lá com bastante frequência, e os meus olhos tentavam fugir de casos desses nos jornais, porque eram muitos, demasiados. Por isso tiveram de criar uma unidade para assistir animais maltratados - coisa que não existe aqui, com muita pena minha. Não há penalização legal para quem maltrata animais, tanto quanto sei.
Mas isto vai mais longe, isto é o ser humano a dar o seu melhor para dar conforto e bem-estar aos bichos. E por isso é tão bonito.
Teresa, é claro que há muitas pessoas em Portugal que tratam bem os seus animais. Mas a cultura, em geral, é moura. No Algarve, os cães são postos na rua de manhã, quando os donos saem para trabalhar, e só voltam a entrar em casa à noite.
Julgo que temos leis que penalizam quem maltrate os animais, mas raramente se consegue pô-las em prática.
Em Inglaterra os cães vão ao parque mas é complicado levá-los ao restaurante. Na Europa central, até podem entrar em certos museus, se forem ao colo.
Mas tenho uma boa notícia para ti: os cães acompanhantes de cegos já viajam livremente no metro e nos autocarros. E o meu coração derrete-se todo ao olhar para eles, muito solenes na sua missão (post antigo sobre Miami,mais concretamente Palm Beach avir imediatamente à memória): http://gotaderantanplan.blogspot.pt/2008/10/post-assim-atirar-para-o-frvolo-2-palm.html
Não imaginas a minha cara maravilhada em Genève, há quase trinta anos, quando entrei num autocarro e vi que tinha como co-passageiros dois cães (enormes). E claro que meti conversa com eles.
Mário, quando eu comecei a apanhar o cocó do meu cão, há mais de 20 anos, praticamente ninguém mais o fazia em Portugal. Hoje, felizmente, já vou vendo mais donos com os seus sacos de plástico.
14 comentários:
A Alemanha é, de facto, um dos Países em que mais se respeitam os cães (e muitas outras coisas). Penso que conheço razoavelmente a realidade germânica e, em muitos aspectos, teríamos muito a ganhar se seguíssemos o seu exemplo.
Fanático_Um, a Europa é assim e nós... somos mouros :,-(
As fotografias deixaram-me simplesmente enternecida.
Beijinho, Gi.
Teresa, a história do último cão é super ternurenta. Aquela família estava a terminar a visita à cidade sob um calor tremendo. O cão viu um bocadinho de relva e atirou-se para lá, com o ar de "não me mexo mais, morri". O dono pegou nele ao colo e levou-o assim.
Em Portugal, provavelmente, era puxado pela trela e arrastado...
Bj para si.
Adorei o post.
Outro dia fui ao café com a minha cadela, antes de sequer me perguntar o que queria, a empregada trouxe uma taça de água para a Klecks.E episódios como estes são diários.
Se eu fosse um cão gostava de o ser na Alemanha :)
Gi, não exageremos. Claro que eu o faria, mas como eu conheço muita gente em Portugal que teria imediatamente esse gesto. E não esqueçamos uma coisa: é num país como a Inglaterra, que tanto ama os seus animais, que surgem também horríveis casos de maus tratos. Houve uma altura em que ia lá com bastante frequência, e os meus olhos tentavam fugir de casos desses nos jornais, porque eram muitos, demasiados. Por isso tiveram de criar uma unidade para assistir animais maltratados - coisa que não existe aqui, com muita pena minha. Não há penalização legal para quem maltrata animais, tanto quanto sei.
Mas isto vai mais longe, isto é o ser humano a dar o seu melhor para dar conforto e bem-estar aos bichos. E por isso é tão bonito.
Helena, isso também já me aconteceu mais que uma vez.
Ser cão na Alemanha é bom; ser dono de cão também. Aqui é quase uma teimosia.
Teresa, é claro que há muitas pessoas em Portugal que tratam bem os seus animais. Mas a cultura, em geral, é moura.
No Algarve, os cães são postos na rua de manhã, quando os donos saem para trabalhar, e só voltam a entrar em casa à noite.
Julgo que temos leis que penalizam quem maltrate os animais, mas raramente se consegue pô-las em prática.
Em Inglaterra os cães vão ao parque mas é complicado levá-los ao restaurante. Na Europa central, até podem entrar em certos museus, se forem ao colo.
Mas tenho uma boa notícia para ti: os cães acompanhantes de cegos já viajam livremente no metro e nos autocarros. E o meu coração derrete-se todo ao olhar para eles, muito solenes na sua missão (post antigo sobre Miami,mais concretamente Palm Beach avir imediatamente à memória):
http://gotaderantanplan.blogspot.pt/2008/10/post-assim-atirar-para-o-frvolo-2-palm.html
Não imaginas a minha cara maravilhada em Genève, há quase trinta anos, quando entrei num autocarro e vi que tinha como co-passageiros dois cães (enormes). E claro que meti conversa com eles.
Teresa, felizmente os cães-guia têm esse estatuto. (Já pensei inscrever o Jr num curso de cão-guia hehehe).
Tem graça, já tinha lido esse post mas não me lembrava da história do Kurt.
Em Inglaterra observei com surpresa essas taças com água nas esplanadas ou à porta de restaurantes, cafés e casa de chá. Em toda a parte onde andei.
Mas também proibição (multa) de os levar à praia e todos, sempre, com correia. E cartazes violentos contra cócós.
Aqui: nada de tacinhas, mas a liberdade à latina - quase sempre à solta, na praia ou no jardim, e depois nota-se nos sapatos :(
Mário, quando eu comecei a apanhar o cocó do meu cão, há mais de 20 anos, praticamente ninguém mais o fazia em Portugal. Hoje, felizmente, já vou vendo mais donos com os seus sacos de plástico.
Interessante série de posts, de uma bela viagem. Obrigado!
JQ
JQ, foi um prazer...:-)
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