terça-feira, 19 de novembro de 2013

La Fille du Régiment em Lisboa

Tive um convite irrecusável para voltar ao S. Carlos para ver La Fille du Régiment. Como disse o Paulo, não saí deslumbrada, mas a encenação de Mário Redondo é divertida, os cenários são engraçados, os figurinos bonitos (excepto que no tenor assentavam mal), o coro cantou muito bem e esteve muito bem coreografado, e ninguém desafinou.


Achei a orquestra um bocado empastelada mas talvez seja mais correcto dizer que faltou ao maestro Rui Pinheiro um toque de génio para abrir a música.

A soprano Cristiana Oliveira tem, aos meus ouvidos, um timbre de uma só cor, embora não desagradável. O tenor Alessandro Luciano, que o Fanático_Um detestou, não achei assim tão mal: a voz não é grande mas é melodiosa, e a sua personagem cresceu do 1º para o 2º acto (a tropa fez dele um homenzinho haha). Vi finalmente o barítono Luís Rodrigues num papel para brilhar; julgo que não é belcantista de formação, mas tem uma voz bonita e esteve muito bem em cena.

(Lisboa, Novembro 2013)

Um bom espectáculo para um teatro que já viu melhores (e piores!) dias.

6 comentários:

Paulo disse...

Penso que é isso: o Teatro já viu melhores (e piores) dias.

Paulo disse...

(Não cheguei a saber se a voz do tenor é melodiosa - mal a ouvi. Talvez tudo tenha melhorado com a rodagem:)

Gi disse...

Paulo, também pode ter variado com os lugares de onde se ouviu.

Paulo disse...

Pode...

Fanático_Um disse...

Na récita a que assisti o tenor mal se ouviu (e eu estava bem próximo) e, o pouco que se ouviu foi mau!
Mas concordo em absoluto, o TNSC já viu melhores e piores dias. Esperemos que os primeiros regressem.

Gi disse...

Fanático_Um, oxalá!