Chove-me em cima o mundo. Que canseira!
Tenho uma longa viagem por diante
E esta tarde a Via do Infante
Mais que estrada parece uma ribeira.
A água cai como paredes lisas
As árvores vergam ao chicote do vento
Relâmpagos estilhaçam o céu cinzento
Estão no máximo os limpa-pára-brisas.
Felizmente o casaco tem capuz
Que o guarda-chuva (nem sei onde o pus)
Num dia como este vale zero.
Aumento o som do rádio e assim tempero
Trovões e ansiedade. Já só quero
Chegar a casa enquanto ainda há luz.
Nota: hoje não houve temporal digno desse nome, mas de vez em quando há cada um que quem só conhece o Algarve no Verão não imagina.
8 comentários:
Aqui vai de aquecedor a bombar
sem parar
e chuva houve todo o dia.
Viva a poesia.
Viva, Paulo.
Estou a ver que isto se pega :-)
;)
Estava a falar com uma amiga na semana passada (ou talvez durante o fim de semana, já não me recordo), numa noite de grande temporal quando o vento atingia os 95 km/h no Barlavento algarvio a que o Sotavento não deveria ter sido imune!
Ah! Gostei do poema. : )
Catarina, no fim de semana estive em Lisboa e aí, na noite de sábado, tive de enfrentar um temporal na estrada, que felizmente era iluminada, mas mesmo assim foi assustador.
Ainda bem que gostou :-) Obrigada.
Pois é... O Algarve também tem dias assim. Mas até esses são inspiradores, senão veja-se este poema. :)
Luisa, :-)
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