Quando Vercingetorix levou os gauleses a incendiar as suas cidades para evitar que os romanos se pudessem aprovisionar, os bituriges intercederam pela sua capital, Avaricum, a mais bonita cidade de quase toda a Gália*, por ser, segundo eles, fácil de defender pela natureza do local, rodeado por quase todos os lados por um rio e por pântanos e com um único acesso, e esse muito estreito.* Vercingétorix acabou por ceder aos seus pedidos e à compaixão geral* e César, após vinte e cinco dias de um cerco em condições duríssimas, sob um mau tempo constante, tomou a cidade.
Avaricum chama-se hoje Bourges. Os pântanos e o rio ainda lá estão:
e a cidade, se não a mais bonita, é sem dúvida uma graça
Eu julgava ter de ir à Alsácia para ver em França barrotes de madeira nas fachadas das casa, mas afinal nesta viagem não faltaram: aqui são originais do fim do século XV/princípio do XVI.
Mas há mais: a catedral de St. Étienne, do século XII (foto composta)
e o palácio de Jacques Coeur, um grande comerciante, conselheiro e argentier (uma espécie de director do banco central) do rei Charles VII até cair em desgraça.
A propósito, este rei devia ter sido cognominado o ingrato: deixou condenar Jacques Coeur por inveja da sua riqueza, e foi também ele que deixou condenar Joana d'Arc, cujas vitórias militares o levaram ao trono.
Finalmente, uma surpresa ao fim da tarde, no jardim de um simpático restaurante chamado Au Nez du Vin que, oh estranheza! não tem um website:
* C.I.Caesar, Commentarii de Bello Gallico, VII, 15
Avaricum chama-se hoje Bourges. Os pântanos e o rio ainda lá estão:
e a cidade, se não a mais bonita, é sem dúvida uma graça
Eu julgava ter de ir à Alsácia para ver em França barrotes de madeira nas fachadas das casa, mas afinal nesta viagem não faltaram: aqui são originais do fim do século XV/princípio do XVI.
Mas há mais: a catedral de St. Étienne, do século XII (foto composta)
e o palácio de Jacques Coeur, um grande comerciante, conselheiro e argentier (uma espécie de director do banco central) do rei Charles VII até cair em desgraça.
A propósito, este rei devia ter sido cognominado o ingrato: deixou condenar Jacques Coeur por inveja da sua riqueza, e foi também ele que deixou condenar Joana d'Arc, cujas vitórias militares o levaram ao trono.
Finalmente, uma surpresa ao fim da tarde, no jardim de um simpático restaurante chamado Au Nez du Vin que, oh estranheza! não tem um website:
(Bourges, Junho 2014)
* C.I.Caesar, Commentarii de Bello Gallico, VII, 15
4 comentários:
Novas terras, novas riquezas. : )
Catarina, :-)
Isso até se pode dizer de Jacques Coeur, que quando saiu da prisão foi refazer fortuna para terras de Levante...
(Muito engraçada, a foto composta!)
Obrigada, Paulo. Demasiado pindérica para usar Photoshop...
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