quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Celebrando Darwin

Se fosse preciso uma prova da superioridade da teoria da selecção natural de Darwin (cujo bi-centenário se celebra em Fevereiro deste ano) sobre a de Lamarck, bastaria pensar-se nas unhas dos pés.

As unhas dos pés não servem rigorosamente para nada. Ou antes, servem para assunto de anedota, que nem para uma conversa decente servem (Olá, está bom? - Não, imagine, tenho uma unha do pé encravada, ou pior, Não, sabe, tenho uma micose numa unha do pé). As mulheres, que gostam de atribuir às coisas uma função, nem que seja decorativa, pintam-nas.
Mas de facto, função própria, não têm.

Sendo assim, se Lamarck tivesse razão, já se teriam por esta altura atrofiado e desaparecido, o que obviamente não é o caso. Mas se falássemos com Darwin, ele encolheria os ombros e diria que são irrelevantes para a sobrevivência da espécie. Ter mais unhas ou menos unhas dos pés não interessa nada. Por isso aí estão, relíquias dos primórdios da nossa evolução.

3 comentários:

José Bandeira disse...

Brilhante, brilhante, brilhante. Isto dito por alguém que sofreu horrores há ano e meio por causa de uma unha do dedão encravada. Não serve mesmo para nada, a estúpida. :)))

Também estou pronto para celebrar o bicentenário do nascimento de Darwin. Será uma boa oportunidade para pôr alguns pontos nos ii, que nos últimos anos a desinformação andou muito activa.

Gi disse...

*fazendo uma profunda vénia* Muito obrigada, JB, sinto-me honrada.
Tem razão quanto à desinformação, este ano notou-se particularmente quando descongelaram uns dinossauros creacionistas no Alasca.

José Bandeira disse...

:D