sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Música para o Irão / Music for Iran

Notícia do Guardian (via Yankeediva):

Music fails to chime with Islamic values, says Iran's supreme leader
Ayatollah Ali Khamenei claims the promotion and teaching of the artform is not compatible with country's sacred regime
Saeed Kamali Dehghan
guardian.co.uk, Monday 2 August 2010 22.25 BST
Article history

Iran's supreme leader, Ayatollah Ali Khamenei, said today that music is "not compatible" with the values of the Islamic republic, and should not be practised or taught in the country.
(...) "Although music is halal, promoting and teaching it is not compatible with the highest values of the sacred regime of the Islamic Republic."
(...) "It's better that our dear youth spend their valuable time in learning science and essential and useful skills and fill their time with sport and healthy recreations instead of music," he said.
(...)


É triste, embora não inédito. Mas a pensar nos iranianos e nas iranianas que sofrem debaixo deste regime e que nem têm direito a música para consolar a alma, aqui fica parte de uma obra escrita em homenagem a um grande resistente do século passado.

This is sad, although not unheard of. But thinking of the iranians who suffer under this régime and don't even have music to soothe the soul, here's an excerpt of a piece written as hommage to one of last century's great resistants.

5 comentários:

Paulo disse...

Viver no Irão deve ser o mais parecido com viver dentro de um filme de terror.

Mário R. Gonçalves disse...

Ah, a lascívia, esse eterno demónio de moralistas e ditadores!

E não será "indecente" a pose dos islamitas a rezar de cócoras?

Bem haja o presidente Lula da Silva, de um país que ama a música, por dar abrigo a uma apedrejável mulher. Mesmo que seja oportunismo político, o Brasil é um país decente que canta e dança. O Irão não.

Fernando Vasconcelos disse...

Não dá mesmo para entender. Quando se tem o poder absoluto de dizer o que se pode ou não fazer sem haver quem arrisque denunciar o ridículo mais cedo ou mais tarde acaba-se por cair neste tipo de tirada ... Agora a ultima vez que isto aconteceu na Europa sabe-se o que se passou. A questão é : Durante quanto tempo se vai permitir que ao abrigo de uma suposta diferença se deixem seres humanos nesse estado de servilismo? E isto obviamente não vale só para o Irão.

Goldfish disse...

Qualquer forma de controlo sobre o que cada um faz na sua intimidade e sem afectar outros que não queiram participar é típico deste tipo de regimes. E este controlo em específico (ouvir música) só comprova que estes regimes não foram feitos para durar e que são encabeçados por gente completamente louca e sem noção do inútil das suas declarações sobre a população. Eu nunca gostei tanto de rock como quando o meu pai o proibiu no rádio enquanto ele estava em casa.

Fernando Vasconcelos disse...

O problema Goldfish é que se o teu pai prometesse que por exemplo te cortava uma mão ou pior à primeira vez que te ouvisse a ouvir Rock e à segunda te mandasse para o cadafalso e tu acreditasses que isso iria acontecer talvez não tivesses coragem para ouvir Rock ... é assim que apesar da estupidez absoluta se impõe um estado com este tipo de atitude