Começa a parecer-me que neste país há cada vez menos diferença entre música e futebol. Quando se ouviu dizer que Paulo Bento seria o novo seleccionador nacional, pessoa amiga comentou com um encolher de ombros: Há-de sair mais barato quando for preciso mandá-lo embora.
Será isso o que espera Martin André, o novo director artístico contratado para nos compensar dos desgostos do anterior?
É que a nova temporada do S. Carlos já está online e sendo certamente difícil alinhavar uma temporada em pouco tempo e com pouco dinheiro, admito que esperava mais criatividade.
Nós somos gente habituada às pequenas coisas humildes e silenciosas... Dessem-nos alguns dos cantores que sonhamos ouvir, algumas óperas de que temos saudades, algumas encenações bem pensadas, nem sequer precisavam de ser muito recentes nem muito extravagantes, e teriam a casa cheia e críticas positivas. Dispensávamos temporadas sinfónicas e outras iniciativas para termos ópera a sério no nosso único teatro de ópera.
Assim, arriscam-se a que vamos para a Gulbenkian ver transmissões televisivas.
Será isso o que espera Martin André, o novo director artístico contratado para nos compensar dos desgostos do anterior?
É que a nova temporada do S. Carlos já está online e sendo certamente difícil alinhavar uma temporada em pouco tempo e com pouco dinheiro, admito que esperava mais criatividade.
Nós somos gente habituada às pequenas coisas humildes e silenciosas... Dessem-nos alguns dos cantores que sonhamos ouvir, algumas óperas de que temos saudades, algumas encenações bem pensadas, nem sequer precisavam de ser muito recentes nem muito extravagantes, e teriam a casa cheia e críticas positivas. Dispensávamos temporadas sinfónicas e outras iniciativas para termos ópera a sério no nosso único teatro de ópera.
Assim, arriscam-se a que vamos para a Gulbenkian ver transmissões televisivas.
4 comentários:
Arriscam mesmo, Gi. Pela parte que me toca, tenciono ir assistir a algumas transmissões do Met e a alguns concertos na Gulbenkian. No São Carlos, quero não perder "Kátìa Kabanová". O resto da programação deixa-me indiferente.
Continua a "diversidade de públicos" tão socialista. Cultura que desce em vez de público que sobe. Desculpa de pobres.
E não falem de elitismo. Que "luxo" temos afinal em Portugal? O futebol, só !
A programação não é assim tão má.
De qualquer maneira, quem me dera estar por aí, que não perdia pitada.
Ainda não há muito tempo, que assisti aqui à "Kátìa Kabanová". Apreciei as vozes e a encenação também era razoável, mas não é a minha ópera.
Conheço várias casas de ópera na Europa, mas nunca estive no São Carlos. Que vergonha!!!
Paulo, também vou tentar organizar-me nesse sentido.
Mário, o futebol também me parece mais a caminho do lixo que do luxo.
Teresa, discordamos, claro :-) A meu ver, esta é mais uma temporada ruinosa, quando podia ser uma espécie de renascimento do S. Carlos.
Viram a notícia no DN? Parece que para a temporada de 2011/2012 se prevê "um Verdi, um Puccini, um Mozart e uma ópera romântica alemã/ francesa".
Isso é mais ou menos o que me pareceria normal anunciar (mais um Haendel ou um Donizetti) para agora, como sendo o básico numa programação de emergência, com alguns cantores estrela que se conseguissem aliciar, poupando nas encenações para gastar nos cachets.
Mas isto sou eu que não tenho de gerir o orçamento - 3,8 milhões de euros, julgo ter ouvido na Antena2.
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