Tão longe quanto já vai o secundário, ainda me lembro de ter nessa altura estudado pela primeira vez a construção de estradas pelos Romanos, essas sólidas rectas que as legiões construíram para levar a lei e o comércio aos confins do mundo antigo.
Era assim: afastavam-se os obstáculos, cavava-se, alisava-se a terra, dispunha-se uma camada de pedras e areia como fundação, por cima gravilha e finalmente as lajes do pavimento. Em corte, uma curva ligeira para que a chuva, a lama, as águas de lavagem, drenassem para as valas laterais. Nas cidades, acrescentavam-se passagens de peões.
Desde a famosa Via Sacra no coração de Roma à Via Appia que ligava a Cidade à Campânia ou às mais remotas estradas provinciais, este método de construção criou estruturas que duraram em muitos casos mais de dois mil anos.
Hoje há novas tecnologias, e durante mais de um ano as vi serem utilizadas, enquanto a entrada/saída principal de Albufeira esteve em remodelação, contribuindo para as minhas dores nas costas... mas parece que também em Albufeira há quem faça de outra maneira, como se estes milénios não existissem, e o resultado da ignorância histórica está à vista.
Era assim: afastavam-se os obstáculos, cavava-se, alisava-se a terra, dispunha-se uma camada de pedras e areia como fundação, por cima gravilha e finalmente as lajes do pavimento. Em corte, uma curva ligeira para que a chuva, a lama, as águas de lavagem, drenassem para as valas laterais. Nas cidades, acrescentavam-se passagens de peões.
Desde a famosa Via Sacra no coração de Roma à Via Appia que ligava a Cidade à Campânia ou às mais remotas estradas provinciais, este método de construção criou estruturas que duraram em muitos casos mais de dois mil anos.
Hoje há novas tecnologias, e durante mais de um ano as vi serem utilizadas, enquanto a entrada/saída principal de Albufeira esteve em remodelação, contribuindo para as minhas dores nas costas... mas parece que também em Albufeira há quem faça de outra maneira, como se estes milénios não existissem, e o resultado da ignorância histórica está à vista.
(Albufeira, Março 2011)
8 comentários:
Bem comparado, Gi, quem faz bem feito, faz uma vez só. E certamente não houve um terremoto para abrir valas em Albufeira como aquele que destruiu uma estrada que os japoneses refizeram em seis dias...
Aqui perto há uma rua que era considerada, desde há anos, uma das mais esburacadas de Lisboa. Há cerca de um mês andaram as máquinas a asfaltá-la, ficou um brinco, mas há dias já lá tropecei num buraco novo. Os técnicos daqui e daí devem ter frequentado a mesma formação.
A remodelação da saída/entrada de Albufeira não levou pelo menos uma meia dúzia de anos?!
Ludmila, esta manhã até tivemos um terramoto mas não passou da magnitude 4.
Paulo, provavelmente, com graduação ao domingo.
Catarina, foi o que me pareceu ;-)
Chamemos os romanos de novo!
São os buracos nossos de cada dia... lamentável. E o pior é que o barato sai caro, como diz o povo. Fazem e refazem. E quem paga é o Zé Contribuinte... Ah poizé!
Olá Gi:
Desde quase o tempo dos romanos. E sem perder o sentido do duradouro que eles nos transmitiram. Quanto mais não seja graças a todos os templos de Diana deste mundo.
Boa sorte para si.
Deixo-lhe o meu blog:
MACHADO, JA (http://janpfm.blogs.sapo.pt)
porque ainda (!) não sei lidar muito bem como isto.
Cumprts
João Afonso Machado
Mfc, quem dera.
Luisa, é pior que a tela de Penélope.
João Afonso, obrigada pela visita, tem razão, há tanto tempo! Já lá fui cuscar, claro :-)
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