Preocuparmo-nos tanto com o futuro das próximas gerações não será paternalismo? Não será passar um atestado de minoridade a essas gerações que já nasceram/nascerão e cresceram/crescerão num contexto diferente do nosso?
Por mim, imagino que saberão desenrascar-se.
Por mim, imagino que saberão desenrascar-se.
6 comentários:
A geração à rasca é o país inteiro (excepto os do costume)!
estive na manifestação do porto e senti uma emoção imensa!
Senti que muita coisa vai mudar!
Irrita-me particularmente que se queixem de ser "escravos", mas escravos de quê? Sabem ao menos do que falam? São a geração com maior liberdade de sempre, com maior autonomia e oportunidades de sempre.
Imaginarão o que era ser jovem em 1950? 60? 70? Com guerra colonial ou emigração à espera?
Penso que o problema da precariedade não respeita apenas a essa juventude. Há aí muita gente que passa anos de estágio não remunerado em estágio não remunerado, ou a trabalhar a prazo com salários baixíssimos, sem a expectativa de algum dia vir a ter alguma segurança a nível profissional.
O meu irmão já passou dos 40, é licenciado, e trabalha a recibo verde e 800 € numa garajem de pneus. Anos e anos sem arranjar melhor. Sem expectativa, como diz, Paulo.
O problema não é de escravidão: é de expectativas frustradas. Quem as criou? Grande parte das culpas é. não tenho dúvidas, das Universidades, que venderam ilusões com toda a desonestidade.
Ora aí está.
Em todas as gerações há dificuldades e à rasca, de facto, não estão só os jovens. Eles ainda têm o futuro à sua frente. Pode não parecer risonho, mas eles é que têem que o agarrar e transformar. A Gi não deixa de ter razão.
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