O endividamento das famílias portuguesas é uma consequência da falsa noção da importância do património.
Dois jovens casam-se e imediatamente compram casa (um apartamento nos subúrbios). A tese é que em vez de pagarem uma renda ao senhorio e não serem proprietários, pagam um empréstimo ao banco e ficam com "uma coisa sua".
De facto, ficam com um compromisso financeiro pesadíssimo durante quase o resto da sua vida, e limitados na sua mobilidade.
Mais: se se desentenderem, a casa e respectivos encargos são mais uma complicação no processo de divórcio.
Se optassem por adiar a compra mais uns anos até terem estabilidade familiar e laboral, poderiam na realidade ter uma qualidade de vida muito superior e fazer alguma poupança.
Ninguém vê isto?
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