quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Canil em Faro?


Faro tem um canil no horizonte
04-10-2007 14:00:00
O presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, afirmou hoje, no Dia do Animal, que até o seu mandato acabar vão ser adiantadas as obras de um canil/gatil municipal.

Na sequência de uma manifestação organizada por duas associações não governamentais, a MAF (Movimento Pró-Animal de Faro) e a ADAPO (Associação de Defesa dos Animais e Plantas de Olhão), onde participaram cerca de 200 crianças de escolas de Faro, José Apolinário veio a público manifestar a sua intenção de, até 2009, começar as obras de um canil municipal.
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Clementina Frade, presidente do MAF, afirma que esta promessa é uma “óptima notícia” e que só espera “que seja mesmo cumprida”, porque considera que é uma obra de extrema urgência para o município.
Até agora, no município de Faro, não existia qualquer canil, havendo só um protocolo entre o canil de São Francisco, em Loulé, que Clementina admite estar “sobrepopulado”.
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“As crianças são fundamentais para a sensibilização”, constata Clementina, admitindo que os “adultos de amanhã” são mais sensíveis a estas questões e que a mensagem é sempre entregue aos pais, que muitas vezes têm o poder de mudar algo.

É importante haver um canil para acolher os animais abandonados? É, mas mais importante é educar as pessoas e dar-lhes condições para não abandonarem os animais.

Sem isso, não vamos a lado nenhum. Os canis são como os serviços de urgência dos hospitais: quanto mais se constroem, mais a eles as pessoas recorrem. Hoje em dia há quem tenha mesmo a "lata" de telefonar para os canis a avisar que vai abandonar os animais!

Eu já "avistei" o Canil de S. Francisco, construído por alguém de bom coração. É confrangedor. As instalações, mais que sobrelotadas, têm um ar degradado. Há avisos para que não se deixem animais à porta (o que significa que há quem os deixe). No dia em que lá fui não havia humanos à vista, mas cá fora havia de facto vários cães e gatos.

Enquanto as pessoas não respeitarem os animais domésticos, fizerem ninhadas porque acham graça, sem pensarem no futuro dos filhotes, não se responsabilizarem pelos actos dos seus animais e julgarem que "eles na natureza se safam", e enquanto, por outro lado, se fecharem as portas dos hoteis, dos restaurantes e dos transportes colectivos aos animais, o problema do abandono não tem solução.

E as crianças, ao contrário do que se diz, estão menos atentas. Podem ser mais sensíveis mas é de um ponto de vista egoísta (o que é normal), pois não têm consciência das repercussões sobre o animal em si. E não são responsáveis, nem podem ser responsabilizadas.

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