Não vês que confundiram no teu país a coisa que não tem sensibilidade, nem pensamento, nem desejo, nem vontade; que se larga, que se toma, que se guarda, que se troca, sem que ela sofra e sem que ela se queixe, com a coisa que não se troca, não se adquire, que tem liberdade, vontade, desejo, que pode dar-se ou recusar-se por um momento, dar-se ou recusar-se para sempre, que se queixa e que sofre, e que não saberia transformar-se num efeito de comércio sem que se esqueça o seu carácter e se faça violência à Natureza?
Denis Diderot, Supplément au voyage de Bougainville, in Clara Pinto Correia, Mapa Múndi, 2006, pg. 226
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