domingo, 27 de dezembro de 2009

Em três parágrafos

(...) o keynesianismo, nas actuais circunstâncias, é inoperante: o acréscimo da procura produzido pelo aumento da despesa pública não provoca uma oferta nacional equivalente,porque se converte na aquisição de bens estrangeiros.
Mais dinheiro colocado em circulação sairá para o exterior, sem efeitos positivos na expansão económica nacional, enquanto esta própria não se expandir.
Em economia aberta e sem capacidade competitiva do aparelho produtivo nacional - como nos encontramos hoje - «mais» keynesianismo significa mais importações, maiores défices externos e agravado endividamento.


Medina Carreira, Portugal que Futuro?, Carnaxide, 2009, pg. 38

Será muito difícil perceber isto?

2 comentários:

Miguel Madeira disse...

Isso depende de qual o nível da análise - se for Portimão, Albufeira ou Portugal, estará correcto; se for a União Europeia ou o mundo, já não.

Gi disse...

Miguel, esta análise é sobre Portugal e não sobre outra coisa qualquer.
A União Europeia, apesar de também fazer parte da economia global, ainda possui uma série de mecanismos reguladores que Portugal já não tem.