Ultimamente tenho lido muitas referências aos idos - os idos de 99 ou de 85, os idos dos 90s, os idos de 56, os idos de 1998 e até os idos de 1867.
Ora esses idos são como as calendas gregas: nunca existiram.
As Calendas eram o primeiro dia de cada mês no calendário romano; os gregos não lhe chamavam assim e tinham um calendário diferente: daí falar-se nas Calendas gregas quando se quer propôr um dia que nunca há-de chegar.
Os Idos também faziam parte do calendário romano: idealmente correspondiam à lua cheia, e calhavam nos dias 15 dos meses mais compridos de Março, Maio, Quintilis e Outubro e nos dias 13 dos outros meses. A expressão idos de um ano, ou uma década, não faz por isso sentido.
Os Idos mais famosos foram os de Março de 44 aC, quando Júlio César foi assassinado por duas dúzias de conspiradores que incluíam inimigos, pseudo-amigos e adversários perdoados por ele, movidos por objectivos e queixas particulares mas todos apresentando-se como libertadores do jugo do "tirano", de cujos actos exigiram a anulação - contudo bastou que Marco António lhes lembrasse suavemente que as suas posições se deviam ao mesmo "tirano" para que mudassem de ideias.
Ora esses idos são como as calendas gregas: nunca existiram.
As Calendas eram o primeiro dia de cada mês no calendário romano; os gregos não lhe chamavam assim e tinham um calendário diferente: daí falar-se nas Calendas gregas quando se quer propôr um dia que nunca há-de chegar.
Os Idos também faziam parte do calendário romano: idealmente correspondiam à lua cheia, e calhavam nos dias 15 dos meses mais compridos de Março, Maio, Quintilis e Outubro e nos dias 13 dos outros meses. A expressão idos de um ano, ou uma década, não faz por isso sentido.
Os Idos mais famosos foram os de Março de 44 aC, quando Júlio César foi assassinado por duas dúzias de conspiradores que incluíam inimigos, pseudo-amigos e adversários perdoados por ele, movidos por objectivos e queixas particulares mas todos apresentando-se como libertadores do jugo do "tirano", de cujos actos exigiram a anulação - contudo bastou que Marco António lhes lembrasse suavemente que as suas posições se deviam ao mesmo "tirano" para que mudassem de ideias.
Imagem do Center for Online Judaic Studies
3 comentários:
Acham bonito e utilizam as expressões sem noção real do seu alcance!
Mfc, ninguém nasce ensinado :-)
E é sempre bom aprender.
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