quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Elba

Parece que Napoleão, quando, depois de governar meia Europa, lhe foi concedido pelo tratado de Fontainebleau o império sobre a ilha de Elba , na altura com treze mil e setecentos habitantes, provavelmente ainda mais porcos, feios e ignorantes que os portugueses da época, tratou de criar ali uma sociedade próspera e moderna. Teve menos de um ano para o fazer, no entanto, já que os rumores de que as potências dominantes não gostavam de o ter tão perto o empurraram para uma tentativa de recuperação da coroa francesa.

(San Martino, Setembro 2011)

A Elba vai-se hoje principalmente pelas praias, todas domesticadas e plantadas com guarda-sóis de várias cores e respectivas espreguiçadeiras e apinhadas de visitantes. Os carros sobram dos parque de estacionamento e ei-los bordeando as estradas costeiras. O mar, calmo e morno, justifica as enchentes. Ainda por cima é possível escolher o lado sul ou norte da ilha consoante sopre o maestrale ou o scirocco, os ventos dominantes, porque se está em qualquer lado em dez minutos.
Abençoada!

(Cavoli, Setembro 2011)

Para além das praias e respectiva confusão, há aldeias modestas penduradas nas encostas e a capital Portoferraio com a sua encantadora baía que tem uma marina activíssima - ao contrário das portuguesas, que são armazéns de barcos que nunca são usados, na de Portoferraio percebe-se que os iates saem de manhã e voltam à noite, como deve ser, para serem admirados pelo povo que passeia no lungomare depois do jantar.

(Portoferraio, Setembro 2011)

Já quanto a monumentos e assim, o Duomo é fraquinho e o museu arqueológico igualmente, e os móveis das casas onde viveu o imperador não são os originais. Mas há o festival internacional de música, ora pois.

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