Notícia do Público:
Cientistas portugueses obrigam células cancerosas a suicidarem-se
Teresa Firmino 27/11/2012 - 07:44
O controlo de uma única reacção química numa proteína teve como consequência a morte de células que, por definição, são imortais. Patente para esta inovação foi pedida para a Europa.
(...)
Em resumo, um dos problemas com as células cancerosas está na falta de contenção do seu processo de divisão/multiplicação. A estabilidade deste processo é regulada por uma proteína, a CLASP2, que sofre uma modificação mediada por outra proteína, a Plk1.
Se se actuar sobre esta última, pode-se impedir a modificação da primeira e desestabilizar o processo de divisão celular, impedindo-o.
(...) “Quando impedimos que esta modificação acontecesse, as células não conseguiam estabilizar o interface e não conseguiam (...) dividir-se”, explica Hélder Maiato. “Acabavam por morrer, sem conseguirem dividir-se.”
(...)
Ou seja: interrompe-se o crescimento do tumor por não haver aumento do número de células, sendo que as que não conseguem dividir-se acabam por morrer.
Esta parece-me ser a notícia mais importante do dia. O resumo do artigo original está no Journal of Cell Biology.
Cientistas portugueses obrigam células cancerosas a suicidarem-se
Teresa Firmino 27/11/2012 - 07:44
O controlo de uma única reacção química numa proteína teve como consequência a morte de células que, por definição, são imortais. Patente para esta inovação foi pedida para a Europa.
(...)
Em resumo, um dos problemas com as células cancerosas está na falta de contenção do seu processo de divisão/multiplicação. A estabilidade deste processo é regulada por uma proteína, a CLASP2, que sofre uma modificação mediada por outra proteína, a Plk1.
Se se actuar sobre esta última, pode-se impedir a modificação da primeira e desestabilizar o processo de divisão celular, impedindo-o.
(...) “Quando impedimos que esta modificação acontecesse, as células não conseguiam estabilizar o interface e não conseguiam (...) dividir-se”, explica Hélder Maiato. “Acabavam por morrer, sem conseguirem dividir-se.”
(...)
Ou seja: interrompe-se o crescimento do tumor por não haver aumento do número de células, sendo que as que não conseguem dividir-se acabam por morrer.
Esta parece-me ser a notícia mais importante do dia. O resumo do artigo original está no Journal of Cell Biology.
2 comentários:
Nunca como agora - nem no tempo dos Descobrimentos... - se ouviu tanto falar dos sucessos dos cientistas portugueses.
Todos acolhidos lá fora porque aqui não dá. e aqui não dá porque os melhores estão lá fora.
Circulo vicioso!
João Afonso, não sei se concordo consigo. Nós, como somos poucos, ligamos as antenas quando se trata de cientistas portugueses, mas lá fora eles diluem-se na multidão.
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