segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Da contrafacção

Notícia da RTP:

Agentes da PSP cercaram esta manhã todo o perímetro da feira do Relógio, em Lisboa
Ines Gomes de Oliveira, Rui Cardoso e Pedro Pessoa
16 Dez, 2012, 20:45 / atualizado em 16 Dez, 2012, 20:45
3 toneladas de material contrafeito foram apreendidos.


Percebo que a contrafacção seja ilegal, e obviamente concordo. Por outro lado, pergunto-me o que há de tão errado nela. Parece-me evidente que os produtos de marca genuínos e as suas cópias se dirigem a dois mercados diferentes que praticamente não se tocam. Quem tem dinheiro para comprar uma carteira Louis Vuitton legítima não compra a cópia, e quem compra a cópia nunca compraria o original porque não tem dinheiro para isso.
A não ser no dia em que eventualmente venha a tê-lo, e nessa altura compra mesmo, porque a cópia só lhe aguçou o apetite.

Ou seja: a indústria das cópias dá trabalho a muita gente, movimenta dinheiro, satisfaz uma procura, é na realidade, como dizem, uma economia paralela, e não tira pedaço à indústria de originais.

O único lesado é o Estado porquanto, sendo ilegal, o mercado das cópias foge aos impostos.


1 comentário:

Paulo disse...

Parece-me que é exactamente isso.