Em Itália, onde as estatísticas reclamam que 97% da população é católica, há legislação que permite ao indivíduo abandonar oficialmente a Igreja e renunciar aos ritos praticados anteriormente.
Esta apostasia activa é interessante, segundo os seus promotores, a Unione degli Atei e degli Agnostici razionalisti (UAAR), porque o apóstata se desliga efectiva e afectivamente do grupo e renega o poder deste sobre ele (incluindo o de o ofender e, suponho, o de o excomungar). Segundo a UAAR, na Alemanha e na Áustria os católicos pagam um dízimo para a Igreja: se assim for (não confirmei), aí também faz sentido desbaptizar-se para deixar de pagar esta espécie de taxa na qual o indivíduo não se revê.
De resto, e já que segundo o direito canónico reclamar-se ateu ou agnóstico será o mesmo que abandonar a Igreja Católica ainda que ela disso não tenha conhecimento, as contas serão fechadas, calculo, no Juízo Final. Até lá, no entanto, faz-se parte do censo, donde o interesse em apostasiar também é o de clarificar as estatísticas.
Em Portugal desconheço iniciativas do género.
Esta apostasia activa é interessante, segundo os seus promotores, a Unione degli Atei e degli Agnostici razionalisti (UAAR), porque o apóstata se desliga efectiva e afectivamente do grupo e renega o poder deste sobre ele (incluindo o de o ofender e, suponho, o de o excomungar). Segundo a UAAR, na Alemanha e na Áustria os católicos pagam um dízimo para a Igreja: se assim for (não confirmei), aí também faz sentido desbaptizar-se para deixar de pagar esta espécie de taxa na qual o indivíduo não se revê.
De resto, e já que segundo o direito canónico reclamar-se ateu ou agnóstico será o mesmo que abandonar a Igreja Católica ainda que ela disso não tenha conhecimento, as contas serão fechadas, calculo, no Juízo Final. Até lá, no entanto, faz-se parte do censo, donde o interesse em apostasiar também é o de clarificar as estatísticas.
Em Portugal desconheço iniciativas do género.
2 comentários:
Gi, na Alemanha e na Áustria existe o chamado "Kirchensteuer", ou seja, o Imposto para a Igreja. Os contribuintes decidem a favor de que igreja esse imposto reverte: católica ou evangélica (não tenho a certeza se é possível optar por outras, mas penso que sim). Caso optem por não pagar esse imposto, ficam automaticamente desligados da igreja, o que equivale quase a uma auto-excomunhão. Como os alemães e os austríacos não gostam de ser apontados com o dedo, as igrejas católica e evangélica têm muito dinheiro. Conheço muitos que pagam esse imposto e não são praticantes. Imagino que se um imposto semelhante fosse introduzido em Portugal, passaríamos dos mais de 90% de católicos para, talvez, metade.
É muito provável. Os italianos dizem que i Portoghesi non pagano mai. Embora eu conheça pessoas que pertencem à IURD e pagam a dízima, não sei se a Igreja católica conseguiria convencer alguém de que valia a pena pagar, agora que já poucos milagres faz.
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