O cinema indiano é desconhecido em Portugal, e provavelmente na Europa, apesar de a Índia ser o maior produtor do mundo, lançando aproximadamente duas vezes mais filmes por ano que os USA.
O ano passado o lançamento do último 007, Casino Royale, foi secundarizado no subcontinente pelo êxito nacional Dhoom 2. Curiosamente a fnac tem uma secção de cinema asiático na qual não se encontra nada made in Bollywood.
O único filme indiano nos escaparates é Água (Water), realizado por Deepa Mehta, natural de Amritsar no Punjab mas que vive no Canadá.
Acabei agora de ver o DVD, que achei lindíssimo. Trata da situação das viúvas hindus, consideradas pela tradição quase ao nível dos intocáveis. Embora o filme se passe nos anos 40, quando Gandhi pregava a libertação da Índia não só do ocupante britânico mas também das suas próprias fraquezas, segundo a realizadora o estatuto de muitas viúvas não terá mudado por aí além.
Água teve aliás de ser filmado discretamente no Sri Lanka.
Há uma história de amor, uma criança à volta de quem se definem personagens de carne e osso, e um final inesperado. O toque de Mehta é delicado e compassivo, a fotografia e a música perfeitos. Vale a pena.
O ano passado o lançamento do último 007, Casino Royale, foi secundarizado no subcontinente pelo êxito nacional Dhoom 2. Curiosamente a fnac tem uma secção de cinema asiático na qual não se encontra nada made in Bollywood.
O único filme indiano nos escaparates é Água (Water), realizado por Deepa Mehta, natural de Amritsar no Punjab mas que vive no Canadá.
Acabei agora de ver o DVD, que achei lindíssimo. Trata da situação das viúvas hindus, consideradas pela tradição quase ao nível dos intocáveis. Embora o filme se passe nos anos 40, quando Gandhi pregava a libertação da Índia não só do ocupante britânico mas também das suas próprias fraquezas, segundo a realizadora o estatuto de muitas viúvas não terá mudado por aí além.
Água teve aliás de ser filmado discretamente no Sri Lanka.
Há uma história de amor, uma criança à volta de quem se definem personagens de carne e osso, e um final inesperado. O toque de Mehta é delicado e compassivo, a fotografia e a música perfeitos. Vale a pena.
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