A propósito do comentário do Filipe Tourais a este post, estive mais uma vez a pensar no problema da imigração - legal e ilegal.
O problema é este: se damos a estas pessoas autorização de residência, temos obrigação de lhes dar emprego - ou vamos mantê-las em acampamentos e alimentá-las com rações? Não foi para isso que deixaram patria, amici, parenti.
E que empregos temos para elas? Aqueles que, com os tiques das sociedades afluentes que pretendemos ser, não queremos para nós: pedreiros, canalizadores, cabeleireiros, mulheres de limpeza, empregados de mesa, lojistas: no fundo as actividades que sustentam a economia. Os portugueses agora têm que se qualificar, licenciar-se mesmo que na Universidade Independente, e viver do subsídio de desemprego enquanto os marroquinos, os senegaleses, os ucranianos ou os moldavos trabalham para eles.
Dizem que se deve encorajar a imigração legal porque os descontos destes trabalhadores para a Segurança Social permitem mantê-la a funcionar. Mas estes descontos servem é para pagar o subsídio dos portugueses que ficam no desemprego. Dizem que os filhos deles aumentam as estatísticas de natalidade e vão mais tarde contribuir para a mesma Segurança Social. Mas esses filhos também já não estão dispostos a fazer o trabalho dos pais, e vão qualificar-se e engrossar as fileiras dos subsídio-dependentes.
Devemos então devolvê-los aos seus países e às suas vidas miseráveis? Eu não sei qual é a solução. Suspeito que deve ser outra, deve ser investir nesses países - não para os explorar mas para os desenvolver. Só que mesmo que isso seja feito, ou seja que se ensine o homem a pescar, enquanto aprende e não aprende, se não se lhe der um peixe pode morrer de fome.
O problema é este: se damos a estas pessoas autorização de residência, temos obrigação de lhes dar emprego - ou vamos mantê-las em acampamentos e alimentá-las com rações? Não foi para isso que deixaram patria, amici, parenti.
E que empregos temos para elas? Aqueles que, com os tiques das sociedades afluentes que pretendemos ser, não queremos para nós: pedreiros, canalizadores, cabeleireiros, mulheres de limpeza, empregados de mesa, lojistas: no fundo as actividades que sustentam a economia. Os portugueses agora têm que se qualificar, licenciar-se mesmo que na Universidade Independente, e viver do subsídio de desemprego enquanto os marroquinos, os senegaleses, os ucranianos ou os moldavos trabalham para eles.
Dizem que se deve encorajar a imigração legal porque os descontos destes trabalhadores para a Segurança Social permitem mantê-la a funcionar. Mas estes descontos servem é para pagar o subsídio dos portugueses que ficam no desemprego. Dizem que os filhos deles aumentam as estatísticas de natalidade e vão mais tarde contribuir para a mesma Segurança Social. Mas esses filhos também já não estão dispostos a fazer o trabalho dos pais, e vão qualificar-se e engrossar as fileiras dos subsídio-dependentes.
Devemos então devolvê-los aos seus países e às suas vidas miseráveis? Eu não sei qual é a solução. Suspeito que deve ser outra, deve ser investir nesses países - não para os explorar mas para os desenvolver. Só que mesmo que isso seja feito, ou seja que se ensine o homem a pescar, enquanto aprende e não aprende, se não se lhe der um peixe pode morrer de fome.
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