domingo, 2 de março de 2008

Música na igreja

A igreja matriz de Albufeira é muito simples, neoclássica, de uma só nave, com pintura original apenas no tecto da entrada, debaixo do coro, tendo o resto sido estucado e submetido a umas pinturecas de fugir, sobretudo a pomba atroz por cima do altar mor.

Na sexta feira à noite encheu e sobre-encheu, à custa de estrangeiros (residentes, penso eu) que constituíam 90 a 95% da assistência.


Foto daqui

Tive lugar no penúltimo banco, pelo que pouco consegui ver dos músicos, mas a acústica não é má, e passei um excelente serão com a Orquestra do Algarve sob a direcção segura de Laurent Wagner.

Não conhecia a primeira peça, Los Esclavos Felices, composta aos treze anos por um Arriaga que morreu aos vinte, mas pareceu-me muito bem para abrir. O Concierto de Aranjuez e as Quatro Estações agradaram; os solistas, o guitarrista
Eudoro Grade e o violinista russo Sergej Bolkhovets, foram sóbrios mas expressivos, tendo este no último andamento do Verão arrancado um aplauso espontâneo e entusiástico ao público. No fim do primeiro andamento do Concierto o contrabaixo desafinou-se, mas isso resolveu-se logo a seguir.

(Assisti uma vez a um concerto, também no Algarve, em que o violino do solista se desafinou, o pobre músico tentou afiná-lo enquanto tocava e só conseguiu piorar a situação; deve ter sido super embaraçoso para ele - a peça era o concerto nº 1 em Sol menor de Max Bruch)

Inevitavelmente, houve algumas tosses; os sinos da igreja tocaram às dez e às onze, originando alguns risos da segunda vez. Mas tudo se passou muito bem: o banco era de pau e nem o senti.

4 comentários:

Fernando Vasconcelos disse...

óptimo Gi. Posso então continuar a recomendar a Orquestra do Algarve, certo?

Gi disse...

Acho que pode, Fernando. Estes músicos fazem um bom trabalho e merecem apoio.

Alvaro Santos Pereira disse...

OLá Gi,

Ainda a dormir nas urgências???

Alvaro

Gi disse...

LOL não, Álvaro, só cansada das consultas...