A Sibila de Cumae ofereceu ao rei Tarquínio nove livros de profecias por um determinado preço. O rei recusou, dizendo que achava caro.
A Sibila queimou três livros e voltou a oferecer os outros seis ao rei pelo mesmo preço. O rei ficou indignado e recusou novamente.
A Sibila queimou mais três livros e ofereceu os últimos três pelo mesmo preço. O rei, em pânico por poder estar a perder alguma coisa especial, comprou-os.
A Sibila queimou três livros e voltou a oferecer os outros seis ao rei pelo mesmo preço. O rei ficou indignado e recusou novamente.
A Sibila queimou mais três livros e ofereceu os últimos três pelo mesmo preço. O rei, em pânico por poder estar a perder alguma coisa especial, comprou-os.
A Sibila de Cumae, foto André Koehne,
Não percebo nada de negócios, mas esta Sibila agrada-me :-)
2 comentários:
Olá Gi,
É tudo uma questão de oferta e de procura. Para o nível de preços correspondete aos nove livros de profecias há o que economês se apelida de excesso de oferta. Isto é, o preço de quem oferece é maior do que aquele que procura (o rei). O mesmo se passa aos 6 livros.
Aos 3 livros, a oferta é igual à procura e o mercado de profecias atinge um equilíbrio.
É pouco romântico ou bonito caracterizar esta bonita Sibila deste modo, mas era assim que os economistas ("those heartless people") pensariam. :)
Alvaro
Levei um bocadinho a perceber porque a vendedora era a mesma, mas afinal quem vende não interessa, interessa é o número de objectos à venda - se há menos, valem mais. Obrigada!
Só mais uma coisa: a Sibila de Cumae não era bonita! nem Miguel Angelo a faz bonita, se olharmos bem. Virgílio descreve-a na Eneida (VI, 45-51), em transe oracular, como uma visão aterradora, face e cor alteradas, cabelo desgrenhado, respiração ansiosa e coração a bater selvaticamente, parecendo e soando maior que os humanos.
Enviar um comentário