Vi ontem na televisão, aos pedaços, no programa Prós e Contras, ilustres advogados tratarem-se por meu querido amigo e praticamente esfaquearem-se uns aos outros.
Fiquei aliviada: afinal se se tratam assim entre eles, já se percebe melhor como nos tratam a nós.*
*Os advogados amigos, obviamente, não contam para estas estatísticas.
Fiquei aliviada: afinal se se tratam assim entre eles, já se percebe melhor como nos tratam a nós.*
*Os advogados amigos, obviamente, não contam para estas estatísticas.
2 comentários:
1- Mas se eles eram ilustres advogados (como muito bem refere, embora a expressão "ilustre advogado" seja pleonástica), tinham que tratar-se civilizadamente. Ou não?
Será que pelo facto de estarmos a enterrar uma faca nas tripas de um nosso inimigo isso nos dá o direito de sermos deselegantes e grosseiros para com ele ou nos dispensa de o tratarmos por Ex.mo Senhor?
A minha amiga o que é que prefere? Um bandido gentil e delicado que a assalte na rua e lhe diga amavalmente: minha senhora, viu-me o rosto e, portanto, embora o lamente do fundo do coração, vou ter que anavalhar essas divinas carótidas que fazem afluir o sangue a um dos mais belos rostos que tenho visto, a fim de silenciar para sempre a voz maviosa de que é portadora, mas que podia denunciar-me? Ou um vulgar ladrão, grunho e grotesco, que se limite a enfiar-lhe um balázio entre os olhos e a levar-lhe a carteira com dois euros, sem uma palavra de agradecimento?
Os advogados são lindos!
2- Não me esqueci do seu desafio dos desejos. A falta de tempo tem-me impedido de lhe responder. Tentarei hoje à noite. :-)
Caro Funes, tem toda a razão em dizer que advogados ilustres é quase um pleonasmo.
Hélàs, eu não me insurjo contra tratar delicadamente o inimigo que se esfaqueia mas sim contra esfaquear o amigo...
Fico então à espera da resposta à corrente :-)
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