Notícia do Diário de Notícias:
Empresários
Patrões querem menos feriados
por LUSA Hoje
O vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal defende que a redução de feriados poderia ter um impacto positivo no PIB. O 1.º de Dezembro deveria ser um dia útil, defende.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) defende a redução do número de feriados como forma de combater a crise e o desemprego, a começar pelo 1.º de Dezembro, que celebra a autonomia do País face a Espanha.
(...)
Os empresários já fizeram as contas e afirmam que Portugal tem mais dois feriados do que a média da União Europeia.
E, "em particular, [comparando] com os últimos países a entrar na União - aqueles com que concorremos mais directamente - temos claramente mais feriados e mais férias", indicou o responsável da AEP.
"Na nossa opinião, justificava--se que Portugal reduzisse o número de feriados e pudéssemos trabalhar mais horas. Teria impacto no Produto Interno Bruto" (PIB), defendeu.
(...)
Isto parece-me uma parvoíce pegada. Depois de perceber, há uns meses, que a produtividade tem muito mais a ver com o que se produz do que com o tempo que se leva a produzi-lo, não vejo como pôr os portugueses a trabalhar mais um dia por ano a fazer as mesmas coisas de fraco valor acrescentado poderá melhorar significativamente o nosso PIB ou fazer crescer mais rapidamente a nossa economia.
Para além disso, as pessoas não são máquinas: precisam de estímulos, de repouso e de rituais compartilhados, que é o que deviam ser os feriados, e são nalguns países onde a sociedade se compraz em alimentar a identidade própria e a auto-estima. Por isso mesmo, se quiserem discutir feriados, vamos ver o que eles significam e o que podem significar para os portugueses, mas por favor deixem o 1º de Dezembro sossegado, até porque para celebrar Portugal deveríamos fazê-lo positivamente, num dia em que recuperámos a independência e não naquele em que perdemos um grande poeta.
Empresários
Patrões querem menos feriados
por LUSA Hoje
O vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal defende que a redução de feriados poderia ter um impacto positivo no PIB. O 1.º de Dezembro deveria ser um dia útil, defende.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) defende a redução do número de feriados como forma de combater a crise e o desemprego, a começar pelo 1.º de Dezembro, que celebra a autonomia do País face a Espanha.
(...)
Os empresários já fizeram as contas e afirmam que Portugal tem mais dois feriados do que a média da União Europeia.
E, "em particular, [comparando] com os últimos países a entrar na União - aqueles com que concorremos mais directamente - temos claramente mais feriados e mais férias", indicou o responsável da AEP.
"Na nossa opinião, justificava--se que Portugal reduzisse o número de feriados e pudéssemos trabalhar mais horas. Teria impacto no Produto Interno Bruto" (PIB), defendeu.
(...)
Isto parece-me uma parvoíce pegada. Depois de perceber, há uns meses, que a produtividade tem muito mais a ver com o que se produz do que com o tempo que se leva a produzi-lo, não vejo como pôr os portugueses a trabalhar mais um dia por ano a fazer as mesmas coisas de fraco valor acrescentado poderá melhorar significativamente o nosso PIB ou fazer crescer mais rapidamente a nossa economia.
Para além disso, as pessoas não são máquinas: precisam de estímulos, de repouso e de rituais compartilhados, que é o que deviam ser os feriados, e são nalguns países onde a sociedade se compraz em alimentar a identidade própria e a auto-estima. Por isso mesmo, se quiserem discutir feriados, vamos ver o que eles significam e o que podem significar para os portugueses, mas por favor deixem o 1º de Dezembro sossegado, até porque para celebrar Portugal deveríamos fazê-lo positivamente, num dia em que recuperámos a independência e não naquele em que perdemos um grande poeta.
2 comentários:
Não, Gi. Estás redondamente enganada. As pessoas não precisam de estímulos, nem de repouso, nem de algumas horas livres para lerem um pouco ou irem ao cinema. No máximo, se tiverem uma pequena folga, devem ir a correr às compras aos hipermercados dos senhores empresários.
O que é que disse mesmo o Alberto João Jardim em estrangeiro? Sou mau a línguas, não me lembro.
O problema, Paulo, é que como diz o povo, o mexilhão é que se lixa.
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